sábado, 30 de julho de 2011

cenário carioca para uma HD

E seguimos dentro da improvisação aqui no Rio. Quem tem uma HD e quer fazer revisões e manutenções e prefere usar os serviços autorizados pela HDMC continua sendo atendido de forma provisória pela HD RJ no subsolo.

Apesar de não ter lido ou ouvido relatos de prestação de serviços ineficiente, o preconceito continua e a distância aliada à precariedade das instalações tem sido as principais razões para abandonar a garantia ou o uso da oficina autorizada.

Praticamente só aqueles que dão valor à garantia ou que tem problemas a serem solucionados pela garantia tem usado a autorizada. Poucos se mantém fiéis depois do final da garantia.

É preciso que o dealer carioca e a HDMC façam uma campanha divulgando os motivos que levam a demora na melhoria das instalações, assim como pensar em um serviço que possa atrair os clientes que não moram nas cercanias da novo loja. A distância é uma das principais queixas de quem deixa a moto para serviço lá.

Esclarecer a motivação do atraso também vai ajudar na aceitação do novo dealer. A sensação de desleixo no trato com os antigos proprietários só aumenta o preconceito alimentado pelas brincadeiras com o HOG ou pelos famosos FTW, FTF e FTD baseados na contra-cultura e nas filosofias contrárias ao "harley-davidson way of life" que sustenta as vendas dos produtos de merchandise da HDMC.

Carioca já gosta de andar no sentido contrário e dando motivos para isso, só reforça a motivação para contestação que é marcante nos colegas harleyros.

Com um HOG dividido pela setorização por bairros e um dealer que não abre a loja, ao contrário das demais cidades onde os dealers já estão em operação, a HDMC tem um longo caminho para reconquistar seus clientes antigos porque os novos clientes estão sendo desperdiçados desde fevereiro.

a importância da "lei do mais fraco"

Nesta semana foi comemorada a data relativa ao "Dia do Motociclista". Algumas associações fizeram festa, muitos motociclistas que deixaram sua marca no ano que passou foram homenageados e algumas campanhas educativas foram realizadas nas estradas mirando os motociclistas que as usam de maneira geral.

Não vi nenhum tipo de ação pró-ativa no sentido de educar os motoristas e motociclistas no sentido de mostrar que a lei do mais forte no trânsito deve ser banida. Trânsito seguro é aquele onde o pedestre tem a máxima preferência, seguido dos ciclistas, motociclistas, carros de passeio e veículos pesados por último.

Somente assim teremos uma diminuição sensível nos acidentes fatais envolvendo pedestres, motocicletas e veículos pequenos. Olhando pela segunda vez antes de fazer uma conversão ou uma ultrapassagem com certeza você já vai diminuir a chance de dar uma fechada em uma moto ou achar uma pessoa que estava correndo para aproveitar a brecha no trânsito.

Ao lado disso, uma campanha visando reprimir a imprudência dos vários motociclistas que abusam da agilidade e aceleração das motocicletas apenas por que isso é possível, sem nenhum outro motivo, deve ser exigida.

A imprudência e a desatenção matam mais do que o alcool nas ruas. Se existe uma operação lei seca com a justificativa de diminuir os acidentes causados pelos excessos do alcool, a sociedade devia exigir uma "operação lei do mais fraco" para ter uma tranquilidade maior no momento do seu deslocamento.

Você, que anda tanto de carro quanto de moto, tente ser um pouco mais solidário no trânsito: dê passagem para as motos no corredor, dê preferência para o pedestre que atravessa na faixa (ou fora dela) e principalmente olhe pela segunda vez antes de fazer uma mudança de faixa ou uma ultrapassagem dentro da cidade.

A vida agradece.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Mais novidades da linha 2012

E dessa vez não são as desejadas.

Vazou na internet uma apresentação feita em um seminário realizado nos EUA pela HDMC apresentando a linha 2012. Para quem quiser ler a íntegra, acesse: http://www.box.net/shared/agzc7s1x0inaspb81q7c (link desativado pelo proprietário)

Da leitura dos slides vem as novidades: não teremos modelos novos no catálogo brasileiro para 2012. Seguem os modelos 2011 com novas pinturas e os motores 103 apenas nas Tourings.

Isso significa que as softails e dynas manterão os conhecidos motores TC96 apesar dos modelos lançados nos EUA e Europa já utilizem os TC103.

Do mesmo modo, não teremos os EVO 1200 que empurram as SuperLow, Nightster e 48.

Em termos de novidades seguem apenas as novidades já lançadas na linha 2011: ABS nas softails, motores TC103 nas Tourings e provavelmente os opcionais aros sem câmara para as tourings,novos guidões para as Fats e a nova geração de ECUs.

Quem quiser uma Dyna com ABS, uma Sportster 48 ou a nova FXS Convertible vai precisar ir aos EUA.

AK Phase: chegando ao Alaska

Amanhã (20/07), o Artur estará chegando à Fairbanks no Alaska. Para quem acha que acabou, se engana porque agora começa a volta.

O odômetro da Electra estará com cerca de 23300 kms a mais e o Artur terá cruzado as Américas de ponta a ponta.

O Robertinho enviou uma mensagem aos Dogs dizendo que não conseguiria chegar até o Pacífico por conta da coluna que está muito judiada pela vida e pela aventura.

O Edinho ainda roda nos EUA, volta ao Brasil para outra pausa na viagem e deve encontrá-los na volta, em Sturgis.

