sexta-feira, 29 de abril de 2016

Fat Boy e Street Glide CVO: andando em sequencia e percebendo a evolução

Não é novidade que moto parada é convite para defeito, por isso no sábado passado sai com as duas motos que já estavam paradas há dez dias.

Embora ainda não tenha liberação médica (o médico apelou para o bom senso e evitar extravagâncias), aproveitei o dia de menor trânsito e rodei 50 kms com cada uma.

Comecei pela CVO: ligou sem problemas. A moto é realmente uma delícia para se rodar sem trânsito. Rodei sem qualquer tipo de problema. Retornei à garagem.

Sai em seguida com a Fat: ligou também sem problemas (ainda bem, pois a bateria é nova). Estranhei bastante rodar com a Fat nos primeiros quilomêtros, avalio em pelo menos dez minutos tensos por reações muito diferentes das reações da CVO. Após esse início tenso, fui me acostumando novamente e terminei o trajeto mais confortável.

Foi a primeira vez que fiz essa troca em sequencia, sem dar tempo aos reflexos de fazerem a aclimatação, esquecendo uma moto para lembrar da outra, e deu para perceber como as duas motos são diferentes em tudo: frenagem, aceleração, ciclística e pilotagem. 

Enquanto a CVO é uma moto fácil de conduzir (depois que se acostuma com o morcego), a Fat é uma moto que exige mais força para entra na curva: aros e ângulo de cáster fazem uma enorme diferença nesse quesito.

Mesmo que o motor da CVO não fosse tão evoluído em relação ao antigo TC88 da Fat, ainda assim a melhor ciclística da família Touring garante a pilotagem mais segura e mais divertida.

E não dá para comparar a frenagem das duas motos: a Fat te faz iniciar a frenagem com mais tempo, negociando as reduzidas em conjunto com o freio traseiro para que o freio dianteiro só se responsabilize pela parada final. Coisa que na CVO você nem precisa se preocupar: o ABS Reflex para a moto no local que você pretende sem grandes negociações: basta apertar o manete que a parada acontece.

Por outro lado recomendo a quem tiver realmente interesse em saber como frear com segurança que faça um estágio em uma moto grande sem ABS: é importante adquirir essa técnica de negociação. Eu mantenho o mesmo estilo da Fat na CVO e faz diferença na suavidade da frenagem.

Eu realmente não devia ter feito isso: perceber a evolução entre as duas motos fez com que o processo de desapego comece.


HOG Rally 2016: ecos do evento

Como já havia comentado, não fui ao evento e fiquei acompanhando postagens e relatos.

Por incrível que pareça, a minha não presença foi imitada pela maioria dos integrantes na minha rede social.

Não que isso seja desabonador para o evento, apenas mostra que os eventos HD tem tido cada vez menos procura pelos proprietários com mais tempo de marca.

Os eventos HD sempre se pautaram pelo life style, muito bem organizados e atraindo os fãs da marca. Acredito que este tenha sido no mesmo estilo, do mesmo modo que acredito que os novatos que prestigiaram o evento devam estar plenamente satisfeitos em ter escolhido o "universo HD" que foi vendido na hora da compra da moto.

A renovação segue em curso, apesar da perpetuação entre os integrantes dos staffs nos diversos Chapters, e acredito que a estratégia do marketing não vai mudar tão cedo.

Vale apenas notar que o afastamento dos veteranos atrapalha a troca de experiências com os calouros e vai tirando um dos grandes atrativos, na minha opinião, de se iniciar no mundo HD através do HOG: o efeito "escola", onde os calouros se aperfeiçoavam com o convívio com os veteranos.

Para quem tiver curiosidade, os Chapters vem publicando, em suas páginas do Facebook, álbuns com fotos do evento. Quem sabe você encontra algum amigo nas fotos: eu achei poucas caras conhecidas. 

quarta-feira, 20 de abril de 2016

novidades dentro e fora do Brasil

A Indian apresentou no último dia 19/4 seus modelos mais sofisticados e mais caros: Roadmaster e Chieftain.

As concessionárias já estão recebendo pedidos dos interessados.

Com preço de R$100K para Chieftain, que será vendida apenas em preto ou vermelho, e R$115k para a Rodmaster, vendida apenas em preto, as duas motos devem chegar no salão das concessionárias vendidas pelos próximos dois meses.

