domingo, 5 de julho de 2009

Nightster - primeiras impressões

Ontem o HOG RJ foi a Lumiar e partiu cedo da loja e o tema da conversa de quem não se animou a enfrentar a forte probabilidade de chuva e frio foi a Nightster.

Um amigo, o Feliciano, incorporou uma Nightster à sua frota de HDs e liberou a criança para um "test drive" para os amigos que ficaram na loja. Para ter idéia, a Nightster zero km dele saiu da loja da Barra com 24 kms rodados.

Antes das primeiras impressões vou avisando que andei muito pouco em Sportsters (basicamente foi uma volta mais longa na Sportster do Karuna assim que ele trocou os escapes e guidão) e portanto sou praticamente novato em termos de Sportsters.

De cara o tanque fino e as pedaleiras na posição central já dão uma diferença fundamental em relação às softails. Além disso, a suspensão tradicionalmente ruim e o banco que todos reclamaram da dureza (bonito, mas bem duro) já deram o tom para a avaliação que foi feita.

Como dono de Fat Boy (motor 1450) posso dizer que a moto acelera muito mais que qualquer softail. A suspensão traseira me pareceu bastante fraca, mas nada que assuste (nunca tinha andado com uma Sportster que estivesse com os amortecedores originais) e em princípio não trocaria, até porque o banco é muito duro e não sei se a impressão de que as imperfeições do piso se transmitiam para a moto vem dos amortecedores ou do banco. Lembrem que uso um banco BadLander na minha Fat e não achei o conjunto da Nightster desconfortável, apenas muito duro e sensível ao piso.

O guidão e pedaleiras é questão pessoal, mas eu trocaria o guidão ou aumentaria o riser, além de colocar os comandos avançados. No mais achei a moto bem legal para usar na cidade (passei bem mais fácil pelo corredor) e não acredito que seria um sacríficio muito grande viajar com ela (pelo menos os passeios curtos que são feitos aos sábados).

A moto não tem garupa e acho que não ela não nasceu para carregar garupa, no máximo uma bolsa para uma viagem curta ou para carregar as tralhas de uso diário. Não tem luz de freio (como já foi falado aqui no fórum), mas o plástico dos piscas (onde fica a luz de freio) não é vermelho: é laranja e acende uma coloração mais avermelhada (e não é o vermelho que estamos acostumados a ver nas luzes de freio) quando se usa os freios. Solução bem bacana, mas acho que merece um cuidado maior na hora de parar pois os motoristas não estão acostumados a ver os piscas acendendo quando se usa os freios e a falta da luz central pode causar certa confusão.

No geral, a opinião foi de uma moto bem arisca e dura. E a posição das pedaleiras centrais incomodam os "panceps" de quem tem o hábito das plataformas e comandos avançados.

Como já disse, colocaria o comando avançado e pensaria em uma solução para o guidão. Manteria o banco e trocaria o amortecedor traseiro por PS de 11,5" para deixar a moto mais parecida com o modelo americano. Um fender no paralama traseiro e parafusos com cabeça em forma de gancho para prender os ganchos dos esticadores também seriam uma necessidade. Não colocaria alforges, mas pensaria em um upside para prender uma bolsa, se essa fosse minha única moto e fizesse viagens longas com ela.

Acho uma excelente moto para ser uma segunda moto, mas como opção para ser a moto de uso exclusivo faria opção por uma Dyna ou uma Heritage custom.

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