segunda-feira, 30 de julho de 2012

meu BMW

Carro, e não moto, antes que alguém surte.

Por que falar de um carro? Porque comprei esse carro em 1992 para que todos da família (meu pai e minha irmã) pudessem ter um carro para rodar em Portugal durante as férias que estivéssemos por aqui.

Nesse ano ele completa 20 anos e já conta com 113.500 kms (ainda vai andar pelo menos mais uns 1000 kms na volta ao norte de Portugal) e segue funcionando como um relógio: sem problemas, com desempenho excelente e bem ecônomico (13 km/l na estrada em um motor 6 cilindros, tá muito melhor que esperavamos).

Detalhe: esse carro roda apenas um ou dois meses (raramente) por ano. O resto do tempo fica parado na garagem, com a bateria desligada, tanque cheio e pneus com calibragem máxima. Na volta ao uso, religa-se a bateria e calibra-se os pneus. Troca de óleo conforme a necessidade indicada no painel pelo computador de bordo e troca de ítens desgastados como pneus e pastilhas.... parece até minha Fat.... hehehehehe.

Como um carro clássico (dos primeiros 325 a mudarem da carroceria quadrada para a carroceria conhecida atualmente e que vem sendo reestilizada nesses 20 anos), ele não tem o auxílio da eletrônica atual que controla tração, freios e suspensão. Muito menos as caixas automáticas que decidem quando devem (e se devem) fazer reduzidas.

É um carro com suspensão baseada na geometria que deu origem às suspensões esportivas que equipam os classe M, injeção multiponto de primeira geração e abs também de primeira geração, onde você tem de reduzir para entrar na curva e trocar marchas na hora certa para fazer uma ultrapassagem.

E vocês não imaginam o prazer que isso traz quando se viaja pelas auto estradas européias....

quarta-feira, 25 de julho de 2012

diminui a presença de motocicletas na península ibérica

Estou viajando com a família, de carro, em Portugal e já estive na Espanha.

Notável como diminui a presença de motocicletas nas estradas de Portugal e Espanha. Em pleno verão europeu, nada de chuva e mesmo assim as poucas motos que vi trafegando eram de grande cilindrada (maioria de BMWs e nenhuma HD).

Como venho visitar a família há vários anos, sempre com intervalos de tempo superiores a dois anos, vi as pequenas cinquentinhas desaparecerem e não serem substituídas por outras mais novas ou de cilindrada pouco maior.

Os carros estão aumentando bastante e vejo também as revendas de motocicletas fechadas, restando aos interessados visitar as cidades maiores como Lisboa e Porto.

Estou procurando um GPS Garmin Zumo para comprar e só informam que precisam encomendar ao fabricante.

Estradas muito boas, paisagens interessantes e várias alternativas em estradas nacionais, mas nada de motos rodando.

Ainda não estive nas grandes cidades, mas não espero muitas diferenças. Talvez a presença de scooters para andar mais rapidamente.

Pena.

Tubarões Bike Fest

E a Rio Harley-Davidson vai participar do evento montando um stande no evento. Quem tiver interesse em conhecer a linha HD, e não tiver como vir ao Rio, essa é a chance.

Aos colegas do HOG RJ, o dealer deixará preparado um espaço para confraternização dentro do stande.

Não esqueçam que a saída para Cabo Frio será da loja, às 9h30.

Cheguem cedo e com as motos abastecidas.

Bom passeio.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Programação HOG RJ

O HOG RJ volta a estrada depois da HOG Country.

Neste fim de semana sobe até Itaipava para visitar a cervejaria Bohemia, montada  exclusivamente com finalidade de receber interessados na arte da produção da cerveja. Estava programado um brunch na própria cervejaria, mas problemas com fornecedores inviabilizam o brunch. O almoço será na churrascaria Lago Sul no Quitandinha.

No próximo fim de semana o HOG RJ segue para Cabo Frio a fim de prestigiar o evento dos Tubarões MC.

E em 15 dias teremos o Penedo Bike Fest, onde o HOG RJ tradicionalmente faz B&V a fim de prestigiar o evento tradicional de Penedo. Além do B&V, vários companheiros de HOG RJ já preparam os trens partindo na sexta-feira a fim de participar durante todo o evento (de sexta a domingo).

Já sabe: não tiver nada para fazer, já tem opção para rodar com a moto. As partidas serão todas da loja Rio Harley-Davidson, após o café da manhã que começa a partir das 9h da manhã.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Como administrar um catálogo com 18 modelos?

É uma resposta difícil que nem mesmo a HDMC sabe.

Números da ABRACICLO referentes a junho foram divulgados, o balanço conta com cerca de 3300 unidades produzidas e vendidas. 

