domingo, 30 de dezembro de 2012

Troca de óleo

A recomendação que fiz no post anterior sobre a troca de óleo antes de sair em viagem no fim de ano trouxe alguns comentários sobre mistura de lubrificantes, qual lubrificante usar, filtro de óleo entre outros comentários.

Vale lembrar que quando você troca o óleo, você não mistura lubrificantes: escoa o antigo e repõe com lubrificante novo. A mistura ocorre quanto você completa o nível do óleo sem respeitar a especificação do lubrificante que está usando. Eu sugiro que se use inclusive a mesma marca do lubrificante existente, coisa nem sempre possível.

O manual das TC recomenda o 20W50 ou 10W40 como sendo os melhores e não cita a especificação para a primária e caixa de marchas, apenas o p/n do óleo com a marca HD (p/n 99851-05).

A minha Fat usa o MOTUL desde os tempos do Grupo Izzo. Como o lubrificante com a marca HD (recomendado no manual) não era importado e o Grupo Izzo tinha acordo com a francesa MOTUL, eles usavam a marca e a maioria das oficinas especializadas seguiu essa recomendação, sendo normal encontrar o MOTUL nas melhores oficinas que cuidam de HDs, mas nada impede o uso de outra marca.

A lista de lubrificantes que as oficinas (autorizadas ou especializadas) usam para os Twin Cam costuma ser a seguinte:

  • motor: Motul 5100 semi-sintético classificação 15W50 API SL
  • caixa primária: Motul Transoil Expert 10W40 API GL-4
  • caixa de marchas: Motul Gearbox 80W90 API GL-4/GL-5
  • suspensão: Motul Fork Expert 15W (existem especificações 10W e 20W)
No caso de motores mais antigos que não tem reservatórios separados para motor e caixa primária (caso dos EVO que equipavam as softail e tourings até 1999 e equipam as Sportsters até hoje), as autorizadas usam o Motul 5100 para motor e caixa primária e mantendo a mesma especificação para caixa de marchas e suspensão, coisa que as oficinas especializadas não fazem.

As especializadas recomendam troca de óleo em intervalos mais curtos (4000 kms ao invés de 8000 kms) e lubrificantes de base mineral com a especificação 20W50, sendo o mais indicado por eles o MOTUL 3000 20W50 API SG e Hipóides SAE 90W API GL-4 para a caixa de marchas (o Dotz da Ride´n´Roll recomenda fortemente o AC-Delco).

Vale lembrar mais uma vez que a marca usada nas oficinas não é uma bíblia a ser seguida, você pode usar qualquer marca desde que respeite a especificação.

A especificação SAE leva em consideração a viscosidade (capacidade que óleo tem de fluir a partir de determinada temperatura) em temperaturas de inverno (Winter, por isso a letra W) e verão: 20W50 significa que tem viscosidade a partir de 20ºC com motores frios e 50ºC com motores quentes. 

A especificação API leva em consideração o serviço sendo a letra S específica para serviço em veiculos automotores e a letra seguinte indicando o combustível usado: C para motores diesel e da letra F em diante para veículos movidos a mistura de gasolina, atualmente a classificação mais alta é a SM.

A escolha do lubrificante mineral ou sintético vai representar um intervalo maior ou menor para a troca. O lubrificante mineral tem menor durabilidade em serviço, oxidando e formando borras mais rapidamente e necessita de trocas mais frequentes para evitar desgaste do motor pela deterioração das suas capacidades de lubrificação. Indica-se trocas para lubrificantes minerais a cada 4000 kms enquanto o sintético (no nosso caso, semi-sintético) a cada 8000 kms.

Filtros de óleo devem ser substituídos a cada troca, as autorizadas costumam usar os originais HD, mas os aftermarket K&N não deixam nada a desejar. A melhor opção nacional é o Fram, mas muita gente tem preconceito contra ele. A indicação na tabela Fram para as HDs é o PH6022, normalmente encontrado na cor laranja, já a K&N tem indicações diferentes para cada ano e modelo podendo ser pretos ou cromados.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Fim de ano chegando: vai viajar?

Pois é, se o natal é uma festa familiar, o Reveillon é uma festa para os amigos.

E muita gente viaja para festejar. Este ano teremos um belo feriadão, com o primeiro de janeiro na terça e um 31/12 enforcado na segunda.

Se vai colocar a moto na estrada, não custa fazer uma revisão rápida dos detalhes mais simples como calibrar pneus, verificar óleo e dar uma olhada nas condições da moto como a espessura das pastilhas.

Fazer revisão mais detalhada, nessa época do ano, é complicado... corre o risco de ter a moto entregue só depois do Reveillon.

Se você está chegando perto da revisão, pense em trocar pelo menos o óleo do motor. Deixe o filtro para a volta e use um lubrificante mineral com especificação 20W50. A marca é o menos importante, desde que seja atendida a especificação.

Por que não sintético? Porque dificilmente você vai partir para fazer mais de 4000 kms no Reveillon, o custo é menor e você não sente pena de chegar e fazer a revisão periódica que já devia ter feito antes de viajar.

E faça um favor a si mesmo: se achar que os pneus ou pastilhas não aguentam a viagem, vá de carro ou não vá. Vão haver outros Reveillons.

Agora é escolher bem o equipamento, não esquecendo que a estrada vai estar quente e pode encontrar muito trânsito, e preparar o roteiro. Deixe a roupa de chuva a mão (chuva é característica do verão) e não esqueça de se hidratar nas paradas.

E boa viagem!

nova lei seca: presunção de culpa

Entrou em vigor pouco antes das festas de natal a nova redação dos artigos do CTB que tratam de direção sob ação de efeitos do alcool, e agora substâncias entorpecentes.

Nas blitzes feitas nas cidades já se tem notícia de prisão em flagrante de motoristas que mesmo se recusando a exame do bafômetro e tendo suas carteiras apreendidas e veículos rebocados, foram encaminhados à delegacia sob alegação de evidência visual de estarem embriagados.

A PRF segue em operação coibindo a direção de motoristas alcoolizados seguindo também a nova redação do CTB.

Multas em dobro, autos sendo lavrados, veículos rebocados e motoristas presos em flagrante: nova realidade para a terra brasilis? Estradas e ruas seguras com o afastamento de motoristas irresponsáveis? O Estado está preocupado com a segurança no trânsito?

Para mim as mudanças estão longe de atender essas respostas. As multas em dobro servem para educar quem? Não é o motorista bebado, esse vai pagar ou não a multa e seguir a vida bebendo. O Estado vai arrecadar mais, as blitzes vão aumentar buscando autuar cada vez mais os motoristas e os acidentes vão continuar.

A ameaça de prisão para os que apresentarem sinais de embriaguez vai servir como freio para os irresponsáveis? Também acho que não. Vão ser encaminhados à DP, lavra-se o termo circunstanciado, paga-se fiança e mais tarde, na frente do conciliador assina-se o termo da transação penal pagando cestas básicas.

O grande ônus da mudança da redação dos artigos fica para o motorista que não bebeu e não quer fazer o exame do bafômetro, ou aquele que não gostaria de fazer o exame por não ter certeza se aquele bombom de licor que comeu junto com o café não vai acusar um índice acima do permitido.

Com a nova redação onde a autoridade pode apresentar qualquer prova aceitável no Direito que puder coletar para comprovar o flagrante, o motorista deixa de ser inocente até prova em contrário pois a autoridade tem presunção de verdade em seu depoimento e se quiser alegar que você mostra sinais de embriaguez cabe ao acusado provar o contrário e a melhor forma é a prova pericial, fazendo o exame e comprovando estar abaixo do índice.

Mesmo sem entrar no mérito que é dever do CONTRAN estabelecer norma complementar especificando que sinais externos comprovam a embriaguez e isso ainda não foi feito, a nova redação já está em vigor e não adianta mais você se recusar ao bafômetro. As consequencias podem ter uma dimensão que ninguém imagina e a lei na terra brasilis só consegue punir aqueles que tem algo a perder.

Hoje, você está bebado até provar o contrário. Educar o motorista para evitar os acidentes e dirigir somente em condições normais, mantendo o veículo em boas condições de uso? Isso ninguém vai fazer.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Boas Festas

Este fim de semana termina o calendário de festas públicas e começamos a comemorar e relembrar o ano de 2012 entre familiares e amigos.

A todos que acompanham o blog, boas festas e grande natal. Que 2013 seja ainda mais animado e com mais kms pela frente.

Vamos comemorar com a Brian Setzer Orchestra

e seguem as comemorações

Se o calendário maia falhar, teremos mais confraternizações no final de semana.

O HOG RJ tem o café com Rock, onde a banda Mad Cats anima o café da manhã na loja Rio HD e logo em seguida parte o trem de natal levando presentes para serem distribuídos na Igreja da Penha.

O trem terá escolta dos batedores do Batalhão de Guardas e parte às 10h.

Na Zona Sul do Rio, a Brazil Custom também encerra 2012 com café da manhã seguido de churrasco de confraternização.

Tudo acontece no dia 22/12, logo depois do final do calendário maia.

Mais um sábado para chutar o balde.

domingo, 16 de dezembro de 2012

diretoria HOG RJ se despediu

Festa de fim de ano do HOG RJ: a festa correu muito bem, quase 300 pessoas confraternizando na Rio HD com direito a um show da Rio Rock & Blues Band além do DJ que fez todos dançarem durante a noite.


E com o final de 2012 a atual diretoria do HOG RJ aproveitou a ocasião para se despedir e dar espaço para renovar a diretoria. Os diretores Rodrigo Azevedo e Silvana de Faria, junto com o Head Road Captain Artur Albuquerque estão de parabéns pelo trabalho realizado. Um ano dedicando o tempo livre deles ao trabalho de mostrar e integrar os calouros na comunidade HD.

Vale a ressaltar o empenho dos três cabeças da diretoria para fazer do Chapter RJ uma escola para os calouros no mundo HD.
Foram passeios semanais, curtos e longos, mas sempre partindo para estrada e levando de 30 a 40 calouros para seus batismos na estrada. Com a ajuda do staff de Capitães de Estrada (eu fui um deles), o Chapter RJ fez mais de 12000kms em 2012.
Eu acompanhei  perto da metade desses Kms, de carro com a Silvana fazendo apoio ao trem ou na Fat cerrando fila e posso dizer que foi bem legal ver o desenvolvimento de vários calouros ao longo de 2012. Muitos que vi começando a rodar com suas HDs zero já formaram seu grupo menor e passaram a escolher os passeios interessantes para fazer, dentro da melhor filosofia do HOG: criar uma convivência entre os proprietários de HDs.
A diretoria, com o apoio do dealer, conseguiu organizar alguns cursos com dicas para a pilotagem em grupo (com direito a passeio para por em prática o que havia sido conversado), abriu espaço para a divulgação de cursos de pilotagem a fim de aprimorar a técnica nas HDs (sempre com valores diferenciados para os membros do HOG RJ) e ainda conseguiu colocar em prática, com o suporte da Brazil Bike Travel, a idéia de levar um grupo para se iniciar nas viagens internacionais: em final de agosto deste ano, o HOG RJ proporcionou aos colegas de Chapter,  interessados em vivenciar a experiência de rodar com uma HD nos EUA, a oportunidade de passar um final de semana prolongado em Miami/Key West fazendo vários passeios com direito a pernoite em Key West e Miami em motos alugadas. Experiência bem sucedida que rendeu vários elogios à iniciativa de fazer percursos menores dentro dos EUA privilegiando a convivência e o batismo nas estradas norte-americanas.
Além desse trabalho, a diretoria deu o pontapé para a volta do caráter beneficiente que sempre pautou as atividades do HOG no Brasil. Foram organizadas festas temáticas ao longo do ano que serviram para estreitar os laços entre os membros do Chapter e para arrecadar fundos a fim de auxiliar entidades de apoio à infância e velhice.
Não se pode deixar de mencionar o grande apoio que o dealer deu às iniciativas da diretoria, chegando a ter de  contornar alguns maus entendidos entre a diretoria do Chapter e a diretoria do HOG Brasil. Certo que chegou-se ao fim do ano com uma avaliação bastante positiva por parte do HOG Brasil do trabalho feito no Chapter RJ, que não pretende ser o melhor ou maior entre os Chapters brasileiros, mas com certeza é um dos mais agitados e marca presença exatamente pelas iniciativas que coloca em prática como a viagem internacional, a presença de uma Diretora dedicada à organização dos eventos ou o retorno das atividades beneficentes.
Enfim, parabéns ao Rodrigo pela energia que sempre contagiou os demais colegas, colocando o grupo sempre em primeiro lugar; a Silvana pela disposição na retomada dos trabalhos beneficentes e na organização da estrutura dos passeios fosse reservando restaurantes ou conversando com gerentes para ver a possibilidade de tornar o passeio mais prazeiroso; e ao Artur por ter colocado a serviço dos calouros toda a sua experiência nos milhares de quilômetros percorridos pelo mundo, a simples presença do nosso Head Road Captain nos locais já era uma atração para o passeio.
Finalmente, não se pode deixar de citar os Road Captains mais assíduos: Paulo Kastrup, Carlos Martins e Sérgio Gaspar que estiveram na maior parte dos passeios com suas motos; Fernando Tanure com suas participações nos cursos de pilotagem em grupo e os colegas que, junto comigo, se revezaram cerrando fila quando a coisa apertava: Claudio Cerqueira e Newton Valle.


