domingo, 23 de junho de 2013

fidelização à moto ou à marca?

Bayer, que mantém o blog Old Dog, abriu um post no Fórum Harley que trazia o link para uma análise feita pela Ride Apart onde o autor mostra uma decepção grande com a rede de autorizadas e a fábrica exatamente pelas mesmas queixas que já estamos cansados de ler.

O pós-venda da HDMC se mostra um problema mundial e isso com certeza irá cobrar seu preço.

Mas antes disso acontecer o mito "Easy Rider - HD" vai ter de desaparecer e por isso a fábrica insiste tanto no life-style, onde a crise de meia-idade se resolve com o uso da chancela bar&shield nas costas durante o fim de semana.

Nada contra os colegas que sempre sonharam em ter sua HD brilhante na garagem, afinal o que distingue homens de crianças é o tamanho dos seus brinquedos. Sem falar que cada um sabe muito bem onde deve gastar seu tempo e dinheiro.

Esses colegas normalmente chegam a uma encruzilhada depois de algum tempo: ou usam a moto como um hobby ou usam a marca como status. Os que decidem usar a moto como hobby acabam se interessando por manter sua moto em uso, aprendem como pilotar melhor, se animam a "aventuras" maiores que sair no fim de semana para um encontro no dealer ou um point de "motociclistas". É a evolução que vi ao longo desses anos dentro do universo da HD.

O efeito colateral dessa evolução é a decepção com o tratamento dispensado pela fábrica a quem fideliza a moto e não a marca. A necessidade de manter a moto rodando vai mostrando as dificuldades em conseguir quem entenda de mecânica (e muitos acabam metendo a mão na graxa), em conseguir peças de reposição e o custo das peças quando comparado com o mercado americano (o que leva a outra frustração quando fica sabendo da política da fábrica em proibir as vendas worldwide).

A minha identificação com a minha moto muitas vezes é confundida com a identificação com a marca. Apesar dos vários bar&shields em casacos e camisetas que uso, não tenho compromisso com a marca e discordo fundamentalmente da política de fidelizar a marca através do life style.

Entendo que o life style é uma parte importante na fidelização à marca, o HOG é a maior prova disso, sem falar nos cafés da manhã tradicionais onde os calouros olham a multidão usando roupa e acessórios da marca, sem falar na enorme quantidade de acessórios presentes nas motos paradas na frente da loja, mas a moto é o que proporciona toda essa movimentação em torno da marca e deixar a moto em segundo plano sem maiores preocupações em melhorar o pós-venda é apostar na obsolescência programada, onde a moto será trocada conforme o vencimento da garantia, como já é política de outras fábricas.

O projeto HD é atemporal, mas fica difícil vencer a ação do tempo sem peças para repor ou modificando detalhes que invalidam todo um sistema elétrico.

Vender HD no Brasil nunca foi problema: o comprador já entra convencido de que vai comprar o que couber no bolso. Manter rodando é o problema.

Quando a fábrica entender que a valorização do cliente que é fiel à sua moto vai fazer com que esse cliente se mantenha fiel à marca, pode até ver um incremento nas vendas do life style porque a grande reação ao descaso é exatamente se afastar da marca, mantendo a moto rodando de forma independente da fábrica.

Se a tendência atual se mantiver, acho cada vez mais difícil que a minha Fat possa ser substituída por outra HD porque se for para pagar os preços de autorizada vou procurar um pós-venda que me atenda melhor.

Para quem quiser ler o artigo da Ride Apart: http://rideapart.com/2013/06/why-this-harley-will-be-my-last/ e quem quiser ler a repercussão do artigo no Fórum Harley : http://www.forumharley.com.br/index.php?topic=2440.0

Blood Biker Magazine 2

Já está no ar a segunda edição da revista Blood Biker.

A leitura da revista virtual pode ser feita no link: http://www.youblisher.com/p/652284-Blood-Biker-Magazine-n-02-Ano-I-Abr-Mai-Jun-2013-Portugues/

E amanhã acontece mais uma Segunda Blood Biker no Mercato Nero (av. das Américas, 14300 - Recreio) a partir das 18h. A banda MIR (Made In Rock) anima a festa.