As novidades do catálogo estão puxando as vendas: Fat Bob com 250 unidades vendidas, Switchback com  130 unidades vendidas, XL 1200 custom com 250 unidades vendidas, Blackline com 200 unidades vendidas, Street Glide com 180 unidades vendidas e a família VRSC com 570 unidades vendidas já respondem pela metade das vendas.

Se trouxermos as best sellers Fat Boy em sua versão Special com 320 unidades vendidas e a Sportster 883 em sua versão Iron com 360 unidades vendidas pode se comprovar que os modelos dark estão mandando na produção.

Enquanto isso, começam a aparecer algumas filas de espera pelas Ultra Limited e Heritage Classic (somente fazendo pedidos à fábrica) e quem procura uma Sportster 883R ou uma Fat com a roupa tradicional precisa de sorte para encontrar um modelo na loja ou se conforma em comprar um modelo dark.

Morreram os cromados ou estão sendo mortos pela "tendência" da fábrica em valorizar os modelos que visam conquistar um público diferente do habitual?

Para uma marca que tem o diferencial da tradição, abandonar os clientes habituais ou empurrar modelos que não são os da preferência não me parece a melhor forma de manter as vendas.

Deve haver alguma forma de conquistar novos clientes, que está sendo muito bem conduzida, e manter os clientes habituais. Já escutei e li alguns relatos de clientes que gostariam de trocar suas motos por motos zero por conta das melhorias (ABS nas Heritages, motor TC103 nas tourings), mas não encontram para pronta entrega e são obrigados a escutar os vendedores dizendo que pode fazer a encomenda, mas se não quiser temos a Street Glide ou a Fat Boy Special para pronta entrega e na empurroterapia vai se fazendo a fama dos novos modelos.

Não custa programar pelo menos um modelo tradicional nos dealers, afinal a mesma linha de montagem da Street Glide deve conseguir montar a Ultra Limited e a mesma linha de montagem das softails deve conseguir montar alguns modelos cromados. Esperar quase um mês por um modelo conhecido e de público fiel não é muito fácil de engolir...

domingo, 15 de julho de 2012

ecos do fim de semana

Este sábado e domingo foram dedicados a resolver alguns pepinos (que me impediram de participar do Garage BG com o pessoal do QI), festa HOG Country com direito a tempo para tomar café na loja e conversar com os amigos, ao contrário de outros onde chegava e saía logo em seguida por conta de passeio programado e rolézinho curto com a Fat durante a noite (ontem e hoje).

Disso tudo posso dizer uma coisa: é muito bom rodar durante as noites de inverno: um bom casaco, transito fraco e temperatura na casa dos 18º mostram como é bom andar de moto.

A HOG Country reuniu 124 convidados (incluindo alguns amigos de fora do Rio que vieram nos prestigiar), onde todos confraternizaram e tiveram direito a dança de quadrilha, comidas típicas e um local onde a criançada pode aproveitar sem causar grandes preocupações aos pais. O Jack ajudou bastante na animação e o horário vespertino fez da festa um ponto de encontro onde os colegas de HOG entraram e saíram conforme a conveniência de cada um. Boa idéia, para ser repetida no próximo ano pela próxima diretoria.

No café da manhã, além de conversar com alguns amigos, voltei à funçâo de "consultor" para ajudar alguns interessados em HD que não estavam bem certos sobre o que realmente queriam.. sabiam que queriam uma HD, mas o modelo estava meio nebuloso.

Volto a dizer que o importante na escolha racional de uma HD é saber o que você pretende fazer com a moto e encaixar da melhor maneira no seu bolso. Em uma escolha emocional só dá mesmo para cumprimentar pela compra.

Hoje em dia, se for racionalizar a compra, tem muito interessado em Street Glide que vai ficar bem melhor servido com Dyna Switchback, mas se o sonho é a Street Glide, não vai ter santo que o convença do contrário.

E com isso vou me ausentando dos cafés da manhã pelas próximas semanas: estarei viajando de férias com a família e vou acompanhar à distância. Não chegarei nem a tempo de ir a Penedo cumprimentar os amigos de fora que sempre batem ponto no evento.

Aos que ainda não se planejaram sobre o que fazer nesse resto de Julho, fica a sugestão de subir a serra no próximo sábado e visitar a cervejaria Bohemia em Itaipava, ir a Cabo Frio para o evento dos Tubarões e fechar com chave de ouro em Penedo.

Aos que estiverem com um pouco mais de di$po$ição, o festival de inverno em Campos do Jordão termina em Julho e o stand da HD, Land Rover e Audi estão fazendo bastante suce$$o entre os visitantes.

Para quem vai aproveitar o inverno no Rio, fica a sugestão de fazerem passeios noturnos para aproveitar o que o inverno e a motocicleta tem de melhor: uma temperatura agradável.