Vale mais uma vez reproduzir as msgs do Robertinho aos Dogs por traduzir bem o que vem sendo a aventura e o esforço que ela exige. A primeira foi enviada no último sábado (16/07) e a segunda foi enviada ontem (18/07). Vale a leitura:




Hoje foi muito foda , pegamos frio, chuva , e um trecho da montanha, kms , só lama e brita ( loose grouver ) para quem conhece o Passo de jama , imagina ele todo de lama e brita , estivemos para ir ao chão varias vezes , um outro motociclista caiu feio.
Olha, acredita, dois ursos filhotes (grizzie ) atravessou a estrada na nossa frente, não paramos para tirar fotos porque a mãe deveria estar por perto, acho que amanhã, indo para Forte Nelson deve ter tudo denovo .
Abraços Robertinho





Chegamos a Watson Lake Canadá
Hoje foi um dia que tudo de bom aconteceu Saimos com sol , e frio o dia todo ,a estrada muito boa , com pouquissimos trecho com lousel grovel ( brita ) logo que pegamos a estrada um Calibu, outras mais, muitos alces, muitos bizontes , rapos...as, só não vimos ursos, e todo mundo falou que tem demais, acho que domingo eles folgam, a paisagem não sei com descrever, pois cada curva era um cenario diferente, picos nevados, rios com corredeiras, lagos, vales, tudo isso rodando dentro da floresta, entramos no território do Yucon que é o mais selvagem do Canadá, amanhã vamos para White House ainda Canadá ( é grande demais ) . espero outro dia igual !!
A minha viagem vai terminar em Farbanks ultima cidade desta estrada, o objetivo de ir molhar o pé no Artico desta vez não vai dar pois não vou ter condições de pilotar a moto na estrada que vai para lá, a cevical já era!! a sensação é que minha carreira de longa distancia terminou , vou para a turma do bate volta ..hihihi...
Agora uma nota especial: hoje realizei um dois objetivos da desta viagem, coloquei a placa dos Harleys Dogs na Floresta de placas que é uma tradição para quem chega nestas paisagens , é muito bonito esse local pois tem placas de todo o mundo, de quem se aventura a rodar pela Alasca Haiguway. Tirei fotos e o Artur deve mandar amanhã ou depois.
Abraços a todos .


Bom retorno para os aventureiros!

sábado, 16 de julho de 2011

Campanha do Agasalho

Os membros do HOG RJ estão empenhados em uma campanha visando recolher agasalhos para serem doados a instituição Cruzada do Menor.

As peças estão sendo recolhidas até o dia 22/7 no Ruta Café, na 1220 Motos e no posto Ipiranga do lado do Barra Garden onde o HOG RJ realiza encontro semanal para café da manhã.

A campanha termina com uma feijoada no Na Pressão localizado no Shopping Nova América, destino do HOG RJ no próximo dia 23/7.

Quem quiser participar, é só deixar sua doação ou apenas confraternizar no próximo sábado.

Riders I

A The One, dealer curitibano, está reiniciando o programa Riders com o primeiro módulo (group riding).

Aula téorica no dia 29/7 e prática no dia 30/7, com inscrições até o dia 23 na própria loja.

Para quem não sabe, o Riders Program é um curso de pilotagem oferecido pelo HOG visando aumentar a segurança do grupo e do piloto. O antigo dealer não chegou a oferecer além do módulo 2 (controle em baixa velocidade). Esperemos que nessa nova fase o Riders Program possa ser oferecido em todos os seus cinco módulos.

Esse primeiro módulo está valendo R$130,00 e vale para aqueles que não viajaram em grupo e querem saber como se comportar para uma viagem segura.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

quem está comprando HD zero?

Com a publicação dos números da ABRACICLO referentes ao primeiro semestre (veja mais na postagem http://wolfmann-hd.blogspot.com/2011/07/primeiro-semestre-da-hdmc.html ) começaram as especulações sobre as estratégias de vendas dos novos dealers.

Analisando os números, nota-se que os modelos de vendas mais fortes tem sido as softails e tourings, deixando encalhadas as Sportsters e Dynas (que já haviam herdado um encalhe do final de operação do Grupo Izzo).

Nas conversas tenho visto muitos colegas mantendo o perfil de uso normal: motos rodando dois a três anos e sendo trocadas pelos motivos mais variados (quem tem softail indo para as tourings porque a garupa é melhor ou porque acham que a moto é mais confortável na estrada, e mesmo quem vem trocando as softails por outras softails por conta da maior segurança do ABS que é de série a partir de 2011) e vários proprietários de Sportsters e Dynas buscando mais conforto nas softails (tem subido bastante a oferta de usadas no mercado).

Tenho visto poucos se iniciando nas HDs e aqueles que buscam motocicletas maiores vindos de outras marcas tem se mostrado inclinados a aguardarem as BMWs nacionalizadas ou aturarem os problemas de "maternidade" das Ducatis e KTMs.

Nisso tudo fica demostrado que a HDMC precisa buscar novos interessados e convencer aos proprietários de motos custom de outras marcas que a HD é uma opção melhor do que ficar trocando de segmento porque atualmente quem compra HD é quem já tem HD e está simplesmente migrando de modelo ou atualizando a moto.

O mercado brasileiro é bom e interessa à HDMC ou então ainda estaríamos com o Grupo Izzo a frente do varejo, mas parece que apenas a tradição não está sendo motivo para comprar uma HD hoje em dia.

domingo, 10 de julho de 2011

recuperação da imagem da HDMC e do HOG

Relatos de problemas são sempre mais numerosos que os relatos de bom atendimento e essa é uma realidade que não vai mudar.

Mas nota-se que o otimismo entre os colegas que andam de HDMC em relação à fábrica ainda se mantém.

Apesar da lentidão de certas providências por parte da fábrica em resolver problemas, herdados ou não do antigo dealer, os proprietários de HD vem se mostrando satisfeitos com as pequenas vitórias anunciadas com o início de atividades dos novos dealers.

Acho que o SAC HD vem mostrando um serviço abaixo da crítica na solução dos problemas, mas estiveram funcionando bem durante o episódio do mega recall.

Os dealers vem mostrando suas armas para enfrentar a concorrências entre si, mas vira e mexe acusam-se alguns problemas com o relacionamento com os clientes e devem se mostrar mais rápidos para solucionar esses problemas sob pena de serem comparados com o antigo dealer e perderem na comparação.