Harley-Davidson world ride 110th anniversary

Hoje e amanhã quem rodar com sua HD pode participar do world ride. World ride é uma iniciativa da HDMC visando fortalecer a imagem de viagem em grupo ou solo, mas sobretudo viajar.

Quem rodar com sua HD pode contabilizar a quilometragem feita no total acumulado por todos os participantes no site https://worldride.harley-davidson.com/en_US/home .

A HDMC faz um inventário por país e na hora de contabilizar seus quilometros você informa se faz parte ou não do HOG, além de receber um certificado de participação com sua marca, conforme já vi postado no facebook.

O HOG RJ foi a Juiz de Fora - MG, para um almoço e todos os colegas que fizeram o B&V estão convidados a contabilizar sua participação.

Vários outros Chapters também modificaram suas programações para rodar no domingo ao invés do sábado para possibilitar a participação.

sábado, 15 de junho de 2013

Tiradentes Bike Fest

Tiradentes realiza seu evento tradicional em quinze dias. Movimentação grande, pousadas reservadas e gente saindo na quinta e na sexta e alguns loucos no sábado.

Acontece de 27 a 29/6 e marca o início dos eventos no Sudeste.

Vale a pena prestigiar.

Garage Sale

Próximo sábado, 22/06, acontece nova edição do Garage Sale, dessa vez comemorando o quinto aniversário do Lord of Motors.

Vai ser na sede Barra dos Balaios MC, rua Cesar Morani, 771.

Leve a tranqueira para aliviar os armários, tem sempre alguém procurando.

HOG RJ vai a Camboinhas

Hoje não tem passeio programado em função do encontro de amigos do HOG RJ marcado para Camboinhas amanhã.

A iniciativa dos passeios aos domingos é para facilitar quem não pode sair no sábado por conta da rotina diária.

Encontro será no estacionamento do Parque dos Patins na Lagoa ao meio dia. De lá o trem segue direto para Camboinhas na Temakeria Camboinhas - Shopping Camboinhas.

Esse passeio veio bem a calhar com esse sábado chuvoso e previsão de melhora para amanhã;


sexta-feira, 14 de junho de 2013

renovação do seguro da Fat

Acabo de fechar a renovação do seguro da Fat: sétimo ano sem usar e os valores permaneceram praticamente os mesmos.

O valor do prêmio baixou de R$ 826,00 para R$ 808,00 e a franquia permanece a mesma: R$1604, renovação feita novamente na Allianz.

Cotando em outras companhias: Sul América tinha prêmio de R$1046 e franquia de R$3088; Porto Seguro tinha prêmio de R$1714 e franquia de R$1831; Mapfre tinha prêmio de R$1088 e franquia de R$1990.

Mantive as características do seguro (100% da tabela FIPE, R$30.000 para terceiros (DM e DP)) e o perfil só melhora com a idade (mais de 35 anos, casado, com garagem no trabalho e em casa).

paleta de cores HD para 2014

Dan Morel postou no último dia 8 a paleta de cores para o catálogo 2014 da HD.

Novidade é a cor Amber Whiskey, que me lembra bastante os shots de Jack Daniels, ela aparece sózinha ou em duas cores com a Brilliant Silver Pearl (prata) e Vivid Black (o preto tradicional).

O azul ganha tons perolizados no Big Blue Pearl que compõe a pintura duas cores com o Vivid Black (pintura já conhecida nas Tourings) e um tom mais claro no Daytona Blue Pearl.

O preto segue com o tradicional Vivid Black e Midnight Pearl (preto perolizado).

O cinza aparece com o Charcoal Pearl (perolizada) e Charcoal Satin (não perolizada).

A pintura vermelha/marrom segue no catálogo com o Blackned Cayenned Sunglo/Blackened Caynned Sunglo Flame.

Para quem gosta das cores claras, a HDMC traz o Silver Brilliant, Birch White, White Hot Denin, Morocoo Gold Pearl, Sand Cammo Denin e Sand Pearl, que são prata, branco (em dois tons), areia (em dois tons) e uma (Morocco Gold Pearl) que pela foto não consegui chegar a uma conclusão se seria mais um tom de prata ou algo parecido com dourado... vai ficar pela surpresa.