O último passeio do ano está marcada para o próximo sábado, quando parte o trem de natal fazendo a entrega de brinquedos na Igreja da Penha.

Novidades sobre a nova diretoria só em 2013 já que o dealer ainda não escolheu os novos Diretores e Head Road Captain.

sábado, 15 de dezembro de 2012

estilos de customização: qual o melhor ponto de partida?

Se vê muita coisa nos encontros, muita coisa nos cafés da manhã (dealer ou oficinas especializadas) e muita coisa na internet.

Não sou customizador, mas existem alguns detalhes que tornam qualquer customização dinheiro jogado fora porque como diz o Pedrão do Hecho a mano, a customização está nos detalhes.

Tentar colocar um ape hanger em uma V-Rod (e já vi isso publicado na web) não é das melhores idéias, assim como colocar um guidão Tomazzelli digno de uma café racer em uma Fat Boy.

A customização reflete seu gosto e é possível transformar tudo, desde uma Mobylete em Bobber como é o caso dos Tonguinhas ou uma Electra Glide em uma café racer ou chopper.. tudo questão de dinheiro e projeto.

Se você escolher bem o ponto de partida, a customização vai ser mais fácil, menos onerosa e necessitar de menos adaptações no projeto original.

O modelo HD mais versátil é sem dúvida a Sportster. Aceita quase tudo: só não vi uma Chopper partindo do quadro original. Café Racer é a linha que mais me agrada na Sportster e a própria HDMC tem uma Bobber original partindo da Sportster: a Sportster 48.

Outra base interessante para uma Café Racer é a XR1200. Mudanças simples de tanque e rodas já trazem ela para um estilo menos moderno lembrando bastante as primeiras Café Racers inglesas. Afinal, guidão e pedaleiras recuadas já fazem parte do projeto original.

Já para as Bobbers, partindo de quadros FL tudo fica mais simples. Mudanças pequenas em paralamas, pneus e banco já deixam a moto praticamente pronta. Gosto mais quando a base usa aros 16. E o que são os quadros FL: Softail e Tourings. Usando as softail ainda se consegue uma aparência de Hard Tail pois os amortecedores estão embaixo do quadro deixando a balança exposta.

Um estilo que vejo pouco são as Choppers e um ponto de partida muito bom são os chassis FX pois te permitem angular a suspensão dianteira com pouco investimento deixando o tanque em uma linha direta com a balança traseira. Se conseguir um quadro com a roda 200 como as FXST de 2007 em diante, melhor ainda. Vai faltar muito pouco: um guidão e um banco com pouca espuma para manter a linha reta do chassi e a sua Chopper está no jeito.

Uma moto não precisa ter dobro do seu valor em acessórios para ter um bom resultado. Vale mais a pena gastar a sobra aproveitando a moto.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

e seguem as festividades de fim de ano

Este sábado tem café da manhã na Fazzi (R. Siqueira Campos, 83 - Santa Rosa, Niterói) com direito a mini garage sale. Para quem ainda não foi, vale a viagem até mesmo para conhecer alguns dos trabalhos da Fazzi, que conquistou o primeiro lugar entre as motos customizadas na edição deste ano do RHD.

E a noite tem a festa de final do ano do HOG RJ onde a diretoria atual se despede e cumprimenta a nova diretoria escolhida pelo dealer carioca. Ainda não se sabe a composição da nova diretoria, mas desde já desejo aos colegas disposição para manter o trabalho iniciado pela diretoria que se despede.

A festa, como sempre, tem caráter beneficiente e acontece na loja da Rio HD, com convite sendo vendido via Pag Seguro (consulte a fan page do HOG RIO no Facebook) ou com a Priscila (secretária do HOG) na própria loja. Quem não comprou, tem  de correr porque os convites já se esgotaram e o dealer carioca autorizou a venda de apenas mais 50 ingressos, aumentando a lotação de 250 para 300 pessoas.

HDMC no Brasil

A HDMC segue sua expansão pelo mercado brasileiro: Nas últimas semanas foram inauguradas as lojas de Fortaleza e Recife e a loja de Ribeirão Preto está prestes a iniciar suas atividades (21/12).

Enquanto isso, o cenário do pós-venda muda, para pior. Além de permanecer o cenário já conhecido de falta de peças e modelos para pronta-entrega, agora estamos começando a ler reclamações em sites de defesa do consumidor sobre demora na baixa do gravame e consequente liberação para emplacamento, notadamente em motos compradas à vista.

A última reclamação que foi veiculada nas redes sociais relata demora de 45 dias para entrega da moto e 15 dias para baixa do gravame, total de 60 dias para liberar a moto como nos bons tempos do Grupo Izzo.

Como não foi divulgado o modelo da moto, não dá para saber se isso ocorre em função da "empurroterapia" que a HDMC Brasil vem usando para desovar os modelos 12/12 de fim de produção ou se foi um tradicional "gato por lebre".

O que se deve notar é a necessidade de transparência nas negociações, já que o consumidor alertava para o fato de não haver aviso de tanta demora, sem falar na demora seguinte para a baixa do gravame.

A falta de informação não deve voltar a ser uma constante nas vendas de motos zeros. Já tive oportunidade de comentar o fato com o gerente da loja do Rio e um dos argumentos que ele usou é a falta de adaptação do fábrica de Manaus às necessidades do mercado nacional, pois a fábrica segue uma programação para montagem que nem sempre atende à procura, e isso causa espera por determinados modelos.

Como exemplo, posso citar o caso das Ultra Limited que estão chegando para atender pedidos feitos há 60 dias. Já são modelos 12/13 e muitos dos colegas em lista de espera desistiram das encomendas ao longo do longo prazo, seja mudando para outro modelo, seja cancelando o negócio por ter negociado com outro dealer fora do seu domicílio, ou seja porque se sentiu mal tratado pela marca e migrou para outra marca.

Não entrando no mérito da questão da defasagem entre os modelos vendidos no Brasil e os modelos apresentados nos EUA e que atendem o mercado importador (Europa, Austrália, Africa do Sul e até mesmo a vizinha Argentina tem os mesmos modelos), a lista de espera não pode esperar que a meta anual seja atingida para começar a ser atendida, como é o caso. Deve haver uma contingência da fábrica que permita o atendimento das encomendas mesmo que isso atrapalhe a meta programada. Mostrar serviço não se resume a bater meta, mostrar serviço é principalmente atender bem o cliente, ainda mais na HDMC onde o cliente é o principal ativo da empresa.

Ainda assim, não é aceitável o prazo de quinze dias para baixa do gravame, visto isto não acontecer com todos os dealers, ainda mais para quem já integraliza o pagamento na hora da negociação. Acho que a HDMC deve pedir explicações sobre o assunto já o que o prazo normal para esse procedimento (normal no mercado de carros e motos) é de no máximo 5 dias.

Se existe má-fé, deve ser coibida. Se existe desorganização do dealer, deve ser corrigida, mas não se pode aceitar que o consumidor seja impedido de licenciar a moto paga, seja por ele ou por um banco, por um procedimento administrativo.


sábado, 8 de dezembro de 2012

sábado cheio

Hoje tem!

Hoje tem churrasco no Jacir em Piraí e o HOG RJ sai da loja Rio HD às 10h00. Trajeto para conhecer a Transoeste e a subida da Serra do Piloto em Mangaratiba (estrada que liga Mangaratiba a Barra do Piraí). A volta está programada pela Dutra. Para quem ainda não conhece a fazenda Califórnia, vale a pena. Não só pela estrada, que informam estar em ótimas condições, mas também para dar um abraço no Jacir pelo aniversário.

E hoje tem Garage Sale começando às 13h e sem hora para acabar. Esta edição volta a ser realizada na Rua Ceará, local bastante conhecido pelas oficinas e pelas sedes dos MCs. Mais tradicional que isso, não tem.

Como já postou o Lord no LOM, hoje é dia para chutar o balde!


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

HDMC mostra linha 2013

A imprensa especializada já publicou e os colegas blogueiros também já postaram sobre o assunto: a HDMC Brasil, através do próprio presidente, lançou a linha 2013.

Esperava ver alguma coisa no salão da Rio HD, mas ainda não receberam nenhum modelo. Aliás o salão de vendas estava praticamente vazio, com algumas Irons, Blacklines e V-Rods.

Sem surpresas, mantendo os motores TC 103 somente na família Touring e apresentando apenas as novas cores e somente quatro modelos comemorativos em edição limitada (Electra Limited, Fat Boy, Heritage e Dyna Super Glide Custom), assim é o catálogo 2013.

Quem esperava o desembarque da Softail Slim ou a Sportster 72, que foram as novidades anunciadas pela matriz, perdeu seu tempo e talvez alguma oportunidade nas promoções de final de estoque 2012.

O que a fábrica brasileira traz como diferencial para este ano são duas versões da XL 1200 C que fazem parte do programa de customização de fábrica. Elas são modificadas em relação ao modelo já conhecido por uma nova opção de cores, pintura de motor, rodas e guidão.

E para os fãs da XR1200: ela continua presente no catálogo brasileiro mesmo já estando fora do catálogo americano.

O novo catálogo também confirma um realinhamento de preços e quem esperou pelas novidades vai gastar um pouco mais. Por exemplo, a Fat Boy tradicional tem preço inicial de R$ 49.400,00.

No site da HDMC Brasil você pode ver o catálogo e os preços iniciais, que podem ser majorados ou sofrer descontos conforme a política de vendas de cada dealer e carga de impostos estaduais ( http://www.harley-davidson.com/pt_BR/Motorcycles/motorcycles.html ).

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Suricato

O que é isso? É um dispositivo que te permite regular a mistura nas HDs injetadas idealizado pelo Porcão, criador do Fórum Harley (antigo Fórum HD).

Muita gente me pergunta sobre o dispositivo e nunca tive como responder, exceto que a maioria dos relatos é positivo.

O Bayer do Old Dog Cycles acaba de postar sobre a experiência dele com o Suricato e ponteiras Customer, de fabricação nacional.

A experiência positiva reforça a opção pelos produtos nacionais e como sempre costumo comentar, cada um tem uma necessidade e não existe uma receita mágica para tirar prazer da sua Harley.

Vale a leitura: http://olddogcycles.com/2012/11/valorizando-o-produto-nacional-suricato-e-ponteiras-customer.html

terça-feira, 27 de novembro de 2012

HD 110th Anniversary: venda de tickets para o evento de Milwaukee

Liberado no site da HD USA detalhes sobre venda dos tickets para a festa em Milwaukee.