Para cada ação pró-ativa que é anunciada, algum problema mancha o esforço inicial.

Acredito que para se manter o otimismo que ainda é crescente, essa lentidão na solução dos problemas deve ser eliminada. Ninguém quer comprar um produto premium e ficar com esse produto parado porque a bateria teve problema e não se encontra uma bateria nova para resolver o problema.

Junto com isso, vejo os novos diretores dos Chapters empenhados em aglutinar os diversos sub-grupos existentes dentro de suas regiões visando um fortalecimento do HOG, mas parece difícil dissociar a imagem formada anterior e que é preconcebida e difundida pelos antigos não frequentadores do HOG.

O HOG e seus diretores está empenhado em agregar companheiros, sejam eles de moto clubes ou não, para poder ganhar força e influência junto aos novos dealers. É sempre bom lembrar que o HOG não é composto por funcionários do dealer que dá suporte ao Chapter local, mas sim por colegas que simplesmente acham válido doar tempo e esforço para melhorar o relacionamento entre os colegas e entre eles e o dealer.

Entre as iniciativas do HOG para reuperar a imagem desgastada pelo preconceito, tenho lido relatos de satisfação de quem se permitiu participar dos eventos e por isso acho que o caminho é esse.

Críticas devem ser feitas quando houverem fatos a serem criticados e não apenas pelo simples prazer de criticar o trabalho do vizinho. Elogios devem ser feitos sem medo de serem taxados como mera bajulação.

Quanto antes os colegas se conscietizarem disso, mais cedo os resultados podem aparecer.

Espero sinceramente que o dealer carioca se sensibilize e comece, ainda que de forma provisória, a dar suporte às iniciativas dos colegas que se preocupam em preencher a lacuna deixada pela transição entre os dealers, que no Rio vem sendo feita de forma lenta e amadora.

Resumo da viagem à Curitiba

A viagem à Curitiba terminou neste fim de semana com a visita dos Pelozos e Bugnos ao Rio. Infelizmente os Chacons e o PJ não puderam vir por motivos de trabalho, mas estiveram sempre conosco durante todo o fim de semana nas conversas e nas lembranças da estrada.

O resumo dessa viagem é bem simples: bons amigos não independem do convívio diário.

Em que pese estarmos sempre em contato através da internet, é na estrada e nos momentos em que se necessita de um auxílio é que podemos ver como vale a pena ter uma HD como polo de atração de tantas pessoas diferentes.

Não dá para agradecer ao apoio que me deram na volta para São Paulo, sempre me acompanhando enquanto brigava com o vento lateral ou no pouso que me propiciaram tanto quando deixei a moto em São Paulo para voltar ao Rio a fim de trabalhar e no retorno à São Paulo para resgatar a Fat que o casal Chacon me proporcionou nessa viagem.

Muito menos pela conversa descompromissada que o PJ agregou durante a estada em São Paulo na casa dos Chacons, sem se preocupar com a rotina diária que a semana traz para todos nós.

Sem falar na companhia do Celestino e do Bugno na viagem de volta ao Rio, deixando a viagem de volta muito menos estressante pela certeza de ter dois colegas juntos para alguma eventualidade que não houve.

A Fat completou 50.000 kms rodados em grande estilo e em grande companhia.

Aos amigos Chacons, Pelozos, Bugnos e PJ um grande abraço por me darem o prazer da companhia de vocês na estrada ao longo desses 2300 kms de curvas, retas, buracos, asfalto bom, chuva, sol, frio, noite, trânsito e vento.

Sem esquecer da presença do Jaques, Murad e Floro que também estiveram na bela viagem que fizemos eu, Silvana e Nuno até Curitiba.

Até a próxima.

Primeiro semestre da HDMC

Publicados os dados referentes aos associados da ABRACICLO no primeiro semestre e já se pode ver que a HDMC segue em ritmo já conhecido desde a parceria com o dealer anterior.

Descontadas as unidades comercializadas em Janeiro/Fevereiro pelo dealer antigo, a HDMC totaliza 1357 unidades produzidas para 570 vendidas e acrescentando o encalhe deixado pelo Grupo Izzo (a maioria de Sportsters e Dynas), resta um saldo de 1194 unidades a serem comercializadas pela HDMC.

Da análise desses números já se tem como candidata a mico do ano a XR1200X e uma supresa: a família VRSC com a Night Rod Special e V-Rod Muscle encontrou seu público e já conta com lista de espera nas concessionárias.

As famílias softail e touring seguem com a sua média tradicional, com encalhe bem abaixo do encalhe normal em tempos de operação do Grupo Izzo, mas em compensação as famílias Sportster e Dyna estão com um desempenho abaixo do esperado, mantendo alto o encalhe herdado da operação do antigo dealer e reforçando a imagem de produto premium das HDs.

Em sendo mantido o atual ritmo de vendas do primeiro semestre no próximo semestre, podemos contar com promoções para Sportsters e Dynas e uma elevação nos preços das softail e touring para 2012.

HD BSB

Já tem data para ser inaugurada a nova loja HD, desta vez em Brasília.

A BR Road Harley-Davidson terá sua sede na W3 510 Norte e tem previsão de inauguração prevista para novembro/2011.

O prédio antigo já foi demolido e iniciaram as obras para a construção da nova loja, com um café da manhã comemorativo realizado ontem (9/7).

Agora o pessoal da Umuarama HD de Goiânia vai ter concorrência real.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

AK Phase: chegaram aos EUA

Quase 15.000 kms percorridos: Artur e Robertinho já rodam pelo Texas em direção a Albuquerque para fazer revisão nas Electras.

Uma aventura impressionante que pode ser caracterizada pelo e-mail enviado pelo Robertinho ao Luizinho dos Dogs, divulgado via Facebook no grupo do Bikers Friends.

