Talvez, na comparação, ver que está mal montado ou tirar de vez algum "pensamento maligno" sobre a troca de montaria.
Eram sete motos a disposição: duas Fat Boy, duas Sportsters 883 R, ejá uma Electra Glide edição comemorativa dos 100 anos da HD, uma Suzuki DL-1000 V-Strom e uma BMW RT1200.
Apesar de termos duas Fats e duas Sportsters, ainda assim tinhamos sete motos diferentes: a minha Fat é mais antiga, usa pneus mais finos e motor TC88 com caixa de cinco marchas. A Fat do Jaques é 2010, bem diferente da minha (pneu 200 e motor TC96 com caixa de seis marchas).
Já as Sportsters eram injetadas, mas a 883 do PJ conta com o comando central, meio seca e usa o enriquecedor do Porcão (fórum HD) enquanto a 883 do Floro usa comando avançado, guidão V-bar e modificou a embreagem.
A EG é carburada, usa motor TC88 e aros 16". Bem diferente da atual injetada. Semelhante talvez apenas na posição de pilotar (que ficou mais baixa após as mudanças de 2009 e 2010), embora ache que a centenária seja ligeiramente mais baixa.
A BMW RT1200 conta com banco mais baixo e a V-Strom mudou apenas o riser.
Todos, com exceção do Bugno, experimentaram todas as motos (eu me abstive de usar a V-Strom por não ter curiosidade e não me interessar pelas Big Trails), mas até agora só o Celestino e eu postamos as nossas impressões no fórum.
Na hora do test drive, a diferença mais marcante foi a comparação entre as duas Fats. Ciclística bem diferente, críticas para o BadLander (muito duro) e maior maciez da minha Fat (está mais rodada e contribuiu para isso) deixaram boa impressão, mas acho que a nova Fat também teve seus adeptos.
Vou transcrever as impressões do Celestino:
Minhas impressões:
- FAT BOY DO WOLF: esperava uma moto "bruta", tanto pela cara de bandida dela como pelo histórico das "mexidas" em mapa....e encontrei exatamente o contrário!!! Moto macia em seus comandos, empurra muito bem com o TC 88 injetado....cambio e freios excelentes, banco badlander é uma verdadeira tortura.
- FAT BOY DO JACQUES: impressionante a diferença entre as duas FAT....o motor TC 96 mostra muito mais torque, mas o cambio (relações) nao parece muito casado com ele, principalmente a segunda marcha se vc quer andar trotando....o motor pede mais gás para nao ficar dando cabeçada. Não senti (pela baixa velocidade) nenhum escorregão, mas a inclinação da moto se faz de forma muito diferente, bem mais obediente com o pneu magro.
- 883 DO FLORO: realmente muito esperta, empurra muito na arrancada e retomada, bem diferente da 883 normal. Diz ele que só mexeu na embreagem....mas eu acho que ele esconde algum segredo na criança. Pedaleira em boa posição mas o guidão nao me agradou....muito estreito e esconde completamente o velocimetro.
- 883 DO DRPJ: posso comparar com a da Marcela e a grande diferença é o passo linear da injeção. Muito agradável. Se trouxer o guidão um tantinho mais para trás vai ganhar demais em conforto.
- V STROM DO MURAD: talvez a moto que mais curiosidade tinha em experimentar e, com o risco de me entenderem mal, nao gostei. Apesar de o motor empurrar uma barbaridade, falta suavidade e linearidade na entrega da potencia. Cambio muito macio com freios bem Suzuki.....borrachudos ao extremo. Alta, confortável no banco, o guidão está muito mal posicionado....e olha que o Michel ja deu uma melhoradinha com um raiser. Creio, na verdade, que me acostumei demais ao estilo Custom e talvez por isso tenha estranhado tanto.....mas a verdade é que a bela menina saiu da minha "lista de desejos".
RT DO BUGNO: nessa nova ainda nao tinha andado e vi muita evolução em relação à antiga dele....apesar de poucas mudanças estéticas, a mecanica do novo modelo é muito menos "agressiva".....linear, sem vibrações e muito leve, visto que meu ponto de referencia é a LT (na linha BMW). Mais ágil que a referida, estranhei demais o fato de frear bem menos (principalmente acionando o freio traseiro), mas quero crer que sao pastilhas em fim de vida.
Enfim.....foi bom demais!!!! Mas querem saber qual eu mais amei????
Minha linda, divina e maravilhosa CARMEM ELECTRA...
Como complemento, o rally da região de CARLÓPOLIS......eita vida dura!!!! Bateu na frente, bateu atrás, bateu no meio, no passado e no futuro......quando paramos nos posto, achei que ia ter que remendar os pedaços.....mas nada, absolutamente nada, se soltou......agradeci por nao ter ido com a BMW.....com certeza teria que refazer toda o conserto da criança. Foi uma verdadeira prova de resistencia aos mau tratos.
Pneus BRIDGESTONE aprovadissimos em chuva, curvas, frenagens de panico.....
Abraços,Celestino e Marcela
EG 100 ANOS / 883 C
BMW K 1200 LT
motranqueiros.zip.net
motociclistas.nafoto.net
E as minhas:
Ainda não tinha rodado com nenhum dos modelos presentes e só recusei mesmo andar na V-Strom do Murad por não ter interesse ( e até preconceito) nas Big Trails.