Encontrando assunto e rede wi-fi, estarei postando.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

a nova eletrônica embarcada nas HDs e os SEPST

Pois é, a eletrônica embarcada nas HDs melhorou e a adoção da comunicação em seis vias ao invés da antiga em apenas quatro vias fez com que houvesse necessidade de implantar melhorias na interface SEPST.

Não se econtra mais o módulo 32108-09b e os cabos 32184-08 também não atendem às novas ECUs.

Hoje a nova interface está em sua versão c (p/n 32108-09c) e o cabo de seis vias part number ligado ao SESPT(p/n 41000008) e não mais ligado ao SEPST: os cabos de seis pinos tem part number 41000018.

O software também está com versão nova: o p/n 32111-11 foi substituído pelo p/n 32112-11

Resumindo para organizar a bagunça: para motos com ECU usando comunicação de quatro vias (até 2010): SESPT p/n 32108-09c (substitui o 32108-09b que deixou de ser fabricado e atende a todas as HDs injetadas, independente de ano), software p/n 32111-12 (substitui o 32111-11 que também deixou de ser fabricado),mas continua usando os cabos 32184-08a.

As novas ECU (2011 em diante) vão usar a mesma interface e software, mas o cabo precisa ser de seis vias: p/n 41000018.

Divirtam-se e procurem não comprar errado.

em tempos de furtos

Todos já escutaram sobre furtos de HDs, praticamente a cada evento se sabe de uma moto furtada ou no centro de São Paulo, onde alguém parou rapidamente e não encontrou mais a moto.

Como o modelo americano vem sendo implantado na terra brasilis, vale a pena ler a postagem do Bayer em seu blog (www.olddogcycles.com) sobre dicas para dificultar um pouco mais os furtos: http://www.olddogcycles.com/2012/05/como-prevenir-o-furto-da-sua-moto.html

Eu já comecei a abandonar o (mau) hábito de deixar a moto solta e acho que em breve vou adotar uma tranca de disco.

É HD life style, com seus prós e seus contras.

HOG Country

É neste sábado (14/07).

Convites perto do fim e os que restam poderão ser adquiridos somente na Rio Harley-Davidson.

A programação começa no café da manhã, com formação de trem saindo do dealer para o local da festa (Vargem Grande) ao meio-dia.

Buffet e open bar, com o patrocínio parcial da Rio Harley-Davidson, incluídos no valor do convite.

Boa opção para um sábado nublado: passeio doméstico, jogar conversa fora e um bom Jack Daniels.

Nos vemos no dealer para o café da manhã.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Rótulos

Muitas vezes faço menção à algumas classificações e sempre aparece algum comentário perguntando o que quero dizer com determinada palavra.

A realidade é que existem várias classificações informais que acabam sendo uso comum na comunidade HD como "old school", "jaspion", "rider", "poser", "biker" entre outras.

São rótulos que se empregam e que muitas vezes não tem nada a ver com esta ou aquela pessoa, mas acabam passando a imagem para quem está lendo.

Vou colocar o que significam esses rótulos no meu entendimento apenas para servir com dicionário para quem está começando a ler sobre HD e seus proprietários. Quem quiser colaborar, é bem vindo.

Começando pelo mais citado a todo momento: old school. Old school é o cara que se guia pelas tradições que vão sendo aprendidas conforme a gente convive. É o cara que não só vive pelas tradições, como se empenha em difundí-las. Old school não é necessariamente o proprietário que gosta de usar o colete de couro, capacete vintage, ou anda com uma bobber.

E já que se falou em bobber, bobber é a motocicleta transformada buscando eliminar partes supérfluas, normalmente com frente bem modificada, muitas vezes sem o paralama dianteiro e traseira usando paralama tipo fender, deixando a roda traseira bastante exposta.

E ao contrário das bobbers, as choppers são motocicletas também transformadas de garfo dianteiro com maior angulação, pneus finos na frente, largos na traseira e chassi mais alongados.

As cruisers são as custons de desenho mais clássico como a linha softail, onde tem frente e traseira mais equilibrada, paralamas maiores impedindo que as rodas sujem o piloto e centro de gravidade mais baixo, normalmente o piloto senta mais ereto, com braços mais paralelos ao chão e pernas mais a frente em plataformas.

As muscle bikes, como a linha V-Rod, já buscam outro piloto. despejam muita potência na roda, arrancam forte e exigem bastante técnica para tirar a performance que elas podem entregar.