Tomo a liberdade de reproduzir porque realmente mostra bem como vem sendo a aventura, principalmente para quem conhece o Robertinho:


Mensagem do Robertinho para os Dogs (viagem ao Alaska) : Ontem finalmente entrei nos EUA, que alivio !!!!!
Na Colombia sabiamos das Farc , mas as estradas das montanhas estavam cheias de miltares muitas retenções, barreiras, que de certo modo dava uma segurança. Tudo começou quando atravessavamos as montanhas do Peru , derrepente tre...s moto apareceram no sentido contrario , eram dois Chilenos e um Argentino que pararam e disseram que estavam voltando porque na America Central estava perigosa demais e que no México toda a região da Fronteira era um zona de guerra e eles foram aconcelhados a voltar da viagem aos EUA . Bom a partir dai, claro !!! ja fiquei com aquilo na cabeça .
Depois em Bogota quando embarcamos as motos, todos já falavam sobre a violencia a partir do Panamá , descemos do avião pegamo um taxi , o mototrista avisou : não saiam do hotel
Na recepção muitos soldados do exercito com metralhados , eles falaram que as gangs dos Maras estão dominando o Panama, Hondoras, El Salvador, Guatemala, paises que tinhamos que atravessar, a estrategia era chegar cedo nas cidades entrar no hotel e só sair no dia seguinte pela manhã, isso tudo durante todos esses dias com as pessoas só falando para termos muito cuidado nas estradas desertas que atravessavamos na floresta Equatorial , mata fechada mesmo, bonita, mas apavorante ! cada curva era uma espera de uma barreira dos Maras.
Na Guatemala quando numa cidadezinha acabamos de entrar num hotel ( num buraco ) deram rajadas de metralhadora na frente da portaria, perto da fronteira da Costa Rica, na Floresta, encontramos com uma fila de carretas atravessadas na estrada por kilometros , os motoristas estavam a dois dias parados por problemas entre os dois paises, com medo de passarmos a noite na estrada, resolvemos arriscar e fizemos um trilhazinha ( off road ) pelo mato, e acreditem conseguimos com essas HDs Electras
O pior veio no México , aqui é querra total Carteis X Carteis x Exercito x Policia , tudo envolvido, o sofrimento aqui foi demais, pois só se fala em assassinato em massa , sequestro de onibus, carros nas estradas.
Eles fazem isso para recrutar combatentes para os carteis, essa semana acharam um cova com mais de trezentos corpos, na tv só falavam de desaparecimento de turistas ( muitos ) quando chegamos perto da fronteira uns 1000 km para a cidade de Matamoros, a querra estorou lá, e tambem entrou o furacão Arlene que inundou as estradas e destruiu cidades pelo caminho, tivemos que voltar para uma cidade chamada Texpan, quando entramos no hotel Best Westenr, parecia aqueles filmes de correspondetes de zona de querra, conhecomos um reporte da associet Press, que falou para não pegarmos a estrada para Tampico que ficava no caminho para a fronteira, a noite
quando encontramos com ele, tinha recebido ordem de voltar para a Vera Cruz e pegar o avião para sair da região (ele mora a quatro anos no Mexico , e disse e o pais acabou)
Nesse clima o que fazer ? tentei transporte aereo, terrestre, navio, não era possivel, depois de muito converssar eu e o Artur sabendo que as chuvas iriam aumentar resolvemos partir no dias seguinte, baseados que, com temporal os carteis, e o exercito não estariam na estrada, assim foi, caimos na estrada passamos por Tampico batidos e chegamos a Cidade Victoria, lá tambem só se falava da violência nas estradas, que o Cartel dos Zetas estavam pegando as pessoas. Rezei para ter furacão no dia seguinte (Deus atendeu , não sou de pedir muita coisa a ele) partimos de manhã debaixo de ventania e muita agua, atravessamos por Monterrey (segunda maior cidade do México) e pegamos a estrada pedagiada.
Para Laredo, a chuva parou, mas agora a estrada era boa e chegamos cedo na cidade, muito calor horas de espera para sairmos do México, e na entrada dos EUA, o Oficial fez de tudo para não entrarmos, mas o chefe dele foi legal e liberou no visto.
Bom !! eu não sou de contar história, nem para mais nem para menos, já sofri assaltos com arma na cabeça no minimo umas seis ou sete vezes, nunca senti medo, agora nesses dias eu tive foi MEDO mesmo, os ultimos quatro dias não dormi nem com remédio tamanha tensão .
Hoje escrevo esse email, mais como um desabafo, para virar essa pagina e zerar (noite passada acordei as seis horas , coisa que nem em casa eu faço !!)
Abraços aos Dogs
Roberto


Continuamos acompanhando. May the Mother Road be with you!

domingo, 3 de julho de 2011

qual a melhor preparação para uma viagem?

Assunto recorrente nas conversas com os amigos depois da viagem à Curitiba foi como encarei a estrada e as condições adversas que acabei pegando pelo caminho.

Não tem outra resposta, exceto estar preparado.

Em que pese nada na minha experiência anterior em duas rodas ter me preparado para o trecho final na chegada em São Paulo (frio, chuva, noite e trânsito), já esperava encontrar boa parte das condições que enfrentei na estrada.

Contando com isso, fiz a minha preparação da melhor maneira possível: equipamento adequado, moto em perfeitas condições e preparo físico para encarar viagens com até dez horas de estrada.

Sobre o equipamento adequado, a melhor sugestão é tentar prever as condições da estrada: piso, distâncias entre os abastecimentos e clima a ser enfrentado. Pegando informações sobre o estado da estrada você consegue melhor base para a decisão sobre o caminho a ser percorrido e as distâncias que você pode percorrer antes da parada para descanso.

Tentar manter-se dentro da idéia de parar a cada duas horas ou duzentos quilometros (ou diminuir esse intervalo se as condições são piores que as esperadas) ajuda bastante a manter a viagem segura. Evitar estradas com trânsito muito pesado, sempre que possível, também é uma grande idéia.