As cores Hard Candy permanecem, mas com outras cores: Chrome Flake, Volcanic Orange Flake e Voodoo Purple Flake.

Para quem quiser dar uma olhada nas cores, acesse: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.662416143774825.1073741828.100000193363213&type=1



quarta-feira, 12 de junho de 2013

selo INMETRO: posição do DENATRAN

Não sei se conhecem, mas o DENATRAN tem em seu site uma seção destinada a educação no transito e dentro desta seção uma subseção intitulada publicações.

Uma destas publicações é destinada a tirar dúvidas de motociclistas e discorre sobre o que é permitido ou não ao motociclista.

Uma das dúvidas é o capacete. Sobre o capacete são apenas quatro perguntas com a resposta do DENATRAN, mas a resposta sobre capacete antigo e importado (item 10), tem dados interessantes: o DENATRAN informa que o selo é exigido para capacetes após agosto de 2007, devendo os mesmos estarem com os reflexivos. O que me chama a atenção é o final da resposta: "capacetes importados podem ser usados, desde que homologados pelo INMETRO ou do órgão internacional por ele reconhecido".

Essa resposta da cartilha do DENATRAN valida a interpretação de que o capacete importado pode ser usado se estiver na lista de modelos homologados pelo INMETRO, acrescentando também os capacetes que atendam as normas internacionais, que seriam a norma americana DOT e a européia EEC.

Isso estende bastante a lista de capacetes que podem ser usados no Brasil.

Mas como tudo na terra brasilis, se a "otoridade" quiser procurar pelo em ovo e quiser aporrinhar, não vai ser a cartilha do DENATRAN que vai evitar. De toda forma, a argumentação para recurso posterior ganha força com essa visão do DENATRAN.

Para quem quiser consultar a cartilha: http://www.denatran.gov.br/publicacoes/download/DENATRAN_RESPONDE.pdf

cara nova

Como o "cliente" tem sempre razão, estou experimentando uma nova imagem para o blog.

Gosto do fundo preto, mas recebi comentários sobre a dificuldade em ler nesse fundo.

Mantendo o fundo, mas acinzentando o fundo do texto. Espero feed back.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

a volta do N-43

Manhãs e noites mais frias não tem me animado muito a usar o AGV Blade.

Como o casco do capacete é pequeno e a viseira acompanha a linha inferior, o pescoço acaba exposto. É o ponto fraco desse modelo.

No verão isso é ótimo, mas agora está cobrando o preço. Preciso usar um lenço no rosto para cobrir o pescoço e isso acaba me incomodando quando a moto para no transito.

Tentei usar o AGV GP Tech, mas a viseira do capacete fechado sempre limita bastante a visão lateral, mas isso não é demérito para o modelo. Apenas não é o mais indicado (para meu uso) na cidade.

Solução foi trazer o Nolan N-43 de volta à ativa. Usando uma bandana para evitar que o capacete fique balançando, o N-43 se mostra um coringa bom para os dias mais frios, pois a viseira grande cobre o queixo e uma parte do pescoço, as ventilações abertas não deixam a bandana incomodar e não perco a visão lateral para andar no transito e no corredor.

Com a versatilidade de usar o N-43 totalmente aberto com óculos googles, com queixeira e óculos googles, aberto com viseira e queixeira com viseira, esse projeto é meu preferido entre todos os capacetes que já usei. Além de ser bem confortável e já prever a instalação do intercom para quem gosta do brinquedo.

Pena que esse capacete tenha ficado largo tão rápido, mas não descarto uma nova tentativa com um tamanho menor.

terça-feira, 4 de junho de 2013

HD 110th Experience São Paulo: balanço do evento

Apesar de me oferecerem uma moto para desfilar, não participei do desfile por achar que não valia a pena ter o trabalho de pegar e devolver a moto simplesmente para rodar alguns kms de moto em São Paulo e ficar esperando hora e meia por isso.

Mesmo assim, a gente acaba perguntando como foi e as opiniões não foram as melhores. Unanimidade foi apenas a sensação de grandiosidade que o volume de HDs proporcionou: o G1 falou em 2000 motos e o Infomotos falou em 4000 motos, fazendo uma média: 3000 motos. O dobro do último desfile das bandeiras realizado na segunda edição do RHD.