A BMW do Bugno era a que me despertava mais curiosidade por conta da marca,me deu a impressão de ser uma Big Trail enrustida. A posição de pilotagem (as pernas ficam encolhidas por conta do banco trocado) é bem característica das Big Trail. A frenagem é o ponto forte (não deu para ter uma impressão mais eficiente da ciclistica, mas continua me dando a impressão de ser bem parecida com as trails) chega a ser brutal. O motor boxer "chuta" para direita quando liga, mas é muito linear e não senti vibração. Acho que os cabeçotes expostos necessitam de maior cuidado nos corredores. De uma maneira geral é uma moto agradável, de puxada forte e que não precisa ficar trocando marcha a todo momento. Me deixou a impressão de ser uma GS com roupa de gala.
A Fat do Jaques ainda é stock (ele já pensa em dar uma melhorada em ponteiras e filtro se continuar com a moto) e não tem muito o que dizer... é uma moto bem conhecida por mim (muitos amigos do HOG tem ou tiveram a Fat com pneu 200). Bom torque, a traseira escorrega se você abusar e é uma HD.
A Electra do Celestino tem uma tocada mais tranquila por conta do carburador, já tinha rodado com EGs injetadas e existe um delay entre a resposta da moto e enrolar o acelerador. Gostei. Combina bastante com a moto touring, feita para viagens tranquilas. É muito eficiente e realmente o carburador é um diferencial.
Das Sportsters: a do Floro tem comando avançado e a do PJ usa o comando tradicional. Ambas com filtros esportivos e ponteiras, A do PJ usa o enriquecedor do Porcão. Como a moto do Floro não usa o enriquecedor não vi ganho de performance na moto do PJ, mas esse nunca foi o objetivo do enriquecedor. Para quem quer melhorar a performance, acho que vale mais a pena um trabalho com um Power Comander (o SERT tem desenvolvimento bem limitado para as Sportsters e não o considero como a melhor opção para os EVOs - conclusão que tirei pelas experiências do Karuna com a Sportster dele... só vale mesmo se for para modificações mais radicais no motor como a adoção do kit 1200). Pelo contrário, a moto do Floro é bem mais animada (o PJ já disse que ele usa discos de embreagem diferentes o que deve ajudar no coice inicial). E o comando avançado faz uma diferença muito grande, pelo menos para mim, em termos de pilotagem e conforto. Não pensaria em manter o comando tradicional por mais que se esforcem em dizer que a moto ganha mobilidade... a moto já é ágil e não perde nada com o comando avançado.
De todas a que faz mais a minha cabeça é a Electra carburada... combina bem com a minha tocada mais tranquila. As Sportsters são uma boa opção para o uso urbano, principalmente com o comando avançado e guidão modificado. Falta realmente fazer um test drive com a nova F800R da BMW para descartar as BMWs como opção pessoal.
Apenas com fecho do Test Drive, porque todo teste merece uma resposta: dispenso o motor Boxer BMW (a moto não me motivou a comprar), falta testar os rotax e os 4 em linha da série K (testei o 1200 anos atrás e gostei).
Não troco minha Fat por outra Fat tradicional mais nova. A Fat Lo me anima, mas ainda não motiva a troca.
As Sportsters são valentes e são uma ótima opção para quem usa a moto na cidade. Também são ótima opção com segunda moto, mas eu troco os comandos e o guidão... o banco original segue normalmente (provavel troca por um solo apenas por questões de estilo)
Não gosto do mini-ape. Está efetivamente descartado das minhas opções (aliás, os secas de maneira geral não me agradam).
E se puder e encontrar, minha próxima moto para fazer companhia à Fat vai ser carburada... muito confortável de rodar em baixa e pela viagem, muito interessante de tocar na estrada.
3 comentários:
Interessante suas impressões entre as carburadas e as injetadas. Eu tive oportunidade de rodar com uma Ultra Glide 105 anos, minha 2007 e uma 2010, ano passado nos EUA. Gosto do som das carburadas mas prefiro as injetadas por sua resposta mais precisa. Questão de gosto, talvez. Espero ter a chance de pilotar uma 2012 na minha próxima viagem na América, em setembro. Mas, igual a você, não sinto vontade de trocar minha Ultra 2007.
É mera questão de preferência, e mesmo assim seria uma segunda motocicleta para fazer companhia à minha Fat.
A adoção da injeção foi uma questão de sobrevivência da fábrica, muito benvinda diga-se de passagem. A injeção é muito mais confiável que os carburadores e te abre um leque enorme de regulagens.
O próximo passo dessa evolução será a adoção da refrigeração líquida porque a fábrica não vai conseguir se manter dentro dos novos parâmetros impostos pelas normas anti-poluentes de forma sustentável sem apelar para essa tecnologia.
A corrida pelas cilindradas vai terminar por total falta de eficiência e quem não quiser encarar esse cenário vai ter de conformar em ficar restaurando motos antigas, tal e qual em Cuba.
Já tive oportunidade de ver a nova patente da HDMC para a refrigeração líquida e segue a mesma premissa que vem mantendo sua legião de fiéis: mudar tudo sem mudar nada.
Os novos motores tiveram ligeiro aumento de tamanho para acomodar dutos de passagem de líquido e assim refrigerar os cabeçotes e ajudar na dissipação do calor. O radiador de água deve ficar na mesma posição que hoje fica o radiador de óleo.
Quem olhar e não for atento não verá grandes modificações como ocorre no Revolution das VRSC.
A refrigeração a líquido será bem vinda, com certeza.
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