Para HOG members a venda se inícia no dia 10/12 e para os demais interessados a partir de 17/12.

Os ingressos terão preços de 95 doláres para compra na parte continental dos EUA e 102,50 doláres para o resto do mundo. Ambos os ingressos darão acesso ao local do evento durante todos os dias e acesso à festa de 30 anos do HOG, exclusivo para HOG Members (será necessário apresentar carteira válida).

O ingresso mais caro traz algumas lembranças do evento que não estarão disponíveis no ingresso mais barato vendido apenas em território americano.

Para maiores detalhes acesse o link: http://110.harley-davidson.com/en_US/events/milwaukee2013

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

HD 110th anniversary

Para um evento ter sucesso precisa ser organizado com antecedência, pelo menos é o que a HDMC USA parece pensar.

As comemorações dos 110 anos da HD tem uma agenda que começa um ano antes, que começaram com uma grande festa no HD Museum e continuaram na European Bike Week na Aústria no final de agosto e início de setembro deste ano, mesma época da festa em Milwaukee no ano que vem.

A HDMC USA vai divulgar a data nos principais mercados em expansão pelo mundo, com o 110th Anniversary Experience em eventos marcados na Índia, Nova Zelândia, Austrália, África do Sul, China, México e Brasil, além de marcar presença na Europa com uma festa em Roma e a tradicional Bike Week em Daytona e Sturgis, culminando com a festa em Milwaukee.

Aqui no Brasil, a 110th Anniversary Experience acontecerá em São Paulo e já tem data: 01/06/2013.

Calendário completo no link:http://www.harley-davidson.com/en_US/Content/Pages/Events/110-anniversary.html

AGV Blade e seus concorrentes

Comecei a usar o AGV Blade, capacete aberto comercializado no Brasil pelos representantes da AGV.

Capacete tem dois cascos externos: um para tamanhos XS(53,54), S (55/56) e M(57/58) e outro para tamanhos L(59/60), XL(61/62) e XXL(63/64) ao invés de três cascos externos como é a prática na fabricação dos capacetes fechados da marca. Essa característica deixa o casco externo do tamanho M bem menor do que o casco do tamanho L. Além disso você também tem menos espuma no M do que no L uma vez que o M é o último tamanho do casco externo menor e o L o primeiro tamanho do casco maior.

Na prática isso traz um capacete mais justo e que se mexe bem menos sem trazer um "cabeção" para o casco externo, coisa que não acontece nos capacetes fechados onde M e L dividem o mesmo casco externo.

A forma do casco não é old school, mas traz viseira agregada que evita o uso de óculos de proteção ou o bubble shield fixo como nos capacetes old school e como os old schools tem casco ainda menor, o Blade traz uma camada interna mais espessa trazendo um pouco mais de segurança para o piloto. O único old school com a mesma camada interna que conheço é o Bell Custom 500 que não é homologado no Brasil.

A área de visão do Blade é comparável à área de visão de um capacete old school e junto com o baixo peso do capacete são os pontos altos do modelo. O ponto negativo é o formato do casco externo que não cobre toda a cabeça deixando a nuca bem exposta.

Com desconto para pagamento à vista, ficou em R$ 580,00, ligeiramente mais caro que se importasse diretamente (hoje comprando na FC-Moto, com frete e impostos, ficaria em cerca de 200 euros - R$ 540,00).

Antes de decidir pelo Blade consegui experimentar outros modelos e marcas: Bell Mag 9, Bell Custom 500 e LS2 OFF 559.

Os capacetes da Bell não tem homologação no Brasil e não vale a pena importar com a loteria da receita: um Bell Custom 500 com frete e impostos sairia mais caro que o Blade com selo e o Mag 9 mais caro ainda: cerca de 300 doláres para o Custom 500 e 400 dólares para o Mag 9 (preços da Bell Store que cobra 90 doláres de frete para o Brasil).

O Mag 9 estava a venda por um colega de QI que não se adaptou ao modelo por conta dos óculos de grau e tinha bom preço (acabou sendo vendido para outro colega de QI). Não me acostumei ao modelo por conta do casco externo cobrindo toda a cabeça e pressionando todo o maxilar inferior, mas o capacete sem dúvida é o melhor projeto de capacete aberto que vi. Talvez em outro tamanho, mas no tamanho certo estava incomodando bastante.

O Custom 500 é um capacete old school bem reforçado e com casco externo bem maior do que usualmente se vê sendo usado. Confortável, mas a exigência dos óculos de proteção ou do bubble shield para evitar possíveis problemas com a fiscalização policial deixam esse capacete como um opção para um passeio curto onde não se tenha tantas possibilidades de se aporrinhar usando diariamente.

O OFF 559 é um capacete barato (menos de R$300,00) com opções de cores interessantes, mas com um acabamento mais fraco que o Blade. Também tem apenas dois cascos externos e me pareceu com uma camada interna mais fina que o Blade. A Silvana tem um para os passeios curtos que fez nesses dois anos (ir e vir ao RHD e algumas vezes até o Rota) e gosta bastante, mas o tamanho da capacete dela é S, deixando a camada interna mais espessa e confortável.

Com a compra do Blade estou abandonando o SK-1 antigo e mantendo o N-43 como reserva. Na comparação com esses dois capacetes, o Blade é melhor que o SK-1 e perde para o N-43 que ainda é o capacete aberto mais seguro e confortável que já tive. Pena que a vida útil seja mais curta e não seja homologado no Brasil. Ainda não tive a oportunidade de experimentar um tamanho menor desse capacete e talvez ainda volte para ele se o tamanho menor não tiver um início desconfortável.

Estou gostando do capacete, vamos ver como se comporta com o uso contínuo.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Mercado de motos zero

Tenho recebido e-mails do marketing dos dealers oferecendo as últimas unidades de 2012 ao mesmo tempo que leio relatos de fila de espera por modelos e pinturas determinadas e a ansiedade pelo recebimento dos mesmos antes do realianhamento de preços com a chegada da linha 2013.

Com a chegada da fábrica no Brasil deixamos de ter as ofertas da linha anterior para recebimento da nova linha. Já foi assim no ano passado e está sendo assim neste ano.

A rede de revendedores está aumentando (a meta é um grupo de vinte dealers e analisar a situação antes de expandir ainda mais) e o mercado brasileiro parece ser um dos únicos com chances de expansão a curto prazo (hoje responde por 70% das vendas na América Latina) e seguindo este modelo a tendência das novidades aportarem no Brasil cada vez mais cedo aumenta.

Com o H.O.G. Rally e os vários feriados não tenho ido ao café da manhã no dealer carioca para ver como anda o termômetro do salão de vendas, mas parece que não haverá muito jeito de comprar modelo e cor específica, principalmente de modelos best sellers. O consumidor vai ter de decidir entre produto que não corresponde ao que deseja ou esperar o aumento de 2013 que, em um produto que é vendido na base do emocional do consumidor, acaba sendo uma frustração e a relação entre marca e cliente começa com o pé esquerdo.

Cada vez mais a gestão presente no mercado automotivo está se firmando na gestão da HDMC: para aproveitar preço você precisa aceitar o que estiver sendo no salão, senão perde a oportunidade (não dá para chamar essa prática de promoção de fim de ano).

A linha 2013 continua sendo um mistério quase descoberto: não se prevêem mudanças mecânicas, as cores do catálogo 2012 estarão quase todas presentes acrescidas das "cores da moda" com detalhes em flakes e os modelos comemorativos (todos os modelos que estiverem em produção no Brasil e tiverem uma edição comemorativa, estarão no catálogo 2013). O mistério sem resposta ainda é se teremos ou não a Sportster 72 ou a Softail Slim no catálogo, os demais modelos em produção seguem por aqui.

 A linha CVO continuará somente com a Ultra Classic e o TriGlide tem chances praticamente nulas de aparecer por aqui, exceto em regime de importação independente. Sei que tudo depende da  programação da matriz, mas os modelos CVO são importados e talvez fosse uma idéia a ser implementada pela filial brasileira adotar uma lista de encomendas e trazer a linha CVO inteira e o TriGlide para quem tivesse interesse em pagar o preço da exclusividade. Já foi assim com a Ultra CVO, que começou a ser entregue no segundo semestre deste ano e parece não ter conseguido alcançar a meta.

Agora fica por conta do consumidor avaliar se vale a pena comprar e começar customizando mudando a cor ou se vale a pena pagar a diferença para ter uma moto conforme seu desejo e mais nova. 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

DEIC desmonta esquema de roubo de HDs

Notícia amplamente veiculada no dia de hoje, o DEIC (Departamento Estadual de Investigação Criminal) conseguiu rastrear e encontrar 31 HDs que haviam sido furtadas e serviram como base para serem customizadas e revendidas com documentos esquentados (recebi inclusive um comentário no post anterior do Guilherme com o link da matéria em um dos jornais virtuais).

A notícia fala em um customizador e um membro de "escuderia", seja lá o que os jornalistas entendam como "escuderia".

A investigação ainda deve ser aprofundada porque apenas dois suspeitos significa que o DEIC encontrou apenas a ponta do iceberg.

O modo da operação segue um padrão que já se comenta há algum tempo: as motos furtadas em evento são para atender encomendas, onde um olheiro procura a moto e passa o serviço para outros fazerem o carreto. Algumas devem ter sido furtadas pelo próprio olheiro já que era comum não travar a ignição ou a direção, coisa que mudou com os constantes furtos nos estacionamentos forçando a recolha da moto em carreta ou em furgão fechado com mais três ou mais pessoas envolvidas no furto.

Espero que a investigação prossiga e encontre não só a ponta da receptação (oficinas de customização que recebiam pedidos de motos prontas entre outros interessados), mas também os funcionários públicos encarregados de esquentar os novos números de chassi gravados no processo de legalização do cabrito montado.

Outro aspecto que considero importante é mostrar aos colegas que gostam de uma "oferta" o perigo em comprar peças sem procedência. Apenas para evitar a caça às bruxas, vale lembrar que existem muitos colegas que revendem peças que sobram em customizações, assim como existem vários colegas que revendem suas motos depois de customizá-las. Procure saber a procedência, evite as super-ofertas que aparecem em anúncios e, parece que vem sendo a prática atual, os "projetos" de customização feitos sem que a moto tenha sido comprada pelo interessado no "projeto".

Existem maças podres em todo lado, se informe antes de entrar em uma roubada... você pode acabar sendo envolvido em crime de receptação.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

viagem em grupo: grande ou pequeno?

Eu não gosto de viajar sozinho. Muita coisa pode acontecer e estar acompanhado pode fazer diferença na hora do aperto. Não havendo outra solução, vou sozinho como foi o caso no ano passado onde fui encontrar com o Celestino em Penedo para seguirmos para Curitiba.

Já fiz várias viagens no trem do HOG com mais de vinte motos (nosso maior trem foi até Campos do Jordão em 2009 com 106 motos sem qualquer tipo de apoio ou escolta) do mesmo modo que já fiz várias viagens com grupos de até oito motos.

Qual é o melhor? Vai depender do grupo. Neste ano de 2012, a maioria dos passeios do Chapter RJ teve trens com mais de 30 motos e já comentei que o entrosamento foi sendo aumentado conforme os colegas participavam com mais assiduidade dos passeios. No trem gigante de 2009 e no trem de 2008 (95 motos para Tiradentes) havia muitos grupos menores compondo o trem gigante e esse entrosamento foi fundamental para que não tivéssemos problemas.