A concentração para o desfile foi o ponto alto do desfile. Ver o "mar de HDs" deu a impressão de que todas as HDs vendidas no Brasil estavam no Anhembi, nas palavras do Celestino, além do show dos Credenciados. O desfile em si acabou sendo um anti-climax por conta do percurso pequeno, mas entendo que uma cidade como São Paulo não pode ter seu transito virado de cabeça para baixo por conta do marketing de uma fábrica.

O desfile deve ter servido para fazer o filme de divulgação, mas achei interessante que o desfile não tenha sequer chegado à ponte que serve como cenário do logo do evento.

Tiro no pé foi o destaque dado ao envolvido na investigação sobre furto de HDs realizada pelo DEIC. O dono da loja de couros compareceu ao evento, e como carregava em sua moto uma bandeira americana, foi posicionado à frente, logo após as bandeiras do Chapters e do pelotão de LOH. Deu entrevista e posou como "modelo de harleyro" por estar devidamente fantasiado e ter uma moto que a gente pode chamar de exótica porque vi muito poucas com chifres. Entendo que não se pode impedir acesso, desde que tenha ingresso, mas destacar a presença é demais. Só falta aparecer na revista do HOG novamente.

A entrada no local do evento merece um comentário: para quem vinha de HD, entrava no sambódromo para estacionar a moto sem que houvesse verificação ou recebimento de ticket. Não sei como era controlada a saída, mas sem grande controle de entrada não pode haver controle de saída.

Quem vinha a pé, entrava caminhando pelo sambódromo, vendo as motos e passeando pelo local onde estavam estacionadas. O controle de ingresso era feito somente na entrada do local do evento, já dentro do sambódromo, permitindo que qualquer curioso andasse pelo estacionamento das motos.

Quando voltei para buscar o carro vi algumas travas de bicicletas, normalmente usadas para prender o capacete na moto, cortadas com alicate me fazendo supor que tivemos alguns furtos de capacetes no evento

Na entrada havia duas roletas para o HOG e uma para o público em geral, e os integrantes do HOG recebiam pulseira que garantia ingresso no evento a qualquer momento, ingresso na área HOG e um pin do evento. A camiseta não foi oferecida, devendo ser comprada por quem tivesse interesse.

O local do evento me pareceu apertado, coisa confirmada com a chegada dos participantes. Houve uma divisão do espaço privilegiando ao HOG, que ficou perto do palco e tinha um pouco mais de conforto com uma área coberta onde os patrocinadores do evento (Bradesco e Petrobrás) colocaram alguns extras como café, área para relax (massagem) e salão de beleza para as Ladies of Harley. Além disso, havia um bar que servia Jack Daniels e mesa e cadeiras. Levaram em consideração as críticas feitas pelos Chapters para uma valorização do HOG nos eventos HDMC, em síntese levaram a estrutura do HOG Rally para a área HOG no evento HDMC.

Ficam as críticas de quem pagou mais caro (o ingresso HOG custou a metade do preço do ingresso comum) e acabou em lugar pior e com pior estrutura.

Havia uma loja vendendo camiseta do evento com preço diferenciado para o HOG, exposição de fotos em painéis contando a estória da empresa, o famoso jump start, onde você acelera parado com um ventilador na sua cara e exposição do catálogo 2013.

Bem, eu cheguei ao local do evento com o primeiro show já acontecendo: a banda Fabulous Bandit. Acredito que assisti a metade do show e fiquei com pena de não ter assistido o show inteiro. Gostei da banda e do repertório.

Houve uma exibição com as XR1200, modelo que sai do catálogo no ano que vem, de manobras radicais. Coisa que não acontece no uso comum.

Show seguinte foi o Mr. Kurk. Para quem conheceu o Rock Stock, vai lembrar fácil do Kurk, vocal da banda. A banda se desfez, o Kurk trouxe novos integrantes e manteve a qualidade: show que agrada sempre.

A banda Balance Van Halen cover fez o show seguinte que também foi bem legal.

Na sequencia tivemos Bill Davidson falando, homenagem ao Cap. Senra, tido como o harleyro mais antigo do Brasil e o show principal da noite: Capital Inicial. Não foi ruim como pichavam, mas o Dinho andou se perdendo nas letras... coisas da vida.