Voltando aos pilotos, uma classificação que costuma ser muito usada é bikers, riders e posers. Os bikers usam a moto diariamente, mesmo que seja apenas para ir até a padaria. A moto faz parte do proprietário e o proprietário cuida mais da moto que de si mesmo. Nem sempre a gente vê esse cuidado na moto brilhando, mas pode ter certeza que essa moto não vai deixar seu proprietário na estrada... e se isso acontecer, ele vai dar o jeito dele para ela voltar a rodar, nem que seja amarrando arame ou usando uma fita hellerman. O biker só encosta a moto se não tiver outro jeito. Para trocar de moto tem de acontecer algo que inviabilize manter a moto.

O rider já busca a moto para as viagens ou passeios. Gosta da estrada, não tem saco para o trânsito e gosta de conforto. Pode muito bem deixar a moto de lado para encarar o trajeto de ir e vir do trabalho para poder  escutar o som e curtir um ar condicionado. É a turma que gosta de passar dias na estrada, mas chegar e dormir em um bom hotel e comer uma boa refeição. Cuidam da moto, mas trocam conforme o velocímetro vai aumentando.

Já o poser é o cara que conhece todas as estradas, usa o equipamento completo, compra a touring e deixa a moto ainda mais completa, e se aparecer um modelo ainda mais completo ou um acessório mais novo, troca a moto. Infelizmente os passeios dele se limitam a oficinas e bares da moda para contar como equipou a moto, quanto gastou no casaco novo e onde vai ser a próxima viagem, que irá de avião porque de moto é cansativo. Chuva nem pensar e se um cromado perde o brilho ou encontra uma ferrugem, é pretexto para uma reforma completa.

O jaspion, como o próprio nome lembra, é o proprietário das japonesas. Normalmente vestidos como fossem para a prova de motovelocidade, gostam de performance esportiva e a moto tem de ser veloz, muito veloz... problema é quando o cérebro ou o braço não acompanham a velocidade...

A gente conhece muitos colegas que se enquadram nessa ou naquela classificação, mas posso garantir que muitos só parecem se enquadrar. Vale sempre a pena conversar e trocar experiências, afinal sempre encontramos um pouco de "coxa" nos "malvadões"...

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Tiradentes

Terminou ontem o evento de Tiradentes e os amigos já está de volta ao Rio.

Esse ano o evento foi pretexto para a estrada já que a atração principal da festa foram os diversos encontros nos restaurantes locais, incluindo a comemoração de aniversário do Feliciano e a feijoada do Giba  da Brazil Bike Tours.

Sobre o evento, os relatos são unânimes em falar do grande público e a decepção com a mudança do palco das bandas do lugar tradicional na praça da Igreja para a praça da Rodoviária para cumprir as normas de proteção do patrimônio cultural, mas esta edição deixou saudades nos que lá estiveram.

Agora é Penedo nos dias 3/4/5 de Agosto.

domingo, 1 de julho de 2012

Identidade HD

Um dos detalhes que os novatos custam um pouco a assimilar é a questão da identidade que cada proprietário tem com sua HD.

Eu não sou tão antigo na comunidade, mas ainda assim consegui pegar uma época onde se conhecia a moto pelo ronco do escape. Até mesmo no meu prédio, onde tivemos quatro HDs, se sabia quem estava saindo e quem estava chegando.

Há algumas semanas atrás, emprestei minha moto para um amigo durante o fim de semana e ele deixou a moto dele na minha garagem, uma BMW F800GS. Postei uma foto da "infiel" na garagem e foram vários comentários questionando a "minha escolha", já que a BMW não "combina" comigo.

Essa identidade que a gente cria com a nossa moto é que faz a grande diferença entre o harleyro e o proprietário de uma motocicleta da marca Harley-Davidson. Um harleyro estará sempre pronto para auxiliar outro harleyro, mostrar como se faz ou como se consegue algo, vai saber quando outro colega já tiver chegado no ponto de encontro ou simplesmente escutar um amigo chegando. A gente se reconhece pela moto.

Hoje em dia, com a pasteurização do HD life style, é comum chegar em algum lugar e ver uma moto que não conheço ou parar ao lado de outro proprietário de HD em um sinal e o cara sequer se dignar a olhar ao lado. Você não reconhece nem o piloto e nem a moto.

Nada contra a popularização da marca, mas esta "diversidade" está acabando com uma das grandes diferenças em se ter uma HD: a união entre os proprietários. Os furtos continuam acontecendo, se encontram uma grande quantidade de peças novas em desmanches e a camaradagem que te fazia parar a fim de ajudar um companheiro de HD parado na estrada está acabando.

Espero sinceramente que esse caminho comece a ter um retorno porque a tradição morre quando não se tem interesse em aprender, e hoje em dia a tradição HD é de grandes eventos, pequenos passeios e grandes trens de motos de completos desconhecidos ao invés de conversa no botequim, grandes viagens e grupos mais homogêneos.

Acho que estou ficando velho....