Na viagem para Florianópolis não tivemos um trem numeroso, mas sim vários pequenos grupos saindo e escolhendo os caminhos mais convenientes. Eu fiz a viagem toda em dupla com o Alexandre Marinho e um trecho entre São Paulo e Curitiba em um grupo de seis motos. Como dizem os companheiros de QI, o "grupo coeso de dois" facilitou muito a viagem até Florianópolis: as negociações de ultrapassagens, a passagem em corredor (e tivemos algumas ocasiões onde não havia escolha exceto trafegar no corredor) e a manutenção do ritmo de viagem foram muito facilitadas por estarmos em dupla.

Quando estivemos trafegando com o grupo maior, há havia uma certa preocupação em manter formação, evitar espaços e cuidar do companheiro que vinha atrás. Lógico que o grupo de seis motos era bem mais visível na estrada que uma dupla de motos e nisso reside a grande vantagem de viajar em grupo: o aumento da segurança pelo aumento da visibilidade do grupo, mas também aumentava a preocupação na hora de negociar as ultrapassagens. Trafegar no corredor não aconteceu, mas com certeza necessitaria de um cuidado maior por conta de uma moto ficar entalada enquanto outras tivessem passado.

Imaginem então as dificuldades dos trens gigantes em fazer essas manobras comuns. Dificilmente um trem com mais de 50 motos consegue trafegar junto sem o auxílio de escolta, havendo necessidade de vários Road Captain para manter esse grupo coeso se não houver escolta.

Minha escolha é sempre pelo grupo menor, mais homogêneo e com entrosamento. Sempre que um grupo cresce muito é recomendável dividi-lo, estabelecendo pontos de encontro e separando os grupos conforme a experiência e o entrosamento. Um iniciante rodando em um grupo mais experiente vai passar por muitos sustos e a tendência é atrasar o grupo. Esquecer a vaidade nessa hora é fundamental para a segurança de todos: se você não acha que consegue acompanhar o ritmo mais forte, procure se incorporar ao grupo onde você seguirá mais confortavelmente.

Estrada não é lugar para auto-afirmação. Rode com segurança em um grupo que mostre ter a mesma experiência que você, será mais fácil ganhar entrosamento e logo você vai ver que esse grupo estará rodando tão bem quanto o grupo mais experiente.

Eu considero um grupo com até oito motos o número ideal para uma viagem longa: o Capitão de Estrada consegue manter o Cerra-fila no alcance dos seus espelhos e as negociações de ultrapassagens são muito mais tranquilas. Viagens mais curtas e em estradas mais sossegadas permitem grupos maiores com a mesma tranquilidade. Quanto maior o grupo fica, maior será a necessidade de serem estabelecidos companheiros responsáveis pela segurança do grupo. Esses colegas servem como marcos para o grupo manter sua coesão e facilitam o entrosamento.

E uma última colocação: não tenha vergonha de confessar alguma dificuldade para que o Capitão de Estrada possa ajustar o ritmo para manter a segurança e muito menos tenha vergonha de chamar a atenção de algum colega que esteja colocando em risco o grupo. Ninguém é dono da verdade e muitas vezes alguns vícios de pilotagem podem ser melhorados se alguém mostra o que está acontecendo.

Viajar com os amigos é bom, mas a ideia é ir e voltar juntos.

sábado, 10 de novembro de 2012

HOG RJ já divulga a festa do fim de ano

Acontecerá no dia 15/12 a festa de fim de ano do HOG RJ. Novamente o dealer cede o espaço para a realização da festa que seguindo o formato do ano passado terá tudo incluído.

Ingressos a R$ 85,00/pessoa comprados através do PAG Seguro e novamente a festa terá caráter beneficiente. O saldo servirá para ajudar instituições assistenciais.

Este ano a festa será animada pela banda Rock & Blues Band.

Maiores detalhes, acesse: https://www.facebook.com/events/292547464179220/

balanço do National H.O.G. Rally Florianópolis

Termino as postagens sobre estes dias fazendo um balanço do evento.

O Wilson Roque já deu um panorama bem fiel do que foi o evento no seu post http://wilsonroque.blogspot.com.br/2012/11/national-hog-rally-2012-o-que-eu-vi-no.html .

Eu participei do evento em dois dias (sexta e sábado) e na sexta tivemos uma falha gritante: as únicas festas que participo com hora para terminar são aniversários de crianças. Divulgar uma festa "anos 60", convocar os participantes para se vestirem à carater e na hora em que muitos estão chegando para a festa serem barrados porque o evento tinha hora para terminar (22h) é minimamente deselegante. Melhor seria ter programado um show com a banda Get Back (muito boa por sinal) e fim de papo.

Outro escorregão da organização foi a foto oficial. Sem nada programado, o momento escolhido (logo após o desfile das bandeiras) foi mau escolhido. Poucos participantes estavam presentes e a foto oficial nem de longe espelha a realidade do que foi o número de presentes ao evento.

As competições dos motor games pouco divulgadas não permitiram que houvesse uma competição entre os Chapters já que muitas das gincanas tinham poucos inscritos e quase sempre do mesmo Chapter, se transformando em uma competição interna premiando não os melhores, mas sim aqueles que souberam das competições.

O próprio Rally não teve a competição esperada porque alguns dos melhores colocados em Rallys anteriores sequer se inscreveram (detalhe triste para o acidente onde uma Electra ficou bastante avariada e felizmente não houve maiores danos pessoais para o piloto e seu filho que servia de navegador no rally).

A competição mais disputada foi o torneio de marcha lenta onde tivemos representantes de vários Chapters e não apenas de um ou dois Chapters como foi no dia anterior.

Fiquei decepcionado com a falta de modelos 2013 e falta de informações sobre a linha 2013. Essa era a hora de mostrar o que teremos no ano que vem: pinturas comemorativas (nem que fosse apenas em fotos), modelos novos (continua a novela da vinda da Sportster 72 e Softail Slim) e a adoção de motorização 103 na família softail são notícias que interessam aos proprietários e que a fábrica não mostra interesse em divulgar ou não, mantendo um mistério que não ajuda a vender o resto da produção 2012 e nem faz decolar a produção 2013.

Da mesma forma, a loja dedicada ao Harley life style não trouxe sequer uma amostra do que se pode encontrar da coleção dedicada aos 110 anos.

Com tudo isso, ainda assim meu balanço do evento é positivo. Tivemos uma festa bem organizada, com serviço impecável. O staff do P12 é muito atencioso. O buffet noturno era fraco em relação ao buffet diurno e isso fez diferença na sexta à noite e foi perfeito no sábado à noite após um dia inteiro de serviço de canapés, pastéis, espetinhos e bebida à vontade (Jack Daniels inclusive).

Os colegas que participaram ficaram satisfeitos e o evento esvaziado pelo protesto de alguns colegas que entenderam por não estar presentes apesar de terem seguido para Florianópolis, deixou o evento muito confortável para os que participaram.

Alguns improvisos, como a mudança de local para o leilão beneficiente, o jantar em pé e a premiação em palco apertado mostram que houve falta de uma melhor avaliação do que poderia acontecer de imprevisto (e aconteceu).

O próximo evento Harley tem local para acontecer: São Paulo para comemorar os 110 anos da HDMC. Ainda não tem data fechada, mas deve acontecer em Junho conforme o calendário de comemorações dos 110 anos da HDMC. Com base na experiência dos últimos eventos (segunda edição do RHD e a primeira edição do HOG Rally) acho que a equipe que irá organizar o evento pode e deve prestar atenção à alguns detalhes: divulgação completa do evento, formato do evento e valor do evento.

A divulgação do RHD foi bem melhor que a divulgação do Rally. Programação completa, com atrações conhecidas (nada contra as bandas do Rally) ajuda a vender o evento. Do mesmo modo, antecedência na divulgação da programação é necessária. Muitos precisam se programar para participar do evento e planejar a viagem.

Outro aspecto é o formato do evento. No RHD e no Rally, o evento com apenas três dias deixa apenas um dia útil para o evento, já que o primeiro é dedicado ao credenciamento e o último à dispersão. Não vale a pena programar um evento e propor um valor elevado para o passaporte se a maioria não vai aproveitar a programação completa do evento. Faz-se necessário retornar ao formato de quatro dias, dando enfase ao segundo e terceiro dia e mostrando que vale a pena participar do evento por completo para que o passaporte para o evento completo seja mais atraente.

Da mesma forma, concentrar o evento em um local, obrigando aos participantes a ficarem confinados sob pena de perder alguma atividade não é o melhor formato. Colegas que estavam conhecendo a cidade, como sempre se fez nos Rallys, acabaram perdendo a oportunidade de participar das atividades dos motor games simplesmente por não estarem no local do day use.

Uma maior liberdade em conjunto com uma divulgação antecipada de atividades (eu não tinha a menor idéia do que seriam os motor games ou as atividades de praia divulgadas na programação) melhora a avaliação do evento. Afinal, quem foi para Floripa com certeza gastou o dinheiro do passaporte na cidade, mas faltou convencer os colegas que valia a pena gastar esse dinheiro exclusivamente com o evento.

Ou se muda o formato ou se começa a vender o evento de forma segmentada como foi feito nos últimos dias de venda do Rally, onde se podia participar de um dia (a escolha e com preços diferenciados), dois dias ou do evento completo. Insistir em vender o evento completo para quem não vai participar do evento completo ou não pretende se confinar a um só local, só afasta os interessados em participar.

E por último, a principal reclamação: o preço do evento. A organização deve se decidir se pretende pagar o evento com a venda de ingressos, com o patrocínio ou se a fábrica vai dar a contra-partida aos proprietários que fazem o grande marketing de vendas dos produtos HD.

Se vai pagar o evento com a venda de ingressos, deve resolver se pretende fazer isso apostando na escala de vendas ou na margem de revenda do ingresso. Começar colocando o preço lá no alto, para vir baixando ou adaptando conforme as vendas não decolam só mostra desrespeito aos colegas que compram com antecedência.

Acredito que esse desrespeito e a indecisão sobre como vender o evento é que provocou a enxurrada de protestos, não participação de muitos que viajaram e as várias cornetadas sem fim sobre queixas de preços altos.

Gostaria de deixar claro que não considerei o preço do passaporte caro pelo evento que participei, mas as promoções para vendas na bilheteria onde se comprava dois passaportes para o sábado e ganhava um terceiro deixaram a impressão que o valor poderia ter sido menor, sem falar que na compra direto na bilheteria sequer se anotava o número HOG para uma verificação se estava ou não em dia com a anuidade ou se era membro do HOG (outro fato que mostra desrespeito aos colegas membros do HOG).

Termino com uma sugestão: estabeleçam uma política transparente para as cortesias a serem distribuídas. Distribuir cortesia para agradar amigos em detrimento de colegas que se dedicam ao HOG não é correto no meu julgamento. Eu mesmo fui surpreendido por estar em uma lista de cortesia concedendo desconto no meu passaporte, o qual agradeço ao Estevão Sanches pela gentileza. Gentileza essa que foi estendida aos Road Captain do Chapter RJ e que não foi aproveitada por todos, já que muitos não puderam estar presentes.

A regra antiga era de cortesia aos diretores e seus acompanhantes. Hoje com um número maior de componentes do staff de estrada dos Chapters, entendo que a cortesia integral deva se limitar aos diretores, o Head Road Captain sem favorecer acompanhantes e conceder cortesia parcial para os Road Captains.

Do mesmo modo, o staff que participa do apoio ao trem (Gerentes, Mecânico e Motorista do carro de apoio) deve ter cortesia integral ou parcial. Imprensa e fornecedores conforme a orientação da fábrica seguem a regra da cortesia, assim como companheiros que tem notória participação na divulgação da fábrica.

Qualquer pessoa fora desse grupo não deve e não pode ser considerada para receber cortesia sob pena de desrespeitar os companheiros que pagam por seu passaporte e não tenham dúvida que aqueles que tiveram esse privilégio sem terem feito por onde, vão comentar e deixar os colegas pagantes ainda mais aborrecidos com os valores pagos.

Valorizar os proprietários de HD e membros do HOG é uma forma de valorizar a marca e é nisso que se apoia um marketing de satisfação onde o cliente satisfeito é veículo de venda dos produtos HD.