Balanço da festa: melhor do que esperava. Ouvi bom rock, um espaço confortável que permitiu conversar com muitos amigos de outros estados e um ingresso com bom preço. Gastaria mais indo ao cinema com a Silvana e o Nuno.

Vale ainda ressaltar o excelente marketing feito pela ABA HD que manteve seu nome em evidência criando programações para todo o feriadão, desde sugestão de show para a quinta a noite, quando já começavam a chegar os primeiros participantes do evento, sugestões de restaurantes com convênio firmado com o dealer, passeio na sexta feira até Campinas e oferta de serviço de leva e traz para quem estivesse nos hotéis sugeridos pela organização até a loja na Barra Funda. Não tenho notícia sobre o café da manhã na Auto Star, mas pelo que vi no sábado pela manhã na ABA HD, valeu o empenho.

Agora as atenções se voltam para a festa em Roma (com benção do Papa...), Sturgis fazendo Rally especial em homenagem à HDMC e Milwaukee. E segue o baile.

"motocicleta é perigoso, Vidal"

Enquanto o trem do HOG RJ seguiu sem problemas, tanto na quinta quanto na sexta, para São Paulo e voltou sem problemas no domingo, os vários colegas que preferiram viajar fora do trem acabaram se solidarizando com os envolvidos no acidente de domingo a tarde, quando quatro HDs colidiram com dois automóveis que engavetaram por conta de chuva e pista molhada.

Não tenho como fazer juízo sobre o acidente porque não tenho informações detalhadas, apenas que houve o acidente e os colegas que vinham na estrada foram parando para prestar socorro e acompanhar as acidentadas no hospital. Graças a boa estrela de todos, tudo acabou em prejuízo material.

Escrevi em um tópico no Fórum Harley sobre um acidente com um novato, onde se creditava o acidente à pouca experiência. O acidente de ontem não envolveu calouros, mas todos com experiência na estrada e em suas motos. Acidentes acontecem, vou transcrever a minha resposta porque acho que se encaixa perfeitamente.

"Motocicleta é km rodado, não se discute. Problema são os "efeitos colaterais" de ter muitos kms rodados com a mesma motocicleta porque a tendência ao excesso de confiança aumenta bastante, principalmente porque o piloto acha que não acontece mais nada por ele pois ele "sabe o que a moto é capaz".

Todo mundo cai: tombo bobo, acidente grave ou simplesmente não agüentar o peso porque pisou em um folha solta no chão. E quando não é isso, foi porque algum infeliz achou que o carro passava no espaço deixado pela moto e vai dividir faixa entre a moto e outro carro, distraiu com o rádio, celular, filho no banco traseiro e assim por diante. São vários relatos assim. E nem comento as imprudências do dia a dia que nós mesmos fazemos porque entramos em "psycho mode" depois de se aborrecer em casa ou no trabalho.


Moto vem sendo minha companheira há mais de trinta anos e nem por isso esqueço como é perigoso (e fica cada dia mais perigoso) usá-la. Não vou desistir de pilotar, mas não dá para esquecer disso.


Treinar manobras de emergência até virar reflexo condicionado, procurar oportunidades para manter e avaliar sua pilotagem nas várias condições (até um passeio coxa do HOG serve para você se avaliar na estrada ou pegar chuva voltando para casa). 


A simples troca de capacete já traz mudanças radicais na pilotagem: para quem anda com um capacete aberto, com grande visão periférica e muito vento na cara (barulho e pedriscos) e coloca um capacete fechado limitando a visão periférica e bem mais silencioso vai perceber que andará mais rápido (perde a noção de velocidade pelo aumento do vento) e toma mais susto coma chegada de veículos ao lado (não percebe tanto o que acontece em volta porque não consegue ver como via no capacete aberto).


Motocicleta é detalhe e quanto mais se anda, mais se percebem os detalhes à sua volta e quanto mais você treina os limites, mais percebe até onde tua moto te ajuda e quando ela vai passar a te atrapalhar.


A idéia é chegar aos 90 de idade em cima de uma moto (provavelmente será um Trike ou terá marcha a ré porque o corpo mão vai agüentar o esforço), mas para isso tem de usar o que já aprendi e prestar atenção a alguma coisa que ainda preciso aprender.