O equipamento não deve ser "estreado" durante a viagem. Tenha certeza que a calça que você escolheu não vai te atrapalhar quando estiver com o forro térmico, do mesmo modo que a segunda pele, o forro térmico e o forro impermeável vão te deixar confortável para pilotar. Uma viagem onde a armadura é um peso acaba se transformando em um martírio que nenhuma noite de descanso vai resolver.

Sua moto deve estar nas melhores condições possíveis: não saia com a moto sabendo que pode não chegar porque o conserto improvisado pode acabar não funcionando mais na frente. Adiante a revisão, faça a manutenção programada com seu mecânico de confiança mesmo que isso possa ser adiado porque o seu mecânico de confiança não vai estar com você para fazer a manutenção obedecendo o manual porque atingiu a quilometragem recomendada no meio da viagem.

E principalmente tenha certeza que está apto para aturar uma viagem longa. Ser teimoso e partir para uma viagem já estando doente ou sem a certeza de que consegue aturar o banco da sua moto sem ficar dolorido é certeza de martírio. Eu viajei por várias horas, chegando naturalmente cansado, mas sempre de bem com a vida por estar fazendo algo prazeiroso e descontraindo da rotina diária. A idéia era chegar, tomar um banho e sair para conversar com os amigos e isso não seria possível se não tivesse posição na cadeira do bar ou não aguentasse uma caminhada pela noite de Curitiba.

Procure deixar a moto confortável para você se sentir bem ao chegar, seja no trabalho ou seja no lazer. Muitas vezes isso significa a diferença que deixa as melhores recordações da viagem.

E não esqueça: não force além do seu limite. A maior parte dos acidentes é decorrência de falha humana por forçar além do limite tolerável, principalmente na saída e na chegada.

Tiradentes Bike Fest

Termina hoje o evento de Tiradentes. Como já previa, ficou difícil comparecer, mas o pessoal do HOG RJ representado pelos integrantes do PHD Recreio e PHD Freguesia fizeram a festa na praça em Tiradentes.

Muitas fotos postadas no Facebook, muita animação, muito frio e muita cachaça.

Agora é esperar pelos "causos" do evento na quarta feira lá no Rota 66.

Twin Cam refrigerado à agua

É certo que a HDMC já tem o seu motor refrigerado à água, o Revolution desenvolvido em parceria com a Porsche e que dá força à família VRSC.

Nada mais justo que esse motor passasse a equipar as famílias tradicionais se e quando a HDMC resolvesse usar os motores com refrigeração líquida.

Mas isso parece que não vai acontecer. A HDMC requereu patente para um motor Twin Cam refrigerado à água (http://appft1.uspto.gov/netacgi/nph-Parser?Sect1=PTO2&Sect2=HITOFF&p=1&u=%2Fnetahtml%2FPTO%2Fsearch-bool.html&r=1&f=G&l=50&co1=AND&d=PG01&s1=%22Harley+Davidson%22.AS.&OS=AN/%22Harley+Davidson%22&RS=AN/%22Harley+Davidson%22 - link da agências de patentes norte-americana).

Essa patente tem sido assunto em vários blogs ianques e canadenses, e o Big Chopper já escreveu sobre o assunto no blog do Lord of Motors (http://www.lordofmotors.com/2011/06/performance-refrigeracao-agua.html ).

Esse novo motor é o motor Twin Cam já conhecido por todos com refrigeração no cabeçote, mantendo toda a estrutura tradicional dos motores HD (motor em V com ângulo de 45º, comando no bloco e válvulas acionadas por varetas) deixando de lado a arquitetura do Revolution (motor em V com ângulo de 60º e duplo comando de válvulas no cabeçote).

Olhando os esquemas técnicos com mais atenção, nota-se que essa nova patente indica um motor com refrigeração hibrída ar/água já que os dutos de passagem do líquido estão localizados apenas no cabeçote e mesmo assim ainda existem as passagens forçadas de ar para ajudar na refrigeração. É um motor Twin Cam com um cabeçote mais avantajado.

Como os motores para 2012 já se encontram homologados na agência ambiental californiana e as vendas dos modelos 2012 já se iniciaram, a melhor aposta é a implantação dessa nova patente a partir de 2013, provavelmente na família Touring, já que os esquemas mostram radiadores de água na posição onde existe a proteção aerodinâmica das pernas das Ultras.

Eu acredito que ainda teremos novidades para a solução dos radiadores de água no lugar dos radiadores de óleo (que já começaram a aparecer como ítens de série nos motores TC103 - devem esquentar bastante para adotar essa solução) para as famílias Softail e Dyna, talvez até mesmo usando o TC96 que estará sendo fabricado apenas para alguns modelos da Dyna, mas a melhor aposta é a morte dos TC96 e um período de convívio de motores TC103 refrigerados à ar e motores TC103 refrigerados à água. Acredito que os modelos com as pinturas comemorativas dos 110 anos da HDMC serão refrigerados à água marcando um início de nova era.

É a maneira Harley de fazer mudanças: mudar tudo sem mudar nada. Quem olhar os novos modelos não vai encontrar mudanças na aparência, mas vai encontrar muita diferença no uso

HD 2012 começa a ser vendida

Nos EUA, é claro.

O PHD Roque já anunciou a novidade em seu blog (http://wilsonroque.blogspot.com/2011/07/linha-2012-da-harley-davidson-ja-nas.html. Já estão a venda as Tourings e Sportsters 2012 (além dos Trikes) e as fotos já podem ser conferidas no site da HD: http://www.harley-davidson.com/en_US/Content/Pages/2012-Motorcycles/motorcycles.html?locale=en_US&bmLocale=en_US .

As principais novidades, além da pintura, é a adoção dos pneus Michelin para as Sportsters e a oferta, como opcionais, de aros raiados sem câmara para as Tourings que vão proporcionar mais segurança por abolirem as câmaras de ar. Além disso os TC103 das Touring passam a contar com a válvula de alívio de compressão (Automatic Compression Release) e o radiador de óleo (opcional que virou equipamento de série).