Quanto antes isto for entendido, melhores serão os resultados. Já acabou o tempo onde a simples chancela HD vendia qualquer coisa à legião de fãs da marca. Hoje os fãs continuam fiéis à marca, mas não tão fiéis à fábrica.

Vale o bordão: se eu tiver que explicar (mais), você não vai (continuar) entender(ndo).

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

The One - Curitiba

Para fechar os comentários sobre a viagem, não posso deixar de comentar sobre a The One, revenda HD em Curitiba.

Duas quebras na estrada e duas ocasiões onde os serviços de mecânica foram requeridos e coube a The One prestar esses serviços.

Posso dizer que o Celestino ficou muito satisfeito com o tratamento recebido na segunda feira quando levou sua Electra para reparo do braço que aciona a caixa de marcha, elogiando bastante a presteza e a atenção na solução do problema. Tanto foi assim que decidiu deixar a moto para uma revisão e não apenas para o reparo deixando para pegar a moto amanhã, quando voltará a Curitiba para isso. Na terça feira, quando tivemos de recorrer aos serviços da The One por conta do vazamento na moto do Marinho, a moto do Celestino já estava pronta e ele só não pegou por conta de trabalho em São Paulo.

Do mesmo modo, o tratamento recebido para identificar e diagnosticar o vazamento na moto do Marinho foram dignos de nota. Eficientes e rápidos, a moto só seguiu viagem porque o mecânico garantiu que ela chegaria a São Paulo e provavelmente no Rio, coisa que aconteceu. A limpeza e ajuste dos suspiros permitiu que a moto chegasse no Rio sem perder quantidade considerável de óleo como vinha acontecendo.

Fica aqui o reconhecimento e o agradecimento à turma da The One.

pilotagem e equipamento

Ritmo de estrada: coisa que parece não fazer diferença, mas faz. Eu comecei a viagem completamente sem o ritmo da estrada. Qualquer balanço era um susto e o tempo sem rodar na estrada pegando o vento de frente, o vento lateral, a turbulência causada pelos caminhões na estrada e em sentido contrário fazem muita diferença.

Com a passagem dos quilômetros você começa a relaxar e perceber e lembrar que aquilo é normal. Eu só me senti na estrada quando atingi Itatiaia. Até chegar lá foi preciso uma certa dose de paciência do Marinho com o "bração" que ia na frente dele.

De Itatiaia em diante consegui ser menos "bração" e a viagem transcorreu melhor. A posição diferente por conta do banco original/encosto/bolsa no garupa também me levou a encontrar um modo diferente de pilotar a moto, usando mais torque para vencer o vento frontal e anular o vento lateral, assim como acelerar mais forte para fazer as ultrapassagens sobre as carretas. Usando mais torque, a moto acelerava mais rápido e a ultrapassagem era feita com mais segurança. A Fat conseguia sair rapidamente de 110 km/h para 140 km/h em uma ultrapassagem e mantinha a estabilidade muito mais facilmente rodando entre 100 e 120 km/h.

Vale sempre lembrar que na chuva ou com pista úmida/molhada é recomendável mais prudência e manter a velocidade na casa dos 90 km/h economiza muitos sustos.

Eu não consegui fazer, mas fazer alguns passeios curtos de 100/150 km em estradas antes de partir para uma viagem mais longa ajuda bastante a encontrar o ritmo de estrada.

O equipamento de segurança é outro detalhe importante. Ninguém fica rodando normalmente de armadura de estrada. Esses passeios curtos antes de uma viagem longa também ajudam a se ambientar com a roupa de cordura/couro, luvas integrais e capacete fechado.

Lógico que nem todo mundo gosta de andar com tudo isso, fazendo suas viagens com capacete aberto, sem luva e de camiseta ou colete. São escolhas e devem ser respeitadas, assim como deve ser respeitada a escolha em andar equipado.

Eu comecei a usar a calça de cordura Alpinestars P-1. Impermeável e com forro removível, a calça se mostrou confortável e com boa proteção para a chuva e pedras. Em conjunto com o meu casaco de cordura Screaming Eagle (que já merece aposentadoria, tanto que as proteções de ombro e cotovelo se esfarelaram nessa viagem) e botas Caterpillar Steel Toe também impermeáveis, me deixaram seco e confortável fosse na chuva ou no sol. Completei usando um par de luvas Alpinestars SP-X, mas estava levando um par Artic também da Alpinestars.

O capacete é um detalhe que merece comentar: o AGV GP-Tech vale cada centavo investido (no meu caso, dei sorte na alfândega e chegou bem mais em conta do que é comercializado no Brasil). Sucessor do GP-Pro, o GP-Tech é ainda mais leve, mais ventilado e mais silencioso. Com boa área de visão, eu gostei muito de usar esse capacete. Comparando o seu peso, ele consegue ser mais leve que o meu N-43. O problema que pode ser um fator para não escolhê-lo, é para quem usa intercomunicador. Como a queixeira fica muito próxima do rosto, o microfone pode acabar ficando muito encostado na boca, mas nada que uma diminuição da espuma do microfone não resolva. Quando ele tiver de ser substituído, procurarei outro igual ou o seu substituto.

as estradas que a Fat percorreu

A viagem do Rio a Florianópolis tem várias opções. A nossa escolha foi a mais direta.

Eu e o Marinho saímos do Rio na quarta para pernoitar em São Paulo: Dutra até Taubaté e de lá pelo complexo da SP-070 (Carvalho Pinto/Ayrton Senna). Estradas conhecidas, ambas pedagiadas, assim como seus problemas: o grande volume de tráfego até Queimados, os caminhões até Barra Mansa e o vento lateral na passgem por Garulhos na Ayrton Senna. A rigor a melhor parte do percurso é a Dutra entre Resende e Guaratinguetá, Esta etapa foi vencida em seis horas e meia, com paradas em Itatiaia (Graal na Dutra) e em São José dos Campos (Frango Assado na Carvalho Pinto). Nosso pernoite foi no Ibis Morumbi para facilitar a saída no dia seguinte e por conta disso atravessamos toda a extensão das Marginais Tietê e Pinheiros. Uma sugestão para quem entra em São Paulo: evite os horários de rush, entramos em São Paulo às 15h15 e em apenas 30 minutos atravessamos as duas marginais.

Na quinta nos agrupamos com o Celestino e Marcela em uma Electra Glide 2002 (centenária e com mais de 150.000 kms rodados) e partimos para o encontro com Chacon e Solange em uma Electra Glide 2004, Willy com uma Electra Glide 2009 e Rafael com sua Vulcan. Formamos um grupo onde a Fat era a HD menor. O trajeto escolhido foi via Rastro da Serpente: Rodovia Castelo Branco, uma passagem rápida pela Rodovia Raposo Tavares e Rodovias José Ermírio de Moraes/Rodovia Sebastião Camargo Penteado a fim de acessar a BR-476 (Sorocaba/Itapeva/Capão Bonito/Apiaí/Adrianópolis/Tunas/Colombo/Curitiba). Um trajeto com cerca de 500 kms que levou quase doze horas para ser percorrido, parte pelo mau estado da estrada a partir de Capão Bonito até Adrianópolis e parte por conta de um problema ocorrido com a Electra centenária: a haste que transmite os movimentos do pedal/contrapedal de câmbio desgastou as estrias impossibilitando a troca de marchas. Com paciência, arame e Superbonder a Electra conseguiu chegar em Curitiba, onde pernoitou até segunda feira quando foi levada para a oficina da The One.

O Rastro da Serpente é uma bela estrada, mas o lado paulista não vai resistir a mais um período de chuvas. Muito esburacado, com várias curvas sem asfalto e algumas curvas em meia pista de barro, a condição piora a cada ano (fiz essa mesma estrada em junho de 2011) e não vi grande esforço em reparar os problemas existentes e muito menos terminar as obras que foram começadas. Além do mau estado da estrada, as condições climáticas também ajudaram a baixar a velocidade: pegamos chuva/neblina/chuva entre Capão e Apiaí: uma hora para percorrer trinta quilometros. Vai ficar muito arriscado tentar passar de moto se a conservação seguir o modelo atual.

Nosso grupo ficou desfeito em Curitiba: Celestino e Marcela alugaram um carro para seguir até Floripa, Chacon e Solange pretendiam fazer a Serra do Rio do Rastro (e fizeram com direito a pneu furado e tombo quase parados), Willy e Rafael seguiram acompanhando um amigo que viajava de carro e a viagem seguiu em dupla até a volta ao Rio.

Sexta pela manhã seguimos para Florianópolis: BR-376 até Joinville e BR-101 até Florianópolis. O menor trecho da viagem com cerca de 400 kms, saímos tarde (9h00) e pegamos muita chuva na descida da BR-376 no trecho da Serra do Mar, pouco antes de Joinville e um pouco depois antes de acessar a BR-101. 13h15 estávamos em Canasvieiras fazendo o check in e aguardando nossas esposas que vinham de avião. A BR-101 no litoral catarinense é pouco protegida e o vento lateral é uma constante, assim como o excesso de velocidade. Mais de uma vez fomos obrigados a forçar o ritmo para evitar ser empurrados por carros e caminhões em velocidade bem acima do permitido. Santa Catarina padece de fiscalização, tanto de excesso de velocidade quanto de embriaguez. Apesar do trecho ser bem fácil, é bastante tenso ter de ficar vigiando os kamikazes do volante.

A volta foi na segunda pela manhã e seguimos por boa parte do caminho de ida. A subida para Curitiba foi o caminho inverso, dessa vez com muita chuva na BR-101 e sol na BR-376 fazendo com a que subida da Serra do Mar fosse um prazer ao contrário da descida tensa da sexta feira, feita com chuva e com muitos caminhões em volta. Trecho feito em tempo ligeiramente menor, permitindo almoço e check in bem cedo.

Na terça a idéia inicial era pegar a Régis, Rodoanel, Marginais SP-070 para pernoite em Taubaté. Abastecendo as motos em Curitiba, o frentista alertou o Marinho sobre um vazamento forte de óleo em cima da primária. Uma inspeção visual mostrou que o óleo pingava do filtro de ar e com a pressão do óleo caindo, decidimos ir até a The One para verificar o problema, afinal a moto está em garantia.

Bem recebidos na The One e com atendimento muito atencioso por parte do Índio e dos mecânicos, foi identificado a perda de um litro de óleo e o vazamento provavelmente pelas válvulas que estão no suspiro do   coletor do filtro de ar. Fica, não fica para serviço em garantia, a falta de todas as peças e uma garantia que a moto chegaria até São Paulo da parte do mecânico que fez a limpeza e completou o óleo nos fizeram tomar o caminho de São Paulo. A Régis Bittencourt (BR-116) é uma estrada bonita e que ainda não tinha feito. A realidade é que a fama que a precede é um pouco exagerada, ou demos muita sorte.

Com um piso regular para bom, a Serra do Azeite completamente duplicada e a Serra do Cafezal com a subida praticamente toda duplicada (a descida é feita em apenas uma pista), a estrada permite um bom ritmo e chegamos no Rodoanel em cerca de seis horas.

O Rodoanel Mario Covas merece uma consideração: quatro faixas, com duas dedicadas preferencialmente aos caminhões (as duas mais a direita) e duas dedicadas exclusivamente a carros e motos (as duas mais a esquerda). Tudo ótimo, sem pedágio ao contrário das BRs, mas a realidade contraria a teoria: em vários momentos estava entre dois caminhões. Era muito recorrente a presença de caminhões na faixa mais a esquerda que tem tráfego de caminhões proibido. Foram alguns sustos até começar a vigiar quando ia aparecer mais um caminhão onde era proibido. A fiscalização, dever da PM paulista, é fraca e o Rodoanel merece cuidado para trafegar durante a semana.