Eu ainda não tive a oportunidade de fazer um ride test, embora o amigo Lobo venha insistindo para isso, e agora vou ver se consigo fazer um test ride completo, experimentando a Chief, Chieftain e Roadmaster. Sonhar não custa.

A primeira publicação que trouxe a notícia foi o Terra. Para ler a matéria clique aqui.

E nos EUA, a HDMC mostrou sua nova Spotster 1200: a Sportster Roadster. Pelas fotos causa boa impressão, principalmente para os fãs da 883R que saiu do catálogo.

Com pintura sólida e grafismo que remete à Sportster 48, usando suspensão dianteira invertida e aro 18", banco que lembra muito a XR 1200, suspensão traseira "premium" como as das novas Iron (não consegui averiguar o curso dos amortecedores) e paralama cortado seguindo a "modinha" da Breakout, a moto tem boas chances de continuar no catálogo assim que a novidade tiver acabado.

Dan Morel escreveu sobre a moto, leia aqui.

Mesmo achando a moto interessante, continuo preferindo a Sportster 48 dentro da família Sportster.

pausa forçada

Para quem acompanha e já mandou mensagens reclamando do marasmo no blog, espero que tenham paciência.

Passei por dois episódios de forte crise de labirinto (pelo menos é o que indicam os primeiros diagnósticos), um deles chegando a ter problemas com a visão que girou como se estivesse em um video game fazendo manobra radical com um avião.

Por isso, estou evitando extravagâncias e me sujeitando à carona e taxi. Nem carro estou dirigindo.

Com isso as "crianças" estão "abandonadas" na garagem pegando poeira.

Espero voltar a ativa, pelo menos no circuito urbano, novamente até o final do mês.

Vou ficar devendo os comentários sobre o "tapete vermelho" da entrada para o "baile imperial" do HOG Rally e o convescote do final do desfile porque não vai dar para ir ver o movimento.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

HOG Rally 2016 Petropólis: programação

Saiu a programação para o evento HOG deste ano e pode ser acessada no hot site do evento: https://nationalhogrally.com.br/ .

Este evento não contará com um HOG Point e as atrações estão espalhadas pelo município. A recepção e entrega do kit do evento ocorre na quinta 21/4 no Palácio de Cristal e o Welcome Drink será na Cervejaria Bohemia onde as motos poderão ser estacionadas. Detalhe que as motos não poderão pernoitar, devendo ser retiradas até as 22h. Não existe programação noturna para este dia e a organização sugere que se aproveite a cidade.

Na sexta 22/4 acontece o Rally de regularidade com largada na Cervejaria Bohemia e chegada (acredito eu) no Clube Petropolitano, onde ocorre churrasco de confraternização. Estacionamento liberado até 02h de sábado.

Não existe programação vespertina e a organização volta a sugerir passeios pela cidade. Existem sugestões de locais a serem visitados que uma vez cumpridos (serão exigidos carimbos no passaporte para comprovar a visitação), a organização promete brinde.

A noite será realizada festa temática, cujo tema é "Baile na Corte" e os participantes são incentivados a comparecerem caracterizados como membros da corte do Império. Programação será encerrada às 02h e o estacionamento será fechado no horário de encerramento. Não será permitido o pernoite e não haverá jantar, apenas coquetel.

Sábado 23/4 a programação inicia com desfile (concentração na Catedral São Pedro) até o Castelo de Itaipava onde acontece almoço e o Motor Games durante a tarde (horário de encerramento 18h). Durante o almoço acontece show com banda não divulgada. Nesse dia haverá possibilidade de pernoite, mas as motos devem ser retiradas até 7h de domingo sob pena de guincho.

Domingo será dedicado à dispersão.

O HOG RJ preparou um grupo de RCs para acompanhar os demais Chapters na chegada através da Rod. Pres. Dutra e pretende trazer os trens dos Chapters, interessados no auxílio, pelo arco Metropolitano saindo da Dutra em Japeri para acessar a BR-040 na altura do primeiro pedágio, junto da interseção com a BR-116 (Rio-Teresópolis).

Para quem não conhece, essa é a alternativa mais curta para acessar a BR-040 vindo da Dutra sem passar pela Baixada e Linha Vermelha, poupando tempo na passagem do trem pelo trânsito pesado da entrada do Rio de Janeiro. Apesar de estar em boas condições é preciso cuidado com os vários pardais e evitar passar sozinho, uma vez que a cobertura de sinal dos celulares é precária e a rodovia está passando por local pouco habitado. Outro cuidado é estar de tanque cheio: entre o posto da Casa do Mamão em Piraí e Petropólis não existe ponto de abastecimento (cerca de 100 kms, sendo os últimos 20 kms fazendo a subida da serra em trecho sinuoso).