Os demais modelos serão mostrados (incluindo a Dyna switchback e NRE comemorativa) serão lançados no Harley-Davidson Summer Dealers Meeting em Anaheim na Califórnia em 20/7.

Agora é aguardar as novidades nas famílias Softail e Dyna, além da adoção dos motores TC103.

HD IESA Porto Alegre

Começou a funcionar ontem (2/7) com o café da manhã o novo dealer HD: a IESA HD.

Detalhes sobre o novo dealer, no blog dos Harlystas RS:http://hogpoa.blogspot.com/2011/06/iesa-harley-davidson.html?zx=a8636f1002e01d83.

sábado, 2 de julho de 2011

algumas fotos

Chegando no Frango Assado, última parada saindo do Rio para São Paulo. A vida estava ótima.



Tirando foto da placa do Rastro da Serpente em Apiaí. Os buracos iam começar.



Aqui o grupo posando para a foto na placa.



Descendo o Rastro rumo a Adrianopólis: Estrada suja e muitos buracos.



Depois de Adrianopólis, o cenário muda completamente:



A descida da Serra da Graciosa rumo a Morretes pela estrada turística: estrada com piso em paralelepípedos e cerração.



Voltando para Curitiba: a BR-277 completamente tomada pela neblina e caminhões:



Última parada antes de chegar a São Paulo: já tinhamos passado 60 kms pelo corredor, chuva e frio:



E a foto do estado da Fat nessa parada.

Test Drive

Um dos motivos para o encontro era trocar de motos entre os integrantes do grupo para cada um ter uma idéia do que seria usar uma moto diferente da sua.

Talvez, na comparação, ver que está mal montado ou tirar de vez algum "pensamento maligno" sobre a troca de montaria.

Eram sete motos a disposição: duas Fat Boy, duas Sportsters 883 R, ejá uma Electra Glide edição comemorativa dos 100 anos da HD, uma Suzuki DL-1000 V-Strom e uma BMW RT1200.

Apesar de termos duas Fats e duas Sportsters, ainda assim tinhamos sete motos diferentes: a minha Fat é mais antiga, usa pneus mais finos e motor TC88 com caixa de cinco marchas. A Fat do Jaques é 2010, bem diferente da minha (pneu 200 e motor TC96 com caixa de seis marchas).

Já as Sportsters eram injetadas, mas a 883 do PJ conta com o comando central, meio seca e usa o enriquecedor do Porcão (fórum HD) enquanto a 883 do Floro usa comando avançado, guidão V-bar e modificou a embreagem.

A EG é carburada, usa motor TC88 e aros 16". Bem diferente da atual injetada. Semelhante talvez apenas na posição de pilotar (que ficou mais baixa após as mudanças de 2009 e 2010), embora ache que a centenária seja ligeiramente mais baixa.

A BMW RT1200 conta com banco mais baixo e a V-Strom mudou apenas o riser.

Todos, com exceção do Bugno, experimentaram todas as motos (eu me abstive de usar a V-Strom por não ter curiosidade e não me interessar pelas Big Trails), mas até agora só o Celestino e eu postamos as nossas impressões no fórum.

Na hora do test drive, a diferença mais marcante foi a comparação entre as duas Fats. Ciclística bem diferente, críticas para o BadLander (muito duro) e maior maciez da minha Fat (está mais rodada e contribuiu para isso) deixaram boa impressão, mas acho que a nova Fat também teve seus adeptos.

Vou transcrever as impressões do Celestino:

Minhas impressões:

- FAT BOY DO WOLF: esperava uma moto "bruta", tanto pela cara de bandida dela como pelo histórico das "mexidas" em mapa....e encontrei exatamente o contrário!!! Moto macia em seus comandos, empurra muito bem com o TC 88 injetado....cambio e freios excelentes, banco badlander é uma verdadeira tortura.

- FAT BOY DO JACQUES: impressionante a diferença entre as duas FAT....o motor TC 96 mostra muito mais torque, mas o cambio (relações) nao parece muito casado com ele, principalmente a segunda marcha se vc quer andar trotando....o motor pede mais gás para nao ficar dando cabeçada. Não senti (pela baixa velocidade) nenhum escorregão, mas a inclinação da moto se faz de forma muito diferente, bem mais obediente com o pneu magro.

- 883 DO FLORO: realmente muito esperta, empurra muito na arrancada e retomada, bem diferente da 883 normal. Diz ele que só mexeu na embreagem....mas eu acho que ele esconde algum segredo na criança. Pedaleira em boa posição mas o guidão nao me agradou....muito estreito e esconde completamente o velocimetro.

- 883 DO DRPJ: posso comparar com a da Marcela e a grande diferença é o passo linear da injeção. Muito agradável. Se trouxer o guidão um tantinho mais para trás vai ganhar demais em conforto.

- V STROM DO MURAD: talvez a moto que mais curiosidade tinha em experimentar e, com o risco de me entenderem mal, nao gostei. Apesar de o motor empurrar uma barbaridade, falta suavidade e linearidade na entrega da potencia. Cambio muito macio com freios bem Suzuki.....borrachudos ao extremo. Alta, confortável no banco, o guidão está muito mal posicionado....e olha que o Michel ja deu uma melhoradinha com um raiser. Creio, na verdade, que me acostumei demais ao estilo Custom e talvez por isso tenha estranhado tanto.....mas a verdade é que a bela menina saiu da minha "lista de desejos".

RT DO BUGNO: nessa nova ainda nao tinha andado e vi muita evolução em relação à antiga dele....apesar de poucas mudanças estéticas, a mecanica do novo modelo é muito menos "agressiva".....linear, sem vibrações e muito leve, visto que meu ponto de referencia é a LT (na linha BMW). Mais ágil que a referida, estranhei demais o fato de frear bem menos (principalmente acionando o freio traseiro), mas quero crer que sao pastilhas em fim de vida.