Do mesmo modo, a proibição de tráfego de motos na pista expressa da Marginal Tietê merece pois as placas indicam seguidamente o caminho pela via expressa e as motos não podem seguir por lá, obrigando a manter atenção redobrada para não errar o caminho (eu errei em uma das pontes e fui obrigado a fazer o retorno na Rodovia dos Bandeirantes, que parece ser normal já que o retorno é logo no ínicio da Rodovia).

Com os atrasos por conta da "visita" a The One, evitamos a SP-070 e seguimos pela Dutra chegando em Taubaté em duas horas para pernoite.

Na quarta, trecho pequeno novamente (cerca de 350 kms) feitos em quatro horas e meia pela Dutra, sem novidades.

No geral, as rodovias pedagiadas estão em boas condições de uso, com fiscalização fraca (quase inexistente) enquanto as rodovias sob a tutela federal ou estadual encontram-se em franca decadência. Considero que São Paulo, nas suas rodovias sob concessão, tem a melhor malha viária do país.

Fat na estrada

Vou começar falando sobre a minha Fat: completou 60000 kms na chegada em São Paulo e 62000 kms no retorno ao Rio. Total de 2560 kms sem problemas.

Trafegando nas velocidades limites para as rodovias que rodei (80, 110 e 120 km/h), com consumo oscilando entre os 19 e 21 km/l (média de 20 km/l), a moto se comportou muito bem.

Refez o Rastro da Serpente em condições de neblina, chuva e não chuva. Encarou os diversos buracos e "não estrada" no trecho entre Apiaí e Adrianópolis do mesmo modo que encarou a Dutra sem chuva e com forte vento lateral, do mesmo modo que encarou o complexo SP-070 (Carvalho Pinto/Ayrton Senna) com bastante vento lateral.

Voltou a encarar chuva e piso muito molhado na descida da Serra do Mar em direção à Joinville (BR-376) e na litorânea até Florianópolis (BR-101), voltando a encarar a mesma chuva na volta e subindo no seco até o Rio de Janeiro enfrentando caminhões, motoristas imprudentes e trechos de asfalto chokito (como na Serra do Cafezal - Régis Bittencourt).

Senti menos os efeitos do vento lateral dessa vez e dou crédito aos Michelin Commander II que substituíram os Metzeler Marathon. Esses novos pneus se adaptaram muito bem à moto e ao meu estilo de pilotagem, bem menos esportivo que o de muitos colegas.

Dessa vez fui com o banco original e um encosto lombar feito pelo Erê para que a Silvana pudesse aproveitar uma eventual garupa em Florianópolis. O encosto lombar me leva mais a frente, mas o banco original me deixa em uma posição mais alta em relação ao solo. No geral, essa combinação de banco original e encosto lombar foi mais confortável para a estrada que o Badlander. Embora force uma posição mais ereta na moto, a bolsa de viagem sentada no banco do garupa e presa no sissy bar ajuda a dar um descanso com a coluna mais reta. O único problema que senti com essa configuração foi encontrar uma posição correta para a bolsa/encosto que não pressionasse as costas logo acima da lombar pois a parte de cima do encosto era empurrada para frente pressionando as costas.

Posição mais elevada e coluna mais reta permitem uma pilotagem mais "ride like a pro" usando as técnicas de controle da moto nas curvas de baixa, mas o piloto apanha um pouco mais na pilotagem em velocidade de cruzeiro mais elevada, para isso serve a bolsa no lugar do garupa ou o windshield. Nas viagens usando o Badlander a resistência do vento incomoda menos porque o banco propicia uma posição que oferece menos o peito para enfrentar o vento.

Agora a Fat ganhou uma variedade de configurações que considero bastante interessantes: a configuração com o Badlander é muito interessante para um uso sem garupa e sem carga, tanto na cidade quanto na estrada. Na cidade a menor altura do banco deixa o calor do cilindro traseiro e do tanque do óleo incomodar mais o piloto.

Já a configuração de banco original com encosto se mostra muito eficiente para uso com garupa e/ou carga. Modifica sensivelmente o modo de pilotar, deixando a moto bem mais interessante de usar tanto na estrada quanto na cidade, principalmente se o piloto tiver uma boa prática no controle da moto em baixas velocidades. Em velocidades mais altas, a resistência do vento vai ser vencida com mais facilidade se o piloto mantiver o motor girando perto da faixa de torque máximo, ou como dizem os mais antigos: HD não pode andar com motor solto, sempre tracionando e sempre usando a marcha reduzida para aproveitar o freio motor.

Viajando em grupo, a moto acompanhou bem as outras Electras (eram quatro Electras, a minha Fat e uma Vulcan) e fez toda a viagem sem problemas ao contrário de duas das quatro Electras que apresentaram defeitos que foram corrigidos na oficina da The One.

A Fat segue em boa forma.

Estrada e H.O.G National Rally Florianopólis

Dei uma passeada (2564 kms) até Florianopólis para o H.O.G. Rally e levei apenas o telefone. Dessa forma algumas das notícias e comentários passaram em branco nesses dez dias.

Já postei sobre o que encontrei de interessante nos blogs que acompanho e vou tentar postar sobre esses dez dias ausente ao longo das próximas postagens.

O resumo dos dez dias: a viagem foi muito boa, o evento nem tanto e a companhia na viagem foi excelente.

Fui e voltei com a Fat enfrentando períodos de chuva, neblina e sol. A viagem, a maior parte em dupla com o Alexandre Marinho e sua Ultra (fomos e voltamos juntos) e uma parte na companhia dos amigos Celestino, Marcelo, Chacon, Solange, Willy e Rafael (fazendo o Rastro da Serpente), foi um belo laboratório para os novos Commander II que coloquei na Fat, para o equipamento de viagem e para colocar à prova o atendimento da The One, dealer em Curitiba.

Retrospectiva a partir do próximo post.

Nova edição do Garage Sale

O Lord of Motors iniciou a divulgação da próxima edição do Garage Sale: 8 de dezembro na Rua Ceará.

Junte as tralhas sem uso que estão em casa e monte sua barraquinha. Com certeza tem alguém precisando.

Evento segue a tradicional animação dos eventos do LOM. Vale a pena dar uma passada, nem que seja para cumprimentar os amigos.

HD também cai

Copiei este link do Old Dog Cycles (www.olddogcycles.com) que o Bayer mantém.

Dá para ver que as HDs caem, principalmente quando são pilotadas com excesso de confiança.

O local (Mulholland Drive em Los Angeles) é tradicional ponto de filmagem por ser um local onde muitos vão para testar suas habilidades. A curva é bastante fechada e os tombos são tradicionais.

Quem tiver interesse, procure no You Tube pelos videos postados por R Nickeymouse. Ele tem vários e posta sempre algum vídeo com acidente nessa curva.


terça-feira, 30 de outubro de 2012

National H.O.G. Rally Florianópolis: hora de pegar a estrada

Para quem vai ao evento ou vai usar o evento como pretexto para pegar a estrada neste feriado, chegou a hora de se preocupar com a parte divertida da viagem: viajar.

Eu parto, com o Alexandre Marinho, amanhã rumo a São Paulo para encontrar com amigos paulista e seguir para pernoite em Curitiba e na sexta terminar a viagem até Florianópolis. Pernas mais curtas e viagem mais tranquila. Um trem maior parte amanhã também, mas não para em São Paulo: vão direto até Curitiba para chegar em Floripa mais cedo. Nesse trem vão Rogério Barros, Cláudio Cerqueira, Bruno Gonçalves entre outros.

Alguns amigos meus, como o Sérgio Carvalho, saíram no sábado passado e já estão na bela ilha de Santa Catarina Já outros como Rodrigo Azevedo e Sérgio Gaspar, saem hoje.

O HOG RJ parte quinta-feira com trem puxado pelo Artur Albuquerque e o Paulo Kastrup. A programação detalhada você encontra nesse link: https://docs.google.com/spreadsheet/ccc?key=0AuozWvbP6_rudDhuenpEdVBXOGZfZWVMaTllWmFQYXc#gid=0

Cada um se programou da melhor maneira para curtir a estrada. Essa é a diversão.

A Dutra já é velha conhecida, e atravessar as marginais em São Paulo é uma das partes estressantes para quem vai pegar a Régis Bittencourt. A própria Régis é outra parte bastante estressante, principalmente na sua parte inicial de descida para Curitiba: a serra do Cafézal.

A serra do Cafezal é feita em pista simples e tem um pouco mais de 20 kms entre caminhões. O HOG RJ vai evitar tanto as marginais na capital paulista quanto a serra do Cafezal desviando pelo litoral optando pela Mogi-Bertioga até Cubatão e subindo para Régis por Registro, seguindo para pernoite em São José dos Pinhais. Perna longa, aproveitando o primeiro dia e descendo para Floripa na sexta feira com mais sossego.

Esse trajeto do HOG RJ é uma idéia para a volta.

Como sigo em dupla até São Paulo e de lá sigo com mais três, o grupo menor favorece alguns trajetos mais longos e travados e a entrada em São Paulo também fica menos complicada por não ter a preocupação em perder algum colega no trânsito local.

Meu planejamento inicial incluí o Rastro da Serpente novamente, mas acredito que a meteorologia vai desaprovar essa alternativa. Para evitar a serra do Cafezal recebi a sugestão de seguir por Tapiraí/Juquiá e acessar a Régis também em Registro, mas por cima e não pelo litoral como é a idéia do Artur.

Outra alternativa é nos agregarmos a um dos trens do HOG paulista que partem via Régis com apoio de batedores e carro de apoio, pelo menos até passar a serra do Cafezal ou seguirmos via Régis em grupo pequeno.

A descida de Curitiba até Florianópolis no dia 2 será bem frequentada, já que a maioria que segue para lá estará na estrada, em horários diversos. Deve ser uma ocasião para boas fotos de longos trens.

Em Floripa, é aproveitar o evento e reencontrar as esposas que estarão no avião a caminho do evento.

Divirtam-se na estrada, é lá que começa qualquer evento. Moto preparada, roupa de chuva, que pode ou não cair ao longo da viagem. no topo da mala

E que a estrada seja madrinha e não madrasta para todos que vão se divertir em Florianópolis.

festa de fim de ano do HOG RJ já tem data

Lançado o evento da festa que encerra as atividades em 2012 da diretoria do Chapter RJ.

Como no ano passado, a festa acontece na própria loja, dia 15/12 a partir das 19h30.

E também como no ano passado, a festa terá caráter beneficiente com verba revertida para realizar uma ou mais ações em entidades assistenciais. Uma tradição que se iniciou no ano passado por um grupo de amigos e que o HOG RJ manteve durante o ano de 2012.

Esse ano a festa conta com a banda Rock Rio Blues, que também esteve no RHD, para animar a festa.

Ainda não foi divulgado o valor do convite.

Maiores detalhes: https://www.facebook.com/events/292547464179220/

domingo, 28 de outubro de 2012

pilotagem em baixa velocidade: nova edição

Dia 10 de novembro o Rider Program Rio oferece mais uma edição do curso de pilotagem em baixa velocidade.

Esse curso, não custa lembrar, visa aprimorar e ensinar técnicas de controle de motocicletas em baixa velocidade e ajuda muito ao piloto menos experiente a ganhar mais confiança e segurança para usar as HDs nas manobras diárias que enfrentamos no trânsito urbano.

Valor de R$ 300,00. Para maiores informações e inscrições, acesse www.riderprogramrio.com.

Vale a pena.


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

National H.O.G Rally Florianópolis: passaporte para um dia

Temos mais uma novidade: liberado o passaporte para participar do evento por apenas um dia. O preço é de R$455,00/pessoa para a tarde/noite de sexta (festa e jantar), mesmo valor para o sábado (almoço, jantar e festa) e R$355,00 para a manhã/tarde de domingo (almoço).

Essa modalidade de passaporte atende a reivindicação daqueles que chegam na sexta tarde e voltam no domingo pela manhã.