Para os membros participantes do evento, o HOG RJ parte com seu trem da loja dia 21/4 às 9h30 e para quem deseja apenas participar do desfile (não será vendido ingresso avulso para participar do almoço no Castelo de Itaipava), o HOG RJ sai com um grupo no sábado 23/4 às 8h00.

Para quem vem a passeio aproveitando para viajar com o grupo de seu Chapter e não vai participar do evento sugiro que explorem a região de Itaipava e Araras: comer uma empada na praça em Nogueira é um destino certo para quem mora no Rio de Janeiro; almoçar no Trutas do Rocio ou no Club do Filet em Itaipava é outra boa sugestão, assim como conhecer a cervejaria Imperial em itaipava (além de visitar a Cervejaria Bohemia em Petropólis); e para quem tiver um pouco de disposição para rodar, pegar a estrada União Indústria e seguir até Teresópolis é outra sugestão.

Boas estradas e bom evento.




sexta-feira, 8 de abril de 2016

ABRACICLO: primeiro trimestre 2016

Este vai ser um ano para ser esquecido pela indústria em geral. Para a HDMC parece estar indo dentro das estratégias anunciadas ano passado.

Foram produzidas 1101 unidades, projetando 4404 unidades a serem produzidas em 2016, dentro da meta de 4000 motos a serem produzidas.

Já as vendas seguem abaixo do esperado: 888 unidades vendidas aos dealers projetando apenas 3552 unidades para 2016 e os dealers já vem apresentando queixas à fábrica devido ao aumento que foi praticado.

A consequência dessa reclamação foi a promoção que se iniciou na semana passada concedendo bônus (leia-se descontos) de até R$10.000,00 para determinados modelos.

Na prática, a HDMC iniciou uma redução na tabela em cerca de 10%, mesmo assim os preços ainda se mostram sem grande aceitação entre os consumidores, principalmente aqueles que estão na busca da sua "marca premium" uma vez que Triumph, Ducati também andaram fazendo promoções.

A única fora dessa onda foi a BMW, que vem com números bem menores que os números de 2015: 656 unidades produzidas, projetando 2624 unidades a serem produzidas em 2016, mas com venda completa da produção até o momento(656 unidades vendidas no atacado), mostrando uma estratégia bem conservadora.

Best sellers da HD para o primeiro trimestre: Iron com 192 unidades vendidas (207 produzidas), Breakout com 82 unidades vendidas (150 unidades produzidas), Sportster 48 com 76 unidades vendidas (115 unidades produzidas), XL 1200 Custom com 73 unidades vendidas (apenas 64 unidades produzidas), Fat Boy Special com 57 unidades vendidas (85 unidades produzidas), Heritage Classic com 54 unidades vendidas (apenas 36 unidades produzidas), Ultra Limited com 52 unidades vendidas (77 unidades produzidas), Night Rod Special com 46 unidades produzidas (apenas 24 unidades produzidas), CVO Limited com 39 unidades vendidas (apenas uma unidade produzidas) e De Luxe com 37 unidades vendidas (50 unidades vendidas).

Vale notar que Fat Boy (28 unidades vendidas), Road King (31 unidades vendidas) e V-Rod Muscle (32 unidades vendidas) costumam figurar no top ten e ainda estão de fora.

Detalhe muito interessante é a presença da Limited CVO no top ten pela disparidade entre as vendas no atacado (39 unidades) e produzidas (apenas uma unidade), mostrando que essa venda ainda é desova do estoque do ano passado.

Falando em CVO, os modelos 2016 já estão em produção, mas provavelmente estão em regime de encomenda visto que apenas uma unidade da Street CVO e outra unidade da Limited CVO foram fabricadas em 2016.

E o último detalhe nesse primeiro balanço é a baixa procura pelas Dynas mostrando que a aposta em manter os motores TC96 pode ter sido equivocada. Apenas para exemplificar: a Fat Bob já tem encalhe de quase setenta por cento da produção (73 produzidas para 17 vendidas), a Street Bob já tem encalhe de sessenta por cento da produção (68 produzidas para 26 vendidas) e a Low Rider está desovando estoque (12 produzidas para 15 vendidas).

Vou aguardar os números de Abril para avaliar os descontos que vem sendo praticados em Abril/2016.