Enfim.....foi bom demais!!!! Mas querem saber qual eu mais amei????

Minha linda, divina e maravilhosa CARMEM ELECTRA...

Como complemento, o rally da região de CARLÓPOLIS......eita vida dura!!!! Bateu na frente, bateu atrás, bateu no meio, no passado e no futuro......quando paramos nos posto, achei que ia ter que remendar os pedaços.....mas nada, absolutamente nada, se soltou......agradeci por nao ter ido com a BMW.....com certeza teria que refazer toda o conserto da criança. Foi uma verdadeira prova de resistencia aos mau tratos.

Pneus BRIDGESTONE aprovadissimos em chuva, curvas, frenagens de panico.....

Abraços,Celestino e Marcela
EG 100 ANOS / 883 C
BMW K 1200 LT
motranqueiros.zip.net
motociclistas.nafoto.net


E as minhas:

Ainda não tinha rodado com nenhum dos modelos presentes e só recusei mesmo andar na V-Strom do Murad por não ter interesse ( e até preconceito) nas Big Trails.

A BMW do Bugno era a que me despertava mais curiosidade por conta da marca,me deu a impressão de ser uma Big Trail enrustida. A posição de pilotagem (as pernas ficam encolhidas por conta do banco trocado) é bem característica das Big Trail. A frenagem é o ponto forte (não deu para ter uma impressão mais eficiente da ciclistica, mas continua me dando a impressão de ser bem parecida com as trails) chega a ser brutal. O motor boxer "chuta" para direita quando liga, mas é muito linear e não senti vibração. Acho que os cabeçotes expostos necessitam de maior cuidado nos corredores. De uma maneira geral é uma moto agradável, de puxada forte e que não precisa ficar trocando marcha a todo momento. Me deixou a impressão de ser uma GS com roupa de gala.

A Fat do Jaques ainda é stock (ele já pensa em dar uma melhorada em ponteiras e filtro se continuar com a moto) e não tem muito o que dizer... é uma moto bem conhecida por mim (muitos amigos do HOG tem ou tiveram a Fat com pneu 200). Bom torque, a traseira escorrega se você abusar e é uma HD.

A Electra do Celestino tem uma tocada mais tranquila por conta do carburador, já tinha rodado com EGs injetadas e existe um delay entre a resposta da moto e enrolar o acelerador. Gostei. Combina bastante com a moto touring, feita para viagens tranquilas. É muito eficiente e realmente o carburador é um diferencial.

Das Sportsters: a do Floro tem comando avançado e a do PJ usa o comando tradicional. Ambas com filtros esportivos e ponteiras, A do PJ usa o enriquecedor do Porcão. Como a moto do Floro não usa o enriquecedor não vi ganho de performance na moto do PJ, mas esse nunca foi o objetivo do enriquecedor. Para quem quer melhorar a performance, acho que vale mais a pena um trabalho com um Power Comander (o SERT tem desenvolvimento bem limitado para as Sportsters e não o considero como a melhor opção para os EVOs - conclusão que tirei pelas experiências do Karuna com a Sportster dele... só vale mesmo se for para modificações mais radicais no motor como a adoção do kit 1200). Pelo contrário, a moto do Floro é bem mais animada (o PJ já disse que ele usa discos de embreagem diferentes o que deve ajudar no coice inicial). E o comando avançado faz uma diferença muito grande, pelo menos para mim, em termos de pilotagem e conforto. Não pensaria em manter o comando tradicional por mais que se esforcem em dizer que a moto ganha mobilidade... a moto já é ágil e não perde nada com o comando avançado.

De todas a que faz mais a minha cabeça é a Electra carburada... combina bem com a minha tocada mais tranquila. As Sportsters são uma boa opção para o uso urbano, principalmente com o comando avançado e guidão modificado. Falta realmente fazer um test drive com a nova F800R da BMW para descartar as BMWs como opção pessoal.


Apenas com fecho do Test Drive, porque todo teste merece uma resposta: dispenso o motor Boxer BMW (a moto não me motivou a comprar), falta testar os rotax e os 4 em linha da série K (testei o 1200 anos atrás e gostei).

Não troco minha Fat por outra Fat tradicional mais nova. A Fat Lo me anima, mas ainda não motiva a troca.

As Sportsters são valentes e são uma ótima opção para quem usa a moto na cidade. Também são ótima opção com segunda moto, mas eu troco os comandos e o guidão... o banco original segue normalmente (provavel troca por um solo apenas por questões de estilo)

Não gosto do mini-ape. Está efetivamente descartado das minhas opções (aliás, os secas de maneira geral não me agradam).

E se puder e encontrar, minha próxima moto para fazer companhia à Fat vai ser carburada... muito confortável de rodar em baixa e pela viagem, muito interessante de tocar na estrada.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Curitiba - São Paulo via BR-277

Domingo, fim de festa e hora de despedidas para quem voltava para Porto Alegre (volta bastante sofrida pelo mau tempo que enfrentaram: debaixo de chuva durante todo o tempo), para quem voltava pela Régis Bittencourt (Bugno e Danny) e para quem voltava de avião (Silvana e Nuno).


Eu segui com o grupo original para São Paulo e ficou decidido voltar pela BR-277 que segue para o norte do Paraná, evitando a Regis Bittencourt. É um caminho mais longo, mas para quem está passeando é sempre uma opção.


Inicialmente o trajeto seria Curitiba - Ponta Grossa (BR-277), Ponta Grossa - Jaguariaíva (PR-151), Jaguariaíva - Capão Bonito (SP-258) e de lá o trajeto já feito: Capão Bonito, Itapetininga, Sorocaba e São Paulo contabilizando cerca de 600 kms (150 kms a mais que o caminho direto pela BR-116).


Saída com tempo seco e frio às 8h30, um ligeiro "looping" para achar a entrada da BR-277 e estávamos na estrada por volta das 9h00.