Compra pelo site do evento e, do mesmo modo que o passaporte para dois e três dias, pode ser pago por boleto, cartão de débito ou cartão de crédito. O pagamento através de cartão de crédito permite parcelamento.

Com o open bar nas festas, o sistema all inclusive, programação detalhada divulgada e o passaporte para apenas um dia, a organização atende a quase todos os detalhes que vem sendo motivo de debates na web. Sinal que a organização começou pisando na bola, mas tentou resolver boa parte dos problemas causados logo no início da divulgação do evento.

Restou apenas resolver a questão do passaporte que estaria sendo vendido a não membros do HOG em Florianópolis e o valor cobrado pelo evento.

Sobre o "cambalacho" na compra por membro não HOG, nada foi esclarecido e nada foi negado. Apenas o e-mail que partiu do dealer catarinense e as informações que não HOG estariam recebendo um número fictício de membro para efetuar a compra no site. Segue a novela e o mistério.

Já sobre os valores cobrados o que se pode dizer é que o valor é completamente fora do mercado dos praticados no eventos para motociclistas.

Com exceção do Bahia Road Festival 2012, que acontece após o HOG Rally entre 15 e 18/11 em Salvador e tem inscrição valendo R$1500 para single, R$1940 para duplo e R$2840 para triplo onde a atração é a banda Camisa de Vênus na primeira noite, passeio de escuna e luau no segundo dia e passeio de moto e jantar de encerramento no terceiro dia, sendo o último dia livre para dispersão, e o evento tradicional  do PHD em Blumenau também acima dos R$1000/casal, todos os demais eventos que tem ingresso pago como o RHD e TWB tem valores bem menos "salgados". Detalhe que a hospedagem está inclusa nos valores dos eventos BRF e PHD, mas o evento não ocorre em sistema de all inclusive durante todo o evento, apenas nas refeições e festas.

É bom notar que se comparar com Resorts tradicionais como o Club Med e Rio do Rastro (ambos com sistema all inclusive), os valores cobrados no HOG Rally são inferiores.

Portanto se para um evento de motociclistas os valores são altos, para um fim de semana em um resort esses mesmos valores são mais em conta. Não se pode declarar que o evento é um evento caro como estão sendo feitas as críticas.

Entendo que muitos podem ter melhor uso para o dinheiro a ser gasto nesse evento, mas afirmar que é um programa caro para um casal fazer é exagero quando se analisa o cenário atual, principalmente com a possibilidade de parcelamento.

Estaremos no evento: a Silvana como diretora assistente e eu como capitão de estrada assumimos essa responsabilidade ao aceitar dedicar tempo ao HOG RJ nesse ano. E mais do que isso: o esforço que foi feito para tentar consertar os erros apontados durante essas duas semanas merece um voto de confiança no evento. Vários amigos estarão em Florianópolis e a viagem já vai valer a pena pela confraternização. Se o evento sair do papel como está previsto, será uma bela festa.

Encontro vocês lá. Quarta-feira começo a descer para Floripa, esperando que a estrada seja madrinha.


Expectativas

A cada evento que termina temos sempre uma chuva de críticas e alguns elogios. Foi assim com o RHD e o TWB para focar nos dois maiores do segundo semestre.

A maior parte das críticas que leio ficam por conta de expectativas frustradas com o evento. Se espera mais da organização: mais conforto, mais segurança, melhor preço, melhores bandas e segue por aí.

Os elogios vem do reencontro com os amigos, a estrada, a bagunça e as estórias dos eventos.

Vamos encarar os eventos como eles são: comida cara, ingresso pago e coisas a serem vistas, mas principalmente rever os amigos que estão convivendo virtualmente conosco. Eventos perfeitos não existem, organização tem pepinos de última hora para resolver, mas pegar a estrada com alguns amigos para rever outros é uma grande motivação.

Próximo evento no calendário é o HOG Rally, que já foi motivo de muitas críticas antes mesmo de acontecer. Se você tem intenção de ir, mesmo sabendo de todos os "calos" que todos os eventos tem, vá com disposição para se divertir. Garanto que você consegue isso.

Boa estrada, aproveite o convívio. É o que pretendo fazer mais uma vez, e nos vemos em Floripa.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

H.O.G.: seu patrocinador oficial (HDMC) e seus membros (proprietários)

O evento nacional do H.O.G. proporcionou um debate que transcende o evento em si e chega na forma como a HDMC Brasil vem utilizando um de seus principais diferenciais e veículos de marketing.

Não acredito em gestão profissional para um relacionamento entre fãs e a marca e por isso bato na tecla que o compromisso do H.O.G. é com seus membros e não com o lucro que pode advir do relacionamento deles com a marca.

Em post iniciado na divulgação do evento pelo HOG RJ, o meu amigo Newton Valle coloca algumas posições antagônicas a esse pensamento apoiando que o HOG existe como diferencial da marca, mas para uso da marca. Respeito. Nesse post ele fala no diferencial, na estratégia e na bagagem gerencial dos gestores e na importância do evento como forma de unificar e superar diferenças locais.

Eu respondi sobre isso no próprio post dele, mas não gostaria de usar o espaço para divulgar e motivar o evento para discutir sobre o H.O.G. por isso transcrevo o meu comentário aqui:

Para um proprietário de um veículo ou de um computador talvez a experiência adquirida nas vária s áreas de venda de bens de consumo seja válida, mas para o pós-venda HD e o relacionamento com os proprietários de HD que não tem um bem de consumo, mas sim a consumação de um sonho de infância não basta saber vender. Tem de saber vender e manter o sonho e não a máquina.
Enquanto mantiverem apenas o compromisso com o lucro, coisa que os gestores da HDMC Brasil vem fazendo muito bem e devem estar agradando a todos os acionistas que mantém as ações em seus portfólios, não irão conseguir estreitar laços de relacionamento com os clientes e em breve comprar uma HD vai representar tanto quanto comprar uma televisão. A AMF começou assim e levou a marca para um buraco de onde só saiu quando tivemos um harleyro a frente das ações para recuperar o prestígio e as tradições que estão representadas hoje pelo HOG e os diversos grupos e clubes pelo mundo a fora.
A estratégia vencedora de marketing que levantou a HDMC há trinta anos incluía respeito pela marca, respeito pela tradição e respeito pelos seus consumidores, mais do que meros compradores de produto.
O respeito pela marca é muito mais que comprar a boina do Willie G, é defender as virtudes de um projeto atemparão.
Respeito pelas tradições é bem mais que freqüentar os cafés da manhã, é entender porque encontros de motociclistas como Sturgis fortalecem laços de forma espontânea entre colegas de estrada que vêem nas suas motos um bom motivo para se encontrar ao invés empurrar evento sob a mesma alegação e achar que basta um logo para que todos aceitem.
E respeito pelos seus consumidores, seguidores, fãs ou como quiser chamar, passa por viver a experiência de ter e rodar com uma HD. Não basta pegar uma moto emprestada no dealer para um passeio. Tem de correr atrás de rolamento para substituir os rolamentos xing-ling que colocam nas motos, ou insistir pela troca de um regulador de voltagem que não funciona ou arrumar um jeito de soldar o maldito cano de descarga que insiste em quebrar pela troca de quadro. Tem de perguntar aos colegas como fazer isso e estreitar laços exatamente porque está tendo a experiência de cuidar da sua HD e na hora do almoço no passeio de B&V trocar essas experiências.
E isso a gente não consegue na experiência do varejo ou no banco de faculdade e é isso que supera diferenças locais.

Fica o espaço aberto a todos que quiserem se manifestar.

domingo, 21 de outubro de 2012

National H.O.G. Rally Florianópolis: avaliando as repercussões internas

Muito já se disse e debateu sobre o evento HOG deste ano.

Temos a turma da grade, a turma do evento, a turma que vai e não quer saber de encontro, a turma que corneta e por aí vai.

De tudo que foi dito, uma postagem do Roque em seu blog (http://wilsonroque.blogspot.com.br/2012/10/hog-national-rally-2012-florianopolis.html) resume bem o sentimento dos membros mais antigos do HOG: insatisfação com o tratamento que vem sendo dispensado a uma das ferramentas de marketing que reergueu a HDMC: o HOG.

O HOG, apesar de todas as brincadeiras e da ostentação que uma parcela dos membros gosta de mostrar trazendo uma fama pejorativa para todo o grupo mantido pela fábrica, é reconhecido como uma das ações mais bem desenvolvidas em termos de marketing da marca HD, tanto é assim que o seu fundador foi homenageado em Sturgis este ano.

A fábrica reconhece isso e trata o HOG como uma tradição a ser preservada como forma de homenagear os proprietários que permanecem fiéis à marca e alavancam o HD life style como uma forma de demonstrar seu respeito a tradição que envolve a marca.

E mesmo assim, na hora em que todos esperam uma grande festa, a fábrica brasileira apresenta um evento sem maiores detalhes com valor completamente fora do esperado e ainda espera que houvesse uma corrida para adquirir os passaportes.

Isso não aconteceu exatamente pela sensação de pouco caso que a fábrica passou na apresentação do evento. A impressão que o evento foi organizado de forma amadora, apenas para cumprir obrigação assumida junto à matriz, tipicamente para americano ver, marcou negativamente o evento e as vendas não decolaram, surgiu um evento paralelo como forma de protesto e deu força a turma que não gostou do evento em formato de day use.

Com venda abaixo do esperado, foram divulgando detalhes a conta gotas (já postei bem mais do que seria normal sobre esse evento pelo simples motivo que sempre aparece uma novidade) tentando motivar os membros do HOG a comprar o passaporte, chegando mesmo a surgir um cambalacho para possibilitar a compra de passaportes por não membros do HOG. Um evento HOG começava a virar evento Harley, apenas para divulgar marca, life style e alavancar vendas do dealer catarinense.

Com a divulgação das últimas informações procurando atender as reivindicações que foram veiculadas pela web o evento ganhou nova motivação, mas ainda não atingirá o volume de vendas esperado pela organização. A sensação de descaso diminuiu, mas ainda persiste principalmente ao se conhecer os patrocinadores do evento (Petrobrás, Bradesco, Chevrolet e a própria HDMC), olhar o que é oferecido e o preço a ser pago. A maioria dos comentários no sentido que a festa perdeu o foco na confraternização e virou forma de vender o life style a fim de lucrar com isso continua afastando os membros mais antigos e que são formadores de opinião dentro de seus Chapters. Afinal, vender life style para quem já o pratica é bobagem.

Já foi o tempo que se comprava qualquer coisa que tivesse relação com a HD sem fazer qualquer avaliação. Falta aos executivos da HDMC brasileira viver o life style que eles querem vender para entender que harleyro não é executivo e por isso não tem compromisso com o lucro da empresa. Harleyro tem compromisso com harleyro.

O evento está mais interessante, mas ainda falta.. falta respeito com os proprietários de HD. Vamos ver o que vai continuar aparecendo para motivar as vendas que faltam para fechar o lucro esperado pelos executivos da HDMC brasileira.

National H.O.G. Rally: informações mais detalhadas

Mais de dez dias depois do site do evento ser publicado com informações vagas que foram tendo complemento ao longo desses dias, o HOG Brasil enviou ao HOG RJ e-mail contendo material com informações bastante detalhadas sobre o evento.

Houve uma modificação nos temas das festas, com a festa "anos 60" no lugar do Luau e uma festa de Halloween no lugar da festa "anos 60" com direito a fantasias.

Além disso foi divulgado o nome das bandas que tocarão no P12. Eu não conheço nenhuma delas, o que não invalida a qualidade das mesmas. É realmente pagar para ver.

Já o bar foi reforçado: teremos Jack Daniels nas festas, além do que já foi divulgado (Heineken, água, sucos e refrigerantes).

Além disso foi divulgada a grade de atividades, com horários permitindo àqueles que pretendem passear se programar para aproveitar as atividades que tiverem interesse.

