quinta-feira, 6 de novembro de 2008

ecos de Búzios

Ontem foi quarta feira, e como de hábito o pessoal do Chapter RJ se reuniu para a tradicional cerveja de meio de semana.

O assunto da noite foi o evento de Búzios, sendo unânime a opinião de que faltaram opções para quem não participou do Rally, mas como Búzios é praia e existem outras opções, mesmo com tempo nublado, a sensação de que valeu a pena a viagem foi a impressão que ficou.

Apesar disso ficou uma reclamação sobre a forma como foi conduzido o trem de motos na viagem de volta. O Álvaro disse que voltou sozinho porque o trem se desmanchou no Graal de Iguaba. Outros colegas, como o Fernando e o Rógerio disseram que tiveram que acelerar para acompanhar o trem, que não existia. Sérgio, o diretor que vinha puxando o trem disse que ficou por último ajudando ao Sidão a arrumar o capacete e quando partiu teve que acelerar para alcançar o trem, que mais uma vez digo que não existia.

O que aconteceu na realidade foi que o trem parou no Graal, muitos abasteceram e seguiram viagem (eu percebi pelo menos três grupos menores com oito a dez motos saindo direto das bombas). Eu, percebendo que a Silvana estava desconfortável com o vento lateral e a velocidade do trem, parti quando a parada atingiu trinta minutos pois, além de achar que um intervalo maior não tem serventia, queria ir em um ritmo mais tranquilo para que a Silvana fizesse uma viagem mais confortável. Junto comigo veio o Ricardo, Marcelo e João Correia. Saimos, pagamos o pedágio e agrupamos rodando. Eu segui como Road Captain e o grupo foi em uma velocidade mais tranquila.

O que aconteceu em seguida a nossa partida é que foi realmente engraçado: alguns saiam de dentro do restaurante, viram nosso grupo partindo e decidiram seguir conosco, e assiim foram sem que houvesse manifestação dos policiais rodoviários em agrupar ou de seguir com o pessoal que partia. Logo, o grupo que partiu comigo estava crescendo até formar um trem de quase trinta motos, sem escolta ou diretores do Chapter para assumir a posição de Road Captain.

A reclamação dos colegas procede porque o trem simplesmente tomou vida própria e abandonou muitos no Graal. Houve uma falha de comunicação.

Eu sei que a posição de diretor do HOG é ingrata, algo parecido a um síndico de prédio, onde não se comanda sequer o orçamento (quem destina o dinheiro a ser gasto é o gerente da loja que mantém o Chapter). Todos reclamam com os diretores e pedem providências sobre coisas que não estão na alçada deles, mas desta vez houve realmente um problema na condução do trem e isso estava dentro das atribuições deles.

Os três diretores do Chapter RJ tem feito uma gestão eficiente, agregaram muitos colegas, o clima de amizade e cooperação entre todos os membros é visível. Mas eles são humanos e estão cansados e por isso deixam de dar atenção a detalhes que podem atrapalhar muito. Desta vez faltou um briefing mais eficiente, determinando o tempo de parada e como os policiais rodoviários deveriam se comportar na parada.

Ninguém é obrigado a acompanhar o trem e por isso decidi sair do trem, mas todos precisam saber quando o trem está saindo para não achar que um grupo que parte antes significa que o trem está saindo.

É fácil criticar e sei que aqueles que criticam são os primeiros a não querer consertar. Eu já fui convidado para ser diretor e declinei do convite exatamente por achar que não tenho a vocação para ser síndico. Esta pequena análise tem a intenção apenas de demonstrar que acontecem falhas, e que apesar de muitos terem vindo sozinhos ou em grupos menores, a diretoria tem feito um trabalho eficiente e digno de nota.

Aos colegas que acham que podem colaborar, acredito que os diretores se sentirão bastante a vontade para aceitar a colaboração, pois é assim que fazem comigo inclusive sem sentir donos da verdade e aceitando sugestões e críticas quando necessárias e sem terem vergonha de pedir ajuda quando encontram alguém que pode acrescentar algo para tornar o passeio mais agradável (já aconteceu comigo e quem foi a São Paulo sabe que fui como Road Captain do grupo sem qualquer intervenção dos diretores que estavam com o grupo).

Amigos, essas coisas acontecem, principalmente quando se viaja com um grupo tão heterogeneo quanto é o HOG, e podem acreditar que foi um prazer servir de Road Captain na volta de Búzios.

Aos policiais rodoviários fica o puxão de orelhas por não terem intervindo ou pelo menos chamado os diretores e apontado o que estava acontecendo.

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