Assim que saímos de Curitiba o tempo foi ficando mais carregado e seguimos com péssimas perspectivas até Ponta Grossa. O vento forte atrapalhava a pilotagem (principalmente da minha moto com seus aros sólidos) e acabei ficando com o Chacon que servia de ala com o Scenic.


Em Ponta Grossa começou a chover e diminuiu o vento lateral. Eu não gosto de chuva e pista molhada, mas estava preferindo a chuva e um pouco de neblina que o vento lateral. Seguimos até Jaguariaíva com chuva constante.


Parada para abastecimento e o Celestino disse que se sentia mais a vontade me seguindo do que como capitão de estrada (estava cansado de ficar procurando por mim no retrovisor...) e assim partimos de Jaguariaíva. Tempo melhorando (diminuindo a chuva) e pista molhada, passei a ser o capitão de estrada com o Celestino como cerra-fila.

Após 40 minutos rodando nos demos conta que a distância para São Paulo aumentava ao invés de diminuir. Algo errado... para tudo! Andamos 80 kms já chegando em Wencesláu Braz, sempre seguindo pela PR-151. Pedido de informações no posto de gasolina e verificamos onde foi a lambança: em Jaguariaíva já devíamos ter saido para a ligação com a SP-258, cerca de 50 kms a frente ao invés de continuar seguindo pela PR-151.

Volta, não volta ou segue em frente... o GPS indicava que teríamos mais 150 kms além dos 600 kms já previstos e voltar não teria sentido pois já tinhamos rodado 80 e voltaríamos novamente os mesmos 80 kms... ou seja: segue em frente e aproveita a vida.

Mudança de trajeto: seguindo pela PR-151 até Carlopólis, virando para Fartura a fim de pegar a SP-287 e seguindo para Avaré até alcançar a Rodovia Castelo Branco (SP-280) que nos levaria até São Paulo.


Recomeço de chuva e fomos embora pelo norte do Paraná. Na ligação com Avaré tivemos outro trecho de off road (o primeiro tinha sido os últimos 40 kms até Wencesláu Braz) de mais 60 kms até Taquarituba.

Quando comento em trecho de off road, me refiro a piso muito esburacado, onde as motos vão batendo e quicando nos buracos que variavam da espessura da camada superficial do asfalto (menos de um centímetro) até boas crateras com mais de dez centímetros de profundidade. De uma forma geral era escolher os buracos menores e evitar os maiores.

As HDs mostraram resistência: velocidade sempre na casa dos 100 km/h, piso completamente esburacado e não perderam nenhuma peça... Como sempre dizem: se cair alguma coisa da sua HD é porque era uma peça inútil.


A partir de Taquarituba o vento lateral retornou, para meu suplício, e acabamos (eu, Celestino e Chacon) ficando para trás. As Sportsters seguiram em ritmo mais rápido e eu segui me pendurando na Fat para mantê-la na trajetória (em uma rajada mais forte acabei deslocado lateralmente cerca de dois metros).

Quando entramos na Castelo Branco, o vento diminuiu o incômodo (estrada mais abrigada já que o trecho anterior estava sob influência da área aberta do espelho d'água de uma represa) e só tive que me preocupar com a chuva (galho fraco a essa altura da viagem). Parada para abastecer e já tinhamos informação de muito congestionamento a partir de Sorocaba (acabou iniciando antes: em Tatuí).

Já era noite e decidimos seguir em dupla para evitar o estresse de ficar procurando quem vinha atrás e poder negociar melhor as ultrapassagens e passagens pelo corredor, evitando maiores problemas com trânsito e nas ultrapassagens noturnas. As Sportsters seguiram na frente e a EG e a Fat seguiram atrás. O Scenic parou no transito pesado.

No trecho feito à noite percebi a importância de um bom farol: com a chuva fina e o trânsito, o farol original em conjunto com os faróis auxiliares mostraram ser muito eficientes. Talvez as lâmpadas super brancas não tivessem tanta eficiência nessas condições de chuva/cerração.

As motos seguiam pelo corredor, na pista molhada e, a partir do km 56, com muito diesel... meu capacete chegou amarelado da mistura água/diesel. Conseguimos chegar em São Paulo, na Praça Panamericana, às 22h00, treze horas depois de ter entrado na estrada em Curitiba.

O que motiva encarar essas dificuldades? Para mim era a vontade de chegar. Com a chegada da noite, acredito que qualquer sugestão de pernoite teria sido benvinda, mas estar tão perto do destino (cerca de 150 kms) depois de ter rodado tanto (cerca de 600 kms) dá animo para chegar porque você se anima exatamente porque está acabando e o destino final já está na sua cara.

Nesse momento outra dificuldade é dominar a ansiedade para manter um ritmo dentro das suas possibilidades (tanto físicas quanto da moto e da estrada) para evitar o chamado acidente da descontração (quando você relaxa por estar perto de casa). Infelizmente, em duas rodas, a concentração deve ser total durante todo o tempo.

Poderíamos ter feito em menos tempo? Eu não conseguiria. Fiquei muito grato pela companhia dos amigos que me viram com dificuldades na luta contra o vento lateral e decidiram seguir no meu ritmo.

E com tudo isso, as motos mostraram ser muito confiáveis. Não perderam rendimento, o consumo foi estável durante toda a viagem e sobrou para mim investigar se a sensibilidade ao vento lateral é normal (nunca cheguei à situação de alguns trechos nesse retorno) ou se tem algo atrapalhando.

A Fat ficou em São Paulo. Tomei essa decisão depois da briga com o vento, a chuva, o frio, a noite e o corredor na estrada decidi que não valia a pena insistir na sorte voltando para o Rio no dia seguinte com previsão de chuva, ainda mais voltando sozinho. Avião na segunda-feira pela manhã e voltarei para pegar a Fat no dia 7/7, quando o pessoal vem ao Rio passear. Terei companhia para a estrada e já estarei na vontade de subir na moto novamente.