Os motor games incluem torneio de marcha lenta, torneio de habilidade (provavelmente no formato ride like a pro), além do Rally. Existirá um pub, com direito a sinuca e carteado.

Completa o evento com o já divulgado: festas, atividades na praia, test drive e loja de motorclothes.

Quem tiver curiosidade: https://docs.google.com/file/d/0B-ozWvbP6_ruUUxGQnB4MmNESG8/edit . É um link para acessar um documento hospedado no google documents com acesso público.

café da manhã na Rio Harley-Davidson

Fins de semana chuvosos, viagens com a família e visita de família fizeram com que eu já não passasse no dealer para o tradicional café da manhã dos sábados.

Ontem estive lá e para variar casa cheia. Muitas motos na frente da loja, muitas motos espalhadas pela calçada e isso vem gerando alguma dificuldade para os clientes que aparecem e acabam não parando pela falta de vagas, além da tradicional aporrinhação da GM por conta das motos na calçada.

Tá na hora de pensar em liberar espaço na oficina para melhorar esse estacionamento ou fazer alguma tratativa com os restaurantes vizinhos para liberar o estacionamento na parte da manhã, enquanto os mesmos não estão funcionando.

Além disso, outra coisa que chamou a minha atenção foi a pouca variedade de modelos em exposição no salão. O setor de motorclothes e gadgets do HD life style está bem abastecido, mas faltam motos. Não vi nenhuma touring: sei que as Ultras estão vindo sob encomenda, mas costumava achar Street Glides e Road Kings e não vi nenhuma, assim como não vejo faz tempo Heritages e Dynas Custom. Será que estamos em fase de empurroterapia dos modelos que estão com pouca procura como foi o caso das XR 1200 e é o caso da Switchback e Blackline?

Praticamente só se encontram esses modelos para pronta entrega e modelos que são tradicionais best seller como as 883 e Fat Boys estão entrando e saindo praticamente assim que são ativadas. Entendo que no caso das tourings, em especial da Ultra Limited, é mais complicado estar em dia com a procura. São os modelos mais caros e que exigem mais investimento e normalmente os interessados nesses modelos não tem a urgência que tem o consumidor que vai comprar a sua primeira HD, são proprietários que estão migrando de modelo por procurarem mais conforto nas suas viagens, não só para eles mas também para as garupas.

E mesmo com ótimos números de vendas, a HDMC insiste em empurrar alguns modelos que acabam não caindo no gosto do consumidor. Não custa administrar melhor o catálogo, oferecendo variedade, mas de acordo com a procura. Sumir com modelos tradicionais como a Heritage para forçar a venda da Switchback é uma tática ruim, pelo menos no meu julgamento. Melhor vender 3 ou 4 Heritages e 1 Switchback do que ficar com 5 Switchback esperando que o cliente mude de idéia porque a Heritage não existe para pronta-entrega.

E nem é o caso da Blackline, modelo que empolga muita gente, mas na hora de sentar e fazer o ass test decepciona por ser uma moto que exige um piloto mais alto. Essa não tem similar, mas nem todos se empolgam a fazer as modificações que a ergonomia exige.

A HDMC precisa melhorar a administração do seu catálogo... o fã do mito merece.

opção para reboque e transporte de HD

O Claudio Monnerat, leitor do blog, está iniciando um serviço de reboque e transporte de HD em furgão fechado com seguro total para o serviço.

Ele está a frente da Mar&Moto Transporte e Resgate Especializado e leva ou busca a sua HD onde for, fazendo inclusive frete interestadual e fica como opção de consulta para quem compra a moto zero e mora fora da cidade do dealer.

Contato pelo Nextel 21 7763-8883 id 113*115427, pelo cel 21 8635-0975 ou via e-mail: maremotorj@terra.com.br .

Espero que ninguém fique na estrada, mas é sempre bom ter um contato de reboque na mão.

Claudio, sorte na empreitada.

HDMC e seus números de setembro

A HDMC Brasil anuncia que sobe no ranking mundial assumindo o quinto posto em vendas no mundo, isso vendendo pouco mais de 5000 unidades até setembro. O mercado americano é líder em vendas, seguido de  Japão, Canadá e Alemanha.

Praticamente 7 em cada 10 unidades vendidas nas Américas do Sul e Central são compradas no Brasil o que deixa o mercado brasileiro cada vez mais interessante aos olhos da matriz americana.

Até agora estamos com 5298 unidades produzidas e 5199 vendidas e se for mantido o ritmo podemos esperar algo em torno das 7000 unidades vendidas em 2012, o que pode representar quase 40% a mais em relação ao primeiro ano de operação da HDMC após a retomada do controle do gerenciamento do varejo na disputa judicial com o antigo dealer nacional.

Os números atuais já representam o maior volume de vendas desde a implantação da planta industrial em Manaus, superando os números de 2008, ano de maior venda do Grupo Izzo e os números de 2011.

Apesar dos problemas com a distribuição de peças ainda não estar resolvido a contento, a administração falha do catálogo de modelos (vários estão com lista de espera) e o relacionamento complicado com os proprietários, incluindo-se até mesmo os companheiros de HOG, a marca vem subindo de maneira constante.

Algo que pode alavancar ainda mais as vendas será a chegada de novidades realmente interessantes no catálogo 2013. Modelos como a Sportster 72 e a Softail Slim vem sendo alvo de vários colegas interessados em trocar de moto, assim como a adoção dos motores TC103 na família softail.

É algo que a matriz americana poderia começar a pensar com carinho já que o mercado ganha relevância dentro do panorama de vendas HD.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

TWB chegando

Acontece neste fim de semana o evento que vem sendo reconhecido como um dos melhores eventos vintage e de customizações do Brasil.

Este ano o evento dura todo o final de semana, acontecendo vários shows e área foi bastante ampliada, acontecendo em São Bernardo, junto à represa.

São Pedro parece que vai participar também e nem a chuva está desanimando o público. Quem se interessar acesse a página do evento: www.twowheelsbrazil.com .

terça-feira, 16 de outubro de 2012

N-43: fim da vida útil

Adotei o Nolan N-43 em outubro de 2010, e completando dois anos de uso regular o capacete já mostra os sinais típicos de um capacete bem gasto: está folgado e o forro já começa a mostrar os encaixes.

É certo que o projeto permitindo várias configurações e um sistema de comunicação desenvolvido especialmente para este modelo deixam seu interior bem mais sujeito à fadiga pelo uso, mas não esperava que a vida útil dele fosse tão curta.

Comparando com outros capacetes de uso regular, o Nolan teve uma durabilidade bem menor. Antes dele usava um Shark SK-1 que foi usado regularmente pelos três anos que os fabricantes dizem ser a vida útil do capacete.

Mantenho o SK-1 até hoje por ter o selo do INMETRO, usando sempre que é preciso ir ao Detran para a vistoria e ocasionalmente para dar uma arejada. Esse capacete já conta com cinco anos de compra e está com a pintura estalada pelo sol, mas o casco continua íntegro e a forração continua firme e na comparação com o N-43 está muito mais ajustado à cabeça.

Em termos de conforto, o N-43 sempre foi melhor que o SK-1 e me agradou bastante durante todo o tempo que venho usando. Pena ter ficado folgado. Ainda pretendo usá-lo até achar outra opção, provavelmente com uma bandana para deixá-lo mais justo, pois o casco ainda tem menos idade que o casco do SK-1.

Opções: manter o N-43 (hoje custando um pouco mais caro, cerca de 190 euros sem os impostos), experimentar o AGV Blade (cerca de 100 euros sem impostos ou R$ 630,00 nas lojas brasileiras), encarar o LS2 OF559 que a Silvana usa eventualmente ( cerca de 80 euros sem impostos ou R$ 250,00 nas lojas brasileiras) ou partir para o Schuberth J1 (300 euros sem impostos, mais caro que o AGV GP Tech fechado que uso em viagens).

Tanto o N-43 quanto o J-1 não foram certificados no INMETRO, atendendo apenas às normas ECC européia e DOT americana. O Blade e o OF559 são certificados e o capacete da LS-2, além de ser o mais barato é também o capacete com preço mais barato que o mercado europeu (se for taxado de forma correta, seu preço será de 128 euros ou R$ 310,00). O Blade também tem preço próximo do preço europeu (do mesmo modo, se for taxado de forma correta o preço sobe para 160 euros ou R$ 400,00).
Pelo custoxbenefício de não se aborrecer com a falta de selo do INMETRO, vale a pena pagar o valor pedido no mercado nacional.

Uma opção old school que atende a norma DOT, o Bell custom 500 custa 150 doláres sem impostos, mas exigirá óculos de proteção, tendo a opção do novo modelo MAG-9, já na linha dos capacetes jet open face com viseira custando quase 200 doláres sem os impostos. Revivendo o coquinho, a Bell tem o Pit Boss (170 doláres sem impostos), half helmet com viseira retrátil escura que confesso ser o meu preferido na linha da Bell, mas de longe o modelo com mais chances de ter problemas com as autoridades.

Vou tentar experimentar os capacetes que andam a venda no nosso mercado antes de decidir por um capacete importado

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

duelo nas tourings: Street Glide x Road King

Venho observando que a moda do início do ano, onde todos queriam uma Street Glide está começando a acabar.

Reparei nisso por conta de um amigo que me ofereceu sua Street Glide na troca pela minha Fat. Ele tinha uma Fat que foi trocada pela Street Glide, além de uma Ultra Classic. Por conta da esposa, a SG acabou ficando em segundo plano e, conforme a experiência dele, a Fat seria mais usável no trânsito do que as tourings. Grande problema continua sendo o mesmo: não tenho interesse na troca da moto.

E uma coisa puxa outra, comecei a prestar atenção nos fóruns de proprietários e já começam aparecer posts sobre a comparação entre os dois modelos.

A RK é um clássico e como tal nunca morre. Modelo muito apreciado para uso de escoltas e com muitos proprietários satisfeitos, principalmente aqueles que rodam sozinhos.

A SG apareceu como sendo "a" touring. Muitos elogios à ciclística, considerada como uma Electra mais usável, apesar da garupa fraca em relação à irmã EG.

O que sugiro antes de pensar em uma ou outra é ter certeza do que você quer. Já se encontram SG usadas no mercado pelo preço da RK e portanto o preço é contornável.

A garupa das duas precisa de melhorias: a falta do tourpack das EG traz a necessidade do sissybar para melhorar o conforto da garupa e leve sempre em mente que o banco da SG tem menos espessura que o banco da RK. Para quem vai rodar sozinho isso não é problema, mas para quem pretende pegar a estrada acompanhado pode ser uma bela fonte de reclamações. Outra coisa a ser pensada é capacidade de carga, menor pela falta do tourpack. Para uma garupa mais frequente e com menos vergonha de reclamar, isso é outra fonte de reclamação. Portanto, se você pretende rodar com uma garupa frequente, cogite uma Ultra.

Agora, para a turma que roda na estrada sem garupa ou com uma garupa eventual e está balançando entre as duas leve em consideração o seguinte: a RK é uma cruiser e a SG é uma bagger. Principal diferença: altura da moto. A SG tem menor altura de assento, assento mais cavado e menor vão livre do solo e com isso teremos diferenças na pilotagem.

Além disso, a RK conta com o windshield destacável e para quem gosta do vento na cara é uma bela vantagem, em compensação usa rodas raiadas que trazem câmara de ar e em caso de furo esvaziam mais rapidamente.

A SG, por conta do "morcegão" traz som de série e isso representa uma bela vantagem para muitos, que faz pensar se realmente vale a pena o vento na cara. Além de rodas de liga leve que eliminam a câmara.

Lógico que a minha análise é pessoal e a emoção sempre vai valer muito mais que razão na hora da escolha. Eu andei muito pouco em ambas, motor 103 é atraente e talvez pela novidade e por ser bem diferente da minha Fat, escolheria a SG para fazer companhia a minha velhinha.