Calouros caem porque não tem quem mostre onde pode a acontecer um imprevisto ou onde eles falham. Veteranos caem porque não tem humildade para receber uma crítica.


Mas todo mundo cai."


Ride safe!

fim de semana paulistano

Sexta-feira serviu para muita gente enforcar e aproveitar um feriadão, mas não deu para mim: trabalhei em ritmo acelerado, mas precisei trabalhar.

Partimos às 13h de carro, com a idéia de aproveitar a noite de sexta para encontrar amigos paulistas.

Dutra tranquila, chuva até Barra Mansa, e transito leve na entrada de São Paulo.

Apesar do pretexto de comparecer ao evento HD, a ideia foi aproveitar a cidade sem se preocupar em visitar os locais voltados para motociclistas/motoqueiros. Já iniciamos escolhendo hotel melhor localizado que o hotel sugerido localizado na Barra Funda: ficamos no Itaim Bibi e fomos ao Veríssimo Bar, localizado no Brooklin Novo (R. Flórida 1434) recomendado pelo Willy, onde encontramos os paulistas agregados dos candangos de Brasília que vieram para São Paulo com o mesmo pretexto do evento da HD.

Noite agradável, local agradável e conversa muito divertida. Vale a pena conhecer o local.

Sábado dedicado ao evento HD, mas como decidimos deixar as motos no Rio, o desfile previsto para a abertura do evento não interessava. A ideia foi café sem pressa, fazer alguma coisa e almoçar em um bom restaurante.

O "fazer alguma coisa" da manhã acabou sendo uma visita à ABA HD na Barra Funda. Chegamos com o trem se preparando para partir e devo confessar que os trens do HOG são sempre impressionantes pelo número de motocicletas: entre a primeira moto partir e a última sair foram quase dez minutos de saída do trem em formação.

A loja é bem interessante, mas merece outra visita sem que tenha passado pelo "nuvem de gafanhotos" de harleyros buscando comprar life style.

Almoço no Bar des Arts na Vila Olímpia. Restaurante muito bom e merece uma visita, coisa que faço sempre que posso.

Do almoço para o Anhembi para participar do evento, reencontrar amigos e ver o que a HDMC havia preparado. Sobre isso farei um post exclusivo.

Volta no domingo, com café tardio e como desgraça pouca é bobagem, tive um crise de gota que me impediu de pisar com o pé direito, mancando cada vez mais. O carro acabou sendo a melhor opção para esse fim de semana porque se tivesse vindo de moto ela teria ficado em São Paulo por falta de condição física.

A volta foi lenta: chuva desde São José dos Campos, um acidente envolvendo 4 HDs em Volta Redonda (piloto e garupa de uma das motos foram levados ao hospital, mas liberadas em seguida) causou um atraso de quase duas horas para liberar a pista e desfazer o transito.

Pelo que acabei sabendo, houve um engavetamento de dois carros e as motos acabaram se envolvendo por não terem conseguido parar. Muita chuva e pista escorregadia ajudaram a agravar o acidente.

E só consegui voltar a andar de moto hoje, depois que a crise abrandou.

Apesar de tudo, foi um ótimo fim de semana. São Paulo é muito bom no fim de semana.

feriado na BR-040

Quinta-feira passada, feriado de Corpus Christ, tive tempo de rodar um pouco com a Fat na estrada. Com o problema que tive na mão esquerda quis aproveitar para ver como estava a recuperação e fui para a tradicional empada em Nogueira.

Junto com Roberto e Melodia decidimos em cima da hora por conta do (mau) tempo e subimos a serra.

A subida da serra de Petrópolis está com o piso em mau estado e, apesar de ter sido estabelecido horário para o tráfego de veículos pesados, a serra estava com bastante transito devido aos caminhões. Fomos no corredor entre os carros desde o primeiro viaduto (km 93) até a Casa do Alemão (km 84).

Passando Duques, pegamos a estrada mais livre e é sempre muito prazeirosa a descida para Itaipava.

Empada e retorno, com direito a almoço no Rota 66.

Saldo do passeio: ainda vou ter muito trabalho para recuperar totalmente a mão esquerda, maltrada pela lambança da auxiliar de